
No dia 3, no salão nobre dos Paços do Concelho, realizou-se a sessão de apresentação pública do CLDS 5G Pampilhosa da Serra, um projecto que se prepara “para dar um importante contributo ao concelho em duas áreas fundamentais: Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação e Eixo 3 – Promoção da autonomia, envelhecimento activo e longevidade”.
“Hoje, estamos aqui a dar o pontapé de arranque mas, sobretudo, para a apresentação do que é este novo projeto do CLDS 5G”, começou por dizer o presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, depois de cumprimentar autarcas do concelho, representantes de instituições e particularmente a Directora Regional da Segurança Social de Coimbra, Manuela Veloso, e o presidente da Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, Manuel Isidoro, “que mais uma vez também está connosco neste novo projeto do 5G, (…) a Associação tem sempre mostrado uma inteira disponibilidade para colaborar em todos os projectos” e, destacando a pertinência das iniciativas previstas no projeto, deu como exemplo o impacto que o CLDS poderá ter no “envelhecimento activo. O índice de longevidade no concelho é significativamente maior do que na maior parte do país e é preciso darmos condições e qualidade de vida aos nossos seniores. (…) Estou muito feliz, estou muito contente por darmos mais este passo”, agradeceu “mais uma vez esta particularidade por a Pampilhosa da Serra continuar a ser distinguida no âmbito deste projecto”, fazendo votos para que “daqui a quatro anos, estejamos aqui todos para poder fazer o balanço de um projecto em que nos envolvemos e que esperamos tirar o melhor resultado possível. (…) Bem-haja, obrigado”.
A coordenadora do CLDS Pampilhosa da Serra, Lúcia Andrade (tendo a seu lado a equipa que lidera, Vera Daniel e Mariana Figueiredo), fez a apresentação do projecto, começando por referir que “o concelho de Pampilhosa da Serra foi identificado como o território legível no âmbito do programa CLDS 5G (…) e que se caracteriza, sobretudo, pelo desemprego e pelo envelhecimento” e, por isso, a atribuição dos Eixo 1, Emprego, Formação e Qualificação e o Eixo 3, promoção da autonomia, envelhecimento ativo e longevidade, “o nosso plano de acção a que nos propomos é focado, sobretudo, na população desempregada, nos seniores, nos migrantes e nos cuidadores informais”.
“A nível do objectivo geral, o projecto visa a promoção da inclusão social dos grupos mais fragilizados da população recorrendo, assim, a uma abordagem integrada e territorializada, definindo como objectivos gerais a alcançar em função destas vulnerabilidades que caracterizam o nosso território”, disse a coordenadora, explicando que, no Eixo 1, “temos aqui quatro objectivos gerais, que é promover o desenvolvimento de competências na procura de emprego, informar sobre as oportunidades de qualificação que estejam disponíveis para facilitar o encaminhamento para essas acções. Dinamizar ainda ações informativas para as entidades empregadoras sobre as medidas activas de emprego e respectivos apoios do IFP, promover o autoemprego e empreendedorismo local e apoiar a integração de migrantes no concelho, quer a nível social, cultural e profissional”.
“A nível do plano de acção, nas atividades do Eixo 1, são seis que estão contempladas, activar a procura de emprego, informar para inserir, criar e inovar, qualificar, conversas com empregadores e o Gestor de Migrante”, como disse Lúcia Andrade , enquanto no Eixo III está prevista a criação da figura do “Gestor 60+”, a criação do Conselho Consultivo do Envelhecimento por freguesia, proporcionar o convívio intergeracional com a Eira de Brincadeira Sénior, o apoio aos Cuidadores Informais, entre muitas outras iniciativas.
O projecto iniciou no dia 17 de Fevereiro e o seu término é em 2028, tendo a coordenadora dado a conhecer também como vai ocorrer a nível da operacionalização, articulando com o tecido empresarial “e para isso já fizemos uma reunião a par com a Associação Empresarial e com pelo menos duas IPSS do concelho” , sendo ainda de referir que o Município assume o papel de órgão de planeamento privilegiado e trabalhará em estreita articulação com o projecto, que está enquadrado no Programa Temático Demografia, Qualificação e Inclusão (PESSOAS 2030), dinamizado pelo Governo, contando com um financiamento de 480.000 euros, válido para um período de 48 meses. O CLDS 5G conta ainda com o apoio indispensável de diversas entidades locais, terminando a coordenadora por dar a conhecer que “já temos as redes sociais activas. Quando tiverem a oportunidade, vão lá dar o clique para nos seguirem”.
O presidente da Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, referiu que “a instituição tem colaborado sempre com o Município e com a Segurança Social nos diversos projectos e parcerias”, sem deixar de salientar também que “aceitamos a responsabilidade e o sentido de missão neste desafio e queremos que o CLDS 5G tenha o sucesso do nosso concelho que tiveram todos os outros projetos que desenvolvemos” e, por isso “decidimos, em colaboração com o Município, designar como coordenadora um dos nossos melhores activos, a dr.ª Lúcia Andrade” e que “é a garantia que, juntamente com a sua equipa, farão um excelente trabalho em prol da população do nosso concelho”.
“Os CLDS não são respostas sociais, mas são projectos de intervenção”, começou por dizer a Directora Regional da Segurança Social, acrescentando que “em relação às respostas sociais, têm algo de diferente. Enquanto a resposta social está tipificada e o seu funcionamento é homogeneizado para todo o território nacional, o CLDS permite uma coisa diferente, (…) desenhar as actividades, desenhar as intervenções, de acordo com as necessidades sentidas nos concelhos onde vai decorrer. E é esta também muito a importância do CLDS, (…) este é um projecto de intervenção que convoca todos” e que a “convergência de esforços é a chave do sucesso do projecto e de todos nós enquanto sociedade”.
E depois de destacar que as medidas do programa estão “desenhadas de acordo com as necessidades do concelho”, Manuela Veloso terminou por deixar o seu “muito obrigada por também abraçarem estes projectos, quer o Radar Social, quer o CLDS” e votos dos “maiores sucessos e que corra tudo muito bem para que nós todos daqui a 48 meses estejamos a fazer uma avaliação fantástica do que foi feito neste concelho”.