
No passado dia 25 de Maio e como vem já sendo tradição, a comissão organizadora do “Arganil Rock”, compostas pelas Associações Juvenis C.U.M.E., “Chama Viva” e “Projecto Radical”, veio entregar o donativo de 500 euros à Unidade Funcional de Arganil da APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
São 500 euros que acabam por se traduzir em “afectos” para a ajudar na “Casa dos Afectos”, para ajudar nas muitas necessidades da Unidade Funcional de Arganil da APPACDM no magnífico trabalho que, no dia-a-dia, desenvolve e realiza com os seus utentes que, diferentes mas iguais, além do carinho e respeito que merecem (ou deviam merecer), sabem ser gratos para com quem os ajuda. E foi isso que aconteceu, mais uma vez, ao manifestarem, ao dizerem o seu sentido e reconhecido “muito obrigado” ao Ricardo Pereira e a Beatriz Luzia que, em representação da “Projecto Radical” e da C.U.M.E., vieram fazer a entrega do cheque no valor de 500 euros que, conforme foi referido, “em muito vem contribuir para o funcionamento desta instituição e para um projecto maior: a Casa dos Afectos”.
“Damos assim por concluída a 13.ª edição do Arganil Rock! Até 2023”, foram as palavras deixadas por Ricardo Pereira, no final da entrega do donativo, não deixando de manifestar também (e por isso) a sua alegria e de referir que “o objectivo do Arganil Rock é que nunca nos esquecemos dos nossos amigos especiais, que estão aqui hoje connosco e fazem o favor de nos receber, na sua casa, neste jardim tão bonito e que, como nós, também gostariam que o cheque tivesse mais zeros, mas juntando estas gotinhas todas, quem sabe não conseguimos chegar a bom porto”.
E depois de agradecer ainda ao Munício pelo apoio , “foi uma jornada árdua, este ano o Arganil Rock voltou, depois e dois anos devido à pandemia e voltou mais forte do que nunca”, Ricardo Pereira recordou o grande investimento feito pela organização, mas “correu muito bem, tivemos mais de mil entradas, mas de qualquer das maneiras gostaríamos de fazer uma coisa ainda maior, porque quanto maior forem os dividendos, (…) também poderemos oferecer uma quantia maior. Mas é este o nosso contributo para os nossos grandes amigos especiais e que sempre nos receberam tão bem”.
A vereadora da Câmara Municipal, Elisabete Oliveira, começou por referir que “é um privilégio muito grande para o Município ter associações tão portes como as Associações Juvenis, aqui representadas pela Projecto Radical e pela CUME que, com a Chama Viva, estiveram envolvidos na organização do Arganil Rock e que, voluntariamente, se dedicam a organizar um evento que é facto uma referência e, por outro lado, em ter também uma instituição como a APPACDM”, salientando que “quando existem este tipo de ligações onde todos ganhamos, haverá muito futuro para este evento”, de cariz solidário e para ajudar a Unidade Funcional de Arganil, cujo trabalho agradeceu e enalteceu e que “faz não só com todos que aqui tem o privilégio de estar, mas também com a comunidade. E uma das coisas que mais me orgulha, é esta ligação, esta proximidade entre a comunidade e esta instituição”.
A responsável da Unidade Funcional de Arganil da APPACDM, Olga Coelho, começou por dizer que “é para nós um privilégio poder contar com a vossa lembrança e o facto de nos verem como uma instituição que faz realmente parte da comunidade”, para reconhecer “que só faz parte da comunidade porque as estruturas cá existentes, desde o Município até todas as outras, não só nos permitem isso, mas também nos permitem uma participação de uma forma muito activa e muito real”, referindo depois que “vivemos dois anos muito complicados, com muita desordem, muita confusão, muita incerteza e o Arganil Rock foi, com certeza, o renascer da esperança através da arte, através da música que também nós prezamos muito enquanto APPACDM e que dinamizamos com os nossos utentes”.
E porque “a arte veio embelezar o mundo, veio-nos dar esperança e criar alguma ordem no meio dos sentimentos que tínhamos de ambiguidade”, Olga Coelho disse ser “tão importante ter acontecido o Arganil Rock e é importante o resultado deste evento para nós. É um dinheiro que dizem que é pouco, não é muito e que nos vai ajudar a fazer algumas coisas para melhorar o apoio que damos aos nossos utentes. O nosso muito obrigado, o nosso muito obrigado pela esperança nesta geração e nas gerações que ainda vão perpetuado estas causas e que têm os valores bem arreigados da solidariedade, da partilha, da entrega, da entrega desinteressada com este gesto que é mais um afecto para a nossa Casa dos Afectos”.