A freguesia de Aldeia das Dez, depois de ter a sua autonomia entre 1543 e 1594, sendo depois anexada a Santa Maria de Avô, acabou por, finalmente, adquirir a sua autonomia em 1602, situação que se mantém até hoje. E por este facto, o dia foi solenemente comemorado, não só «homenageando empresários e cidadãos que se destacaram pelo seu desempenho em prol da freguesia», como referiu o presidente da Freguesia, Carlos Castanheira, para além de ser inaugurada a requalificação da “Casa da Memória”, até aqui designada por “Casa da Obra”.
Foi precisamente no passado dia 16 de Julho, com o anfiteatro do referido monumento, com bastante assistência presente, fazendo notar a importância que a Casa da Memória vai ter doravante, depois de serem inauguradas as obras de requalificação do monumento, que continuará a ser o ex-libris histórico de Aldeia das Dez, que era o solar da família Matos e Pereira, da era de 1700 e que o descerramento de duas placas descerradas à entrada marcarão pelo tempo fora o espaço imponente que representa para Aldeia das Dez
«Que se releve o passado mas também quem no presente continuar a lutar pelo engrandecimento da Freguesia para dar notoriedade ao nome da freguesia de Aldeia das Dez…»
…É uma passagem do discurso do presidente da Junta de Freguesia, não esquecendo este momento para destacar a importância que os «nossos empresários têm nessa divulgação», tendo também elogiado o apoio que a obra teve, quer da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, «pelo empenho na obtenção de financiamento e na sua execução», quer da Rede das Aldeias do Xisto, que possibilitou a execução da obra, não esquecendo a vereadora Graça Silva, que «personifica o empenho e dedicação de quanto é gratificante trabalhar na causa pública». Embora se sinta muito honrado pela concretização desta importante obra, «sem dúvida uma infraestrutura que valoriza o património, o turismo e a dignidade da oferta cultural», Carlos Castanheira lembrou o empenho da Câmara, «em nos proporcionar a recuperação do Solar Pina Ferraz, uma promessa que até ao momento não se concretizou», mas que está «sinalizada para uma candidatura ao novo quadro comunitário», confessando o Presidente da Junta «que esta nossa ambição nunca seja apelidada de megalómana, será si, uma forma de Aldeia das Dez poder ter possibilidade de retribuir aos nossos parceiros e vizinhos a utilização das suas praias balneares no Verão, proporcionando-lhes no Inverno uma oferta cultural diversa, em espaço coberto, não esquecendo os clientes dos nossos alojamentos locais que os turistas vão potenciar este espaço ao visitar Aldeia das Dez e o concelho de Oliveira do Hospital» e relevou que «é um momento histórico para a nossa freguesia».
Dirigiu ainda elogios ao deputado José Carlos Alexandrino, «por manter o seu estatuto de homem que soube e sabe defender e ser a voz do povo», seja através dos cargos que desempenhou e que actualmente desempenha.
«Não há freguesias sem memória…»
Após breves palavras de Andreia Gonçalves, representante das Aldeias do Xisto, acompanhada por Rui Simão, frisando que «esta obra vem enriquecer não só esta localidade, mas também a ADXISTUR, um edifício que mantem a memória da aldeia, projectando-a para o futuro», seria o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, «a exercer a memória», não esquecendo o trabalho feito pela anterior equipa camarária, liderada por José Carlos Alexandrino, descrevendo até hoje o caminho percorrido, frisando que a Casa da Memória é a entrada norte das Aldeias do Xisto. Felicitando o trabalho desenvolvido pelo presidente da Junta, para apresentar uma aldeia airosa e bonita, registou que «não há freguesias sem memória» e por isso «jamais serão esquecidos os autarcas, sobretudo os que deram tudo pelo seu território, como é o caso de Carlos Castanheira» e não deixou de elogiar o trabalho do arquitecto responsável pela obra, Tiago Almeida e do empreiteiro local, António Madeira.
«Um político é o que faz pelos outros…»
São palavras do presidente da Assembleia Municipal, José Carlos Alexandrino, que elogiou a equipa com que trabalhou, bem como a forma actuante de Carlos Castanheira, relevando que «um político, é aquele que faz pelos outros», neste caso o Presidente da Junta, da forma como tem servido não só a sua freguesia como o concelho.
Os empresários homenageados
Como se estava a celebrar o Dia da Freguesia, «este ano decidiu-se homenagear os empresários e cidadãos que se destacaram pelo seu desempenho em prol da freguesia», como referiu Carlos Castanheira, adiantando que «ser empresário demonstra uma grande capacidade de grande coragem e resiliência e nos dias de hoje mais ainda, face às dificuldades que vivemos». Eis os seus nomes que receberam o Diploma de Reconhecimento de Mérito:
António Manuel da Cruz Madeira, António Manuel Dias de Sousa, António Moreira Dias, Armando Jorge Dias Gonçalves, Augusto Dias Mendes, Basílio Mendes Pinheiro Martins, Carlos Filipe dos Santos Tavares e Sousa, Carlos Manuel Mendes Simões, Carlos Marques Gonçalves, Cláudia Sofia Pereira Fontinha, Deolinda Maria Dias Martins Duarte, Fir Tiebout, Helena Pires Batista, Jorge Manuel Marques Figueira, José Gomes Oliveira, Laura Rodrigues Bento Mendes, Luís António Gouveia dos Santos, Luís Fernando da Conceição Santos, Luís Filipe Matias Fonseca, Manuel André Silva, Maria Conceição Gomes, Maria Fátima Damásio Pinheiro Santos, Maria de Lurdes da Cruz Madeira Gouveia, Maria Rosalina Mendes Pinheiro, Maria Teresa Tavares de Brito Amaral, Matilde Conceição Antunes, Nélson José Mendes Lourenço, Paulo Miguel Moreira Dias, Rita Tavares de Brito Amaral, Rui Manuel Gonçalves Silva, Vítor Manuel Mendes Curinha e Wilco Dubbeldam.
Também foram entregues lembranças ao arquitecto Tiago Almeida, empreiteiro António Madeira, Eng.ª Filipa e Luís Antero (funcionários da Câmara), ADXISTUR, Câmara Municipal, Dr.ª Célia Lourenço, Dr. Fernando Abranches e Filarmónica local.