OLEIROS: Recriação Histórica na Isna de Oleiros da visita do Rei D. Carlos I

Acontecimento marca o arranque da iniciativa “Dez Freguesias, Dez Experiências”

O Município de Oleiros e a Junta de Freguesia de Isna levam a efeito, no próximo dia 27 de janeiro, naquela aldeia em xisto, uma recriação histórica da visita de D. Carlos I e da caçada real ocorrida em 1901. A ação integra o “Ateliê da Broa da Isna e da Castanha”, enquadrado na iniciativa “Dez Freguesias, Dez Experiências”, a qual se insere no âmbito do projeto Beira Baixa Cultural, promovido pela Comunidade Intermunicipal e Municípios que a constituem, sendo cofinanciado pelo Fundo de Desenvolvimento Europeu / Portugal 2020.

Refira-se que este ateliê marca o arranque da iniciativa “Dez Freguesias, dez Experiências” e inicia-se com um passeio interpretativo por terras de seculares castanheiros e javalis, mas também de várzeas de milho, ao longo do qual se pode experienciar as várias fases de elaboração da Broa da Isna. No final, os participantes assistem a uma recriação histórica da visita com demonstração de uma caçada real. A atividade termina com um almoço temático, este último limitado a 60 pessoas. Recorde-se que a participação em toda a atividade está sujeita a inscrição e que os interessados deverão efetuá-la até ao dia 13 de janeiro, na Casa da Cultura, em Oleiros (272 680 230) ou na Junta de Freguesia de Isna.

A temática da atividade prende-se com o facto de em 1901, durante 4 dias, o rei D. Carlos I ter feito da Isna de Oleiros o seu Paço Real e ali ter realizado várias batidas ao javali. Durante a estadia real não terão certamente faltado ocasiões de degustar a Broa da Isna, feita com o melhor milho. No final da visita, el-rei dizia: “não quero ainda morrer, sem aqui voltar outra vez à Isna”. Quem sabe se quereria dizer: ” (…) sem voltar a provar a Broa da Isna”…

Um marco histórico desta visita régia é o fontanário existente na rua principal daquela localidade, o qual se deve a um pedido efetuado pela população feminina, facto pelo qual ficou conhecida por Fonte das Mulheres. A título de curiosidade, é também das mãos laboriosas destas aguerridas Mulheres que surge a tradicional Broa da Isna, uma especialidade reconhecida e que dá nome àquela terra.