Entre 8 e 10 de Julho e como A COMARCA noticiou, realizou-se a 26.ª edição Góis Oroso Arte, que este ano se apresentou sob o signo da “Juventude” considerando que, “num programa que pretende evidenciar a importância da juventude europeia para a construção de um futuro melhor, mais ecológico, mais inclusivo e mais digital, a União Europeia proclamou 2022 como o Ano Europeu da Juventude”.
Mas além de evidenciar a importância da juventude, esta edição do Góis Oroso Arte não deixou de evidenciar também o “testemunho de amizade que une os dois povos ibéricos” através da geminação entre os Municípios de Góis e de Oroso, na Galiza, em Espanha, e ainda de homenagear os artistas e particularmente a artista goiense, “Lénita de Góis”, que como foi recordado, começou a pintar com o apoio da pintora e miniaturista Alice Sande que “fez crescer nela a paixão da pintura”, iniciando os seus trabalhos em pano com tinta acrílica e, mais tarde, em tela, fazendo os seus próprios desenhos, assumindo, posteriormente uma outra paixão, a fotografia, ostentando sempre “um espírito humilde, resiliente e divertido e o seu caráter assenta em três pilares fundamentais, a família, a edução e a amizade”.
“O acto de homenagear é antigo, representativo da retribuição de honra, agradecimento, a realidade de tornar publico com um acto de gratidão, algum favor que foi prestado por alguém, ou agradecimento por mérito a uma atividade reconhecida como de grande valor, a partir, a partir de um julgamento mora”, referiu o presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, considerando por isso que “Góis reconhece a resiliência arte de viver de
Madalena Bandeira, que adoptou o nome artístico de Lenita de Góis”.
Emocionada, Lénita de Góis apenas agradeceu com um “muito obrigado” e a quem o presidente da Câmara Municipal entregou um galardão, seguido da leitura de um poema pela sua amiga Noémia Lopes, a anteceder uma “maravilhosa viagem dançante”, na Casa da Cultura, com que abriu esta edição de 2022 da Mostra Internacional de Arte, e com as boas-vindas da secretária da Assembleia Municipal, Helena Moniz, “às autoridades de Oroso e a todos os artistas, sem vós não seria possível organizar o certame”, mas “eis que temos de volta do Góis Oroso Arte, em pleno, todos estávamos desejosos de vivenciar este fim-de-semana, que permite aos artistas a oportunidade de se encontrar e do contacto com a cultura que permite cidadãos mais lúcidos e esclarecidos”, terminando por desejar “boa estadia entre nós”.
E depois de José Machado Lopes ter recordado Alice Sande, “uma artista que assinou o primeiro acto da fundação deste episódio Góis Oroso Arte” e o dr. José Domingos de Ascensão Cabeças e de ter feito uma brilhante comunicação sobre arte, o alcaide de Oroso, Luís Rey Villaverde, começou por dizer que “dá gosto voltar a Góis. Góis é uma parte de nós e parte de mim. Sinto-me como na minha casa”, teve depois palavras de particular apreço para com os artistas e para com o comissário do certame, Armando Martinez, manifestando a sua satisfaço pelo facto, depois de dois anos, voltar à normalidade “esta edição dedicado aos maiores tesouros que temos, a juventude, para a construção de um futuro melhor”, sem deixar de enaltecer a geminação entre Góis e Oroso “numa relação baseada na confiança e que ajuda a construir pontes”, deixando a certeza do “compromisso da continuidade desta irmandade através da cultura” e que “ali tendes a vossa casa”, terminando com votos de “longa vida ao Góis Oroso Arte”.
O presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, não deixou de salientar também o propósito de “fortalecer a confiança e construir pontes entre os dois povos irmãos, que vem sendo consolidada e que vamos continuar a construir”, para se referir depois à importância do evento com o qual “pretendemos promover o encontro entre as artes e todas as pessoas, toda a comunidade. A arte é e deve ser de todos e para todos, pressupondo uma visão abertas em tabus. Procurámos dar o primeiro passo na pretensão de alargar o raio de participação a artistas residentes e a novos artistas, de forma a compor a palete de obras que integram a exposição colectiva do Góis Oroso Arte, esta edição sob o signo da Juventude”.
E para este “desafio com que se deparam os jovens na construção de um futuro melhor”, Rui Sampaio adiantou que ia ser assinado entre os Municípios de Góis e Oroso um “Acordo pela Juventude”, que “se substância numa Residência Artística a desenvolver, nos dois concelhos”, que terá como tema “A voz dos jovens na Europa e no mundo: arte, ecologia, inclusão e mundo digital” e a integrar no âmbito da programação da 27.º edição do Góis Oroso Arte”, a realizar em 2023.
No final da sessão de abertura do Góis Oroso Arte, na Casa do Artista, foi a inauguração da exposição colectiva, que conta com mais de 80 obras de artistas locais, nacionais e estrangeiros, sendo ainda de realçar que a programação desta 26.ª edição do Góis Oroso Arte, além da arte ao vivo, na aldeia do Soito, na União de Freguesias de Cadadaz e Colmeal, da apresentação do projecto “Pascoal e os amigos”, na freguesia de Alvares, contou ainda com várias iniciativas e magníficos espectáculos, nomeadamente e de entre outros, proporcionados pela Associação Folclórica Lembranzas do Tambre (Oroso) Galiza), pelo concerto de voz e piano com Paulo de Carvalho, concerto ” Two-Time Winners – And The Award Goes To…” e pelo concerto de encerramento com “Galandum Galundaina”, realizado na praia fluvial da Peneda.