
“Reconhecimento ao amigo Abel António Fernandes Simões pela dedicação e empenho no aformoseamento do Mont’Alto. Arganil 15/08/2019”, está escrito na placa, junto às fontes, que fica a perpetuar, com toda a justiça, a dedicação e a paixão do saudoso Abel da Hidro, como era conhecido, ao Santuário e a Nossa Senhora do Mont’Alto.
Uma dedicação e uma paixão que, para quem acredita, terá sido recompensada por Nossa Senhora porque foi precisamente em 15 de Agosto que o Abel foi a enterrar no cemitério de Arganil e, três anos depois, a Fábrica da Igreja Paroquial de Arganil decidiu, à última hora e sem que os seus muitos amigos tivessem oportunidade de participar, homenagear o saudoso amigo que durante vários anos se dedicou de alma e coração ao Santuário e às festas da Padroeira.
Homem simples, como foi salientado, mas capaz de mobilizar boas-vontades que, em cada ano, trabalhavam voluntariamente para que as festas acontecessem. Mas é também graças ao empenho do Abel Simões que o Santuário tem hoje iluminação pública. E isso jamais pode ser esquecido, como jamais pode ser esquecida a sua capacidade de fazer amigos, de os mobilizar para consigo colaborarem na organização das festas e ao Santuário do Mont’Alto, mas também em tudo o que se empenhou, ao longo da vida, como a sua Filarmónica Barrilense (e a construção da sua sede), o Grupo 7 de Setembro, “Os Pintassilgos”. E tudo em que se empenhava vivia com paixão.
Por isso e como foi referido por um dos elementos da Fábrica da Igreja, “o Abel merecia mais do que estamos a fazer”, merecia ainda uma homenagem maior, com a presença dos muitos, muitos amigos que deixou e que hoje o recordam com saudade. E que na tarde de 15 de Agosto gostariam de estar no Mont’Alto. Foi “uma homenagem que só peca por tardia”, como foi dito também, mas independentemente desse facto, o mais importante é que perante os amigos que, à última hora, souberam da homenagem e estavam no Santuário e com os promotores, todos quiseram deixar o seu sentido e reconhecido obrigado ao Amigo, ao Homem, ao Amigo que sabia fazer amigos e que tinha, de facto, um coração do tamanho do Mundo.