No passado dia 30 de Dezembro, a igreja matriz abriu as suas portas para o concerto de Natal (e de encerramento das comemorações dos 170 anos) da Associação Filarmónica de Arganil. 

Igreja completamente cheia de pessoas que tiveram oportunidade de assistir a um espectáculo magnífico, um momento muito alto de cultura e que, com os seus aplausos, acabou também por merecer “o reconhecimento do público perante o trabalho e o esforço que vamos fazendo ao longo do ano para proporcionar estes momentos de alegria a todos aqueles que gostam da música, da Filarmónica e da cultura”, como referiu o presidente da direcção, Miguel Ventura.

“A qualidade que hoje apresentamos orgulha-nos a todos”, disse ainda Miguel Ventura. E essa (grande) qualidade apresentada na igreja matriz pela Filarmónica de Arganil foi, de facto, de “um grande nível” e que resulta “de todo o trabalho que vamos desenvolvendo em conjunto e que obviamente resulta, porque quando se fazem as coisas com gosto, as coisas surgem com naturalidade”.

E foi com essa maturidade, mesmo com chave de ouro que a Filarmónica encerrou as comemorações dos seus 170 anos. E o local escolhido não poderia ser outro, a igreja matriz, porque foi no seu seio que a Filarmónica de Arganil nasceu, “não podemos esquecer o fundador desta Banda, o padre Manuel Vasconcelos Delgado era pároco aqui em Arganil, desenvolvia aqui a sua actividade e foi dentro da igreja que a Filarmónica surgiu”, como salientou Miguel Ventura, acrescentando ainda que “foi dentro da Igreja que culminámos as comemorações deste aniversário, sendo também um tributo a uma instituição à qual a Filarmónica sempre esteve ligada até aos dias de hoje”, agradecendo ao reitor, padre Lucas Pio e ao padre Albino Camati,“por terem acolhido desde a primeira hora e de braços abertos, esta ideia”.

Uma convidada especial

Brilhante ideia, durante a qual foram apresentadas “um conjunto de peças muito interessantes, adequadas tanto ao momento que estamos a vivenciar, quanto ao próprio local onde se realiza”, como disse o presidente da direcção, e que contou com uma convidada especial, a cantora Carolina Puntel, “que abrilhantou e dignificou ainda mais, com a sua magnífica voz, este concerto e esta iniciativa diferente”. O convite à artista com “alguma experiência em cantar e acompanhar este tipo de Bandas”, partiu do maestro da Filarmónica, Pedro Carvalho, acabando por ser “uma grande mais-valia” para todos aqueles que, na noite de 30 de Dezembro, se deslocaram à igreja matriz, onde “para além de ouvirem os acordes da nossa Filarmónica, tiveram a acompanhá-la uma magnífica voz”.

E “habituados que estamos a ter o carinho dos arganilenses em todas as iniciativas que vamos realizando”, como considerou o presidente da Associação Filarmónica de Arganil, mais uma vez as expectativas foram superadas com “a igreja de Arganil repleta de amigos, de amantes da música”, de “conterrâneos que estão junto de nós nesta época festiva e que também tiveram oportunidade de ouvir a Filarmónica”.

Comemorações ao longo do ano

Foi também com um concerto, realizado em 8 de Janeiro do ano passado, no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, que tiveram início as comemorações dos 170 anos da Filarmónica e que contou com a participação especial das cantoras Mafalda Tavares e Cátia Tavares, para depois em Julho ter lugar, na sede, o descerramento de uma placa alusiva à data e um concerto junto aos Paços do Concelho, culminando agora com o concerto de Natal que, no final, mais do que os aplausos, ficaram ainda mais agradecimentos do presidente da direcção aos filarmónicos, ao maestro, à cantora convidada, aos colegas de direcção, aos amigos, a todos que se dedicam e empenham na ajuda e no apoio à Filarmónica de Arganil.

Em representação da Câmara Municipal, o vereador Luís Almeida não deixou de enaltecer também (e de agradecer) todo o trabalho realizado, o grande espectáculo que foi o concerto de Natal de uma instituição que, desde 1853, “promove e valoriza a música”, orgulha e honra Arganil e os arganilenses.