No passado dia 26 de Março, no salão nobre do quartel-sede, reuniu a assembleia geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Góis para, de entre outros assuntos, apreciar e votar o balanço e o relatório e contas de gerência do ano de 2022.
E perante a situação difícil (e dada a conhecer) em que se encontram as contas da Associação, o presidente da direcção, Júlio Moura, deixou como promessa, “vamos fazer isto funcionar”, contando para isso com a ajuda e colaboração de todos os goienses, das autarquias do concelho, dos amigos dos Bombeiros.
A actual direcção tomou posse a 29 de Dezembro de 2022, e por ter sido “um ano de transição não temos qualquer dado a não ser aquele que nos foi apresentado pela contabilidade e estão plasmados nos documentos”, como disse o presidente da direcção, enquanto o presidente da assembleia geral, Jaime Garcia, realçou que “há um resultado líquido fortemente negativo, (…) estamos numa situação difícil, com um passivo elevado” e, perante este facto e para que essa situação possa vir a ser ultrapassada, “estão a ser implementadas (pela direcção) medidas de restruturação para que se possa manter a regularidade dos Bombeiros”.
“Fiquei muito preocupado depois de ver estes documentos”, disse o associado Diamantino Garcia, considerando que “os novos dirigentes não vão ter facilidades nenhumas, (…) mas os resultados são o que são”, pedindo esclarecimentos sobre os números, sobre o quais falou o anterior presidente da direcção, Renato Souza, que depois de parabenizar a actual direcção “pelo esforço que estão fazendo” e de dizer que a direcção a que presidiu “deu o máximo naquilo que podia fazer”, dando “sempre a cara e assumiu as responsabilidades”, referiu-se e deu a conhecer, de entre outras, as dificuldades e os problemas que se foram agravando, particularmente, pela falta atempada de quem de direito no cumprimento das suas obrigações (como deviam) para com a Associação, “a Administração Regional de Saúde continua a pagar o quilómetros como há 16 anos atrás” e tudo isto acabaria por levar à gravosa situação financeira da Associação.
“A coragem da antiga direcção (representada por Renato Souza) em vir aqui prestar esclarecimentos”, não deixou de ser destaca pela assembleia, que também deixou votos e palavras de encorajamento à actual direcção para que “traga paz interna à Associação”, trazendo “o seu bom nome que é maltratado na rua, (…) onde os problemas são muitos”, como foi reconhecido, mas que “é primordial para o concelho de Góis. A sua função é insubstituível”.
E assim sendo, não deixa de ser primordial também que seja apoiada por todos os goienses, pelos amigos, palas autarquias, como voltou agora a acontecer “nos primeiros meses de mandato” da actual direcção, ao receber os apoios da população das Cortes, com o jantar solidário ali realizado em favor dos Bombeiros, e em Vila Nova do Ceira, com o concerto, também solidário, da FILVAR – Filarmónica Varzeense, tudo isto “muito interessante e participado para ajudar a Associação. (…) É sinal que se pode contar com todos, com este espírito de colaboração” em favor dos Soldados da Paz goienses.
“Todos os apoios que se consigam angariar junto da população, mas também das autarquias” são importantes que “os Bombeiros possam cumprir cabalmente a sua missão”, como foi e em jeito de apelo, salientado durante os trabalhos da assembleia. “Todos temos de ajudar, também as forças vivas, a Câmara, as Juntas de Freguesia”, ficando ainda o reconhecimento ao comando, corpo activo, funcionários, “a todos que ajudam” e o apelo à união, “temos de estar todos unidos” em prol desta nobre causa que são os Bombeiros de Góis.