No dia 9 de Setembro e integrada na programação da 39.ª FICABEIRA, foi inaugurada no Átrio de Exposições Guilherme Filipe, a exposição “Estruturas Leves”, de Alda Reis.
Mostra de trabalhos que reinventam as matérias desperdiçadas do fabrico das colheres de pau, a exposição, que estará patente entre 9 de Setembro e 15 de Outubro, “insere-se na perspectiva da Bauhaus, movimento artístico vanguardista do século XX que teve grande relevo nas décadas de vinte e trinta. Esta escola, este movimento, criados por Walter Gropius, em 1919, na Alemanha, queria integrar todos os ramos das artes e ofícios manuais, tendo como objectivos ligar a arte ao quotidiano e à sua eventual produção em série (exemplo design industrial, mobiliário, tapeçaria, entre outros)”.
Enquadrando-se “sobretudo numa perspectiva ecológica, que lembra a Arte Povera da década de sessenta, dedicada às temáticas da natureza e do consumo. Neste caso, ao uso de desperdícios como metáfora para o nosso viver, com criatividade e sustentabilidade”, na exposição “a fragilidade das esculturas é assumida como consciência estética, uma forma da matéria revelar a sua força intrínseca, que é um dos pressupostos da Arte Povera”, como explicou Alda Reis, que nasceu em Lisboa em 1953, cresceu em Luanda, onde viveu até 1975 e actualmente vivendo em Coimbra.
Engenheira civil de Planeamento Territorial pela Universidade do Porto (1976), a autora é Doutorada em Métodos Científicos de Gestão pela Universidade de Paris-IX Dauphine (1992) e Mestre em Gestão e Políticas Públicas pelo ISCSP (2012). Trabalhou na CCDRC desde 1978 na área do Planeamento Regional. Completou o 2.º ano de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (1978) e conta já com inúmeras exposições individuais e coletivas – Coletivo P5.
A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, com entrada livre, das 9 às 17h30, no Átrio de Exposições Guilherme Filipe, no edifício da Câmara Municipal.
