NOVO GOVERNO: Cavaco Silva explica a nomeação de António Costa como Primeiro-Ministro

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“As informações recolhidas nas reuniões com os parceiros sociais e instituições e personalidades da sociedade civil confirmaram que a continuação em funções do XX Governo Constitucional, limitado à prática dos actos necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos, não corresponderia ao interesse nacional.

Tal situação prolongar-se-ia por tempo indefinido, dada a impossibilidade, ditada pela Constituição, de proceder, até ao mês de Abril do próximo ano, à dissolução da Assembleia da República e à convocação de eleições legislativas.

O Presidente da República tomou devida nota da resposta do Secretário-Geral do Partido Socialista às dúvidas suscitadas pelos documentos subscritos com o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes” quanto à estabilidade e durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura.

Assim, o Presidente da República decidiu, ouvidos os partidos políticos com representação parlamentar, indicar o Dr. António Costa para Primeiro-Ministro.”

QUEM É ANTÓNIO COSTA

António Luís Santos da Costa nasceu em Lisboa a 17 de Julho de 1961.

Jurista e político, foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 2007 a 2015, e é o actual secretário-geral do Partido Socialista, desde Novembro de 2014.

Nascido na freguesia de São Sebastião da Pedreira, António Costa tem origem goesa católica, sendo filho do escritor Orlando da Costa, de ascendência goesa católica e francesa, descendente directo por varonia de Marada Poi, Brâmane Gaud Saraswat do século XVI, e de sua primeira mulher a jornalista Maria Antónia Palla. É meio-irmão do jornalista Ricardo Costa.

É Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi dirigente da Associação Académica (1982-1984) e director da Revista da AAFDL (1986-1987). É pós-graduado em Estudos Europeus, pelo Instituto Europeu da Universidade Católica Portuguesa. Foi advogado em Lisboa, a partir de 1988, actividade que interrompeu para exercer funções políticas.