“Três Dias pela Floresta na Serra do Açor”: Voluntários ajudam a reflorestar Monte Redondo (Benfeita)

Com a ajuda de alguns amigos e da Comissão de Melhoramentos do Monte Redondo, a iniciativa “Três dias pela Floresta na Serra do Açor”, visa dinamizar uma acção de voluntariado para ajudar a reflorestar o baldio e as áreas envolventes da aldeia de Monte Redondo, na freguesia de Benfeita, afectada pelos últimos incêndios que devastaram a região.

De acordo com a informação de Jorge Neves, a iniciativa vai decorrer entre esta sexta-feira, dia 8, e domingo, dia 10, com o fim-de-semana prolongado a ser dedicado ao “conhecimento da mata autóctone da Serra do Açor e ao voluntariado para ajudar à sua recuperação”. “Apesar de ter ardido, no último dia iremos visitar a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, sítios classificados da Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor, para conhecer uma das mais bem preservadas áreas de vegetação natural da serra. Nos primeiros dois dias, iremos conhecer a Aldeia de Xisto de Monte Redondo e colaborar como voluntários com a Comissão de Melhoramentos de Monte Redondo nos trabalhos pós-fogo no Baldio de Monte Redondo. O Baldio, com cerca de 50 hectares, fica a poucos quilómetros da Mata da Margaraça e esta sua proximidade reforça a importância de recuperar a sua vegetação”, esclarece.

Objectivos:
1. Conhecer a realidade da floresta autóctone e de extracção na Serra do Açor com identificação das principais espécies, com visitas à Mata da Margaraça (exemplo autóctone) e Baldio de Monte Redondo (mosaico de floresta autóctone e de extracção);
2. Observar o impacto do fogo na floresta, compreender a dinâmica pós-fogo da vegetação e o tipo de intervenção a fazer no Outono/Inverno;
3. Apoiar e encorajar com o nosso trabalho voluntário os esforços da Comissão de Melhoramentos de Monte Redondo na recuperação da vegetação do Baldio de Monte Redondo e na reabilitação de algumas infra-estruturas danificadas da própria aldeia.

O trabalho a fazer no baldio passará por cuidar do solo, fragilizado e exposto pelo fogo. Vamos limpar e marcar caminhos, usar material lenhoso para ajudar à prevenção da erosão e eventualmente cortar exemplares de espécies infestantes ou que estejam em competição directa com árvores a preservar, deixando a touça no solo para que as raízes, vivas ou mortas, ajudem a segurá-lo. Só a Primavera irá mostrar que plantas sobreviveram e só depois se poderá pensar na melhor forma de recuperar a vegetação. Não se trata, por isso, de uma acção de plantação, porque não é ainda o momento próprio. É importante terem uma visão realista dos trabalhos e do impacto visual dos terrenos queimados. Mas, apesar de camuflada, a vida está lá e o nosso trabalho será dar-lhe as melhores condições para que se manifeste na Primavera com pujança.

O trabalho na aldeia passará por ajudar à limpeza e recuperação de uma fonte e tanque e ajudar a retirar parte de um muro que colapsou e ocupa o caminho.

Aceda à informação detalhada em: https://www.facebook.com/events/1984568255139095/