ARGANIL: Antigo Hospital de Beneficência Condessa das Canas uma resposta diferenciada para servir a região

Representando um investimento de cerca de três milhões de euros, estão na fase final as obras de requalificação do antigo Hospital de Beneficência Condessa das Canas e que a Santa Casa da Misericórdia de Arganil pretende que venha a ser integrado na Rede Nacional de Cuidados Paliativos, como forma de contribuir para a resolução desta lacuna, muito severa, pela ausência de respostas desta natureza nesta região.

As obras de requalificação do edifício tiveram início dia 6 de Março de 2020, poucos dias antes de ser declarada pela Organização Mundial de Saúde a situação de pandemia causada pela COVID-19, facto que atrasou os trabalhos, obrigando a uma prorrogação do prazo de execução do projecto, que foi contratualizado no âmbito do Programa Modelar II, mantendo a Santa Casa da Misericórdia a crença de que o Estado honrará os seus compromissos de financiamento. E “o que pedimos ao Estado é que cumpra”, como foi referido pelo provedor da Misericórdia, professor José Dias Coimbra, durante a visita que, na passada quinta-feira, os candidatos do Partido Socialista à Assembleia da República fizeram ao antigo Hospital Beneficência Condessa das Canas.

“Sabe que vai ter aliados. Vai ter um embaixador a partir de agora. Há aqui um compromisso e somos pessoas de compromissos, porque o que está aqui em causa não é só Arganil é toda esta região”

“Sabe que vai ter aliados. Vai ter um embaixador a partir de agora. Há aqui um compromisso e somos pessoas de compromissos, porque o que está aqui em causa não é só Arganil é toda esta região”, disse o candidato a deputado, José Carlos Alexandrino, no final da visita ao antigo Hospital de Beneficência Condessa das Canas e que agora se apresenta moderno, modelar “e que não pode deixar de ser posto ao serviço das pessoas. É uma obrigação”, honrando mesmo a memória de todos aqueles que, ao longo dos anos, ali prestaram serviço, como o dr. Fernando Valle, o dr. Adolfo Rocha (Miguel Torga), o enfermeiro Guilherme Ferreira Rodrigues, as religiosas da Congregação Filhas de S. José e tantos, tantos outros que fizeram e fazem parte da memória e da história do Hospital.

Uma história de mais de um século deste Hospital, fundado em 1886 pela benemérita Condessa das Canas e onde, para a época, tantos e tão bons serviços prestou, onde se fizeram grandes intervenções cirúrgicas, onde foram internadas tantas pessoas que ali encontraram alívio para os seus problemas, onde se prestaram tantos e inestimáveis cuidados de saúde, onde nasceram e foi berço de tantos arganilenses.

E se hoje a realidade é diferente, a Santa Casa da Misericórdia pretende agora dar continuidade a esta obra de assistência e, numa outra dimensão, ao serviço da saúde e, para isso, “temos aqui vários interlocutores para fazer o que justo”, disse José Carlos Alexandrino, que vinha acompanhado por Miguel Pinheiro, também candidato a deputado e de diversos elementos das Concelhias do Partido Socialista de Arganil e Oliveira do Hospital, todos manifestando a sua admiração e reiterando as palavras do candidato a deputado que, como confessou, não conhecia esta obra que vai permitir criar mais 25 postos de trabalho e ter entre 36 a 40 camas para cuidados paliativos, deixando a certeza de que tudo fará para que este equipamento possa estar ao serviço da região e que não deixará também de se empenhar para que este e outros projectos possam estar ao serviço das respetivas comunidades, recordando ainda que, independentemente da sua cor partidária, trabalhou sempre com quaisquer presidentes de Câmara, esteve sempre e vai continuar a estar ao lado das populações e  ser uma voz, incómoda, na Assembleia da República na defesa dos interesses destes territórios do interior.

“Este empreendimento, além de permitir a criação de emprego e de contribuir para o combate à desertificação, dotará o território de uma resposta diferenciada para os mais vulneráveis e que não existe para servir a região”

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 “É sempre uma honra para a Santa Casa da Misericórdia receber todas as forças politicas que queiram conhecer a realidade desta instituição, os seus projectos e as suas dificuldades”, disse o provedor, professor José Dias Coimbra, recordando que “este empreendimento, além de permitir a criação de emprego e de contribuir para o combate à desertificação, dotará o território de uma resposta diferenciada para os mais vulneráveis e que não existe para servir a região”.

Um empreendimento que a Misericórdia pretende inaugurar em Agosto próximo, como referiu o provedor e, agradecendo a visita, não deixou ainda de se congratular pelo facto de, “aparentemente, os principais partidos políticos têm vindo a manifestar-se disponíveis para a promoção deste projeto ao serviço da região”, sendo “com elevado sentido de responsabilidade que acolhe todas as forças políticas que queiram conhecer esta e outras iniciativas no campo social da Santa Casa da Misericórdia de Arganil”.