ARGANIL: Casa das Colectividades acolheu o projecto MINHA

Inês Luzio (à esquerda) com os dois grupos – de jovens e de adultos – que constituem o projecto MINHA – Música Interventiva como Nunca Houve em Arganil

A arganilense Inês Luzio apresentou no último sábado o projecto MINHA – Música Interventiva como Nunca Houve em Arganil, inserido na 3.ª edição do programa Terra a Terra da Orquestra Sem Fronteiras.

«Trata-se de um projecto de música na comunidade, o que significa que todo o trabalho que se faz não é baseado em reportório que já existe. Pelo contrário, é uma coisa que é construída em conjunto com as pessoas, e que pretende também trabalhar os temas, os assuntos que as pessoas identificam como mais importantes ou necessários para serem abordados», explicou à A COMARCA.

O programa Terra a Terra da Orquestra Sem Fronteiras, esteve inicialmente para ser desenvolvido em Ima, no distrito da Guarda, mas desde Março que está a ser trabalhado com jovens e adultos do concelho de Arganil.

Ainda de acordo com Inês Luzio (…) «inicialmente identificámos jovens dos 13 aos 18 anos interessados em formar um ”ensamble” que trabalhasse na criação de músicas novas, que trabalhasse temas que sentissem necessidade de abordar», mas com o passar das sessões (…) «percebemos que seria interessante trabalhar com pessoas mais velhas… que se pudessem cruzar, e daí surgiu a ideia de formar um segundo grupo – um coro de adultos».

Reconhecendo não ser uma tarefa fácil, a musica arganilense não escondeu a sua satisfação no final da apresentação que decorreu na Casa das Colectividades, na vila de Arganil.

Também em declarações à A COMARCA. a vereadora da Juventude considerou tratar-se de uma (…) «oportunidade muito boa de experimentar uma actividade que lhes permite viver uma série de experiências que são importantes para o seu desenvolvimento e crescimento».

Para Elisabete Oliveira, o envolvimento das pessoas – no fundo serem protagonistas e não apenas espectadores – irá alavancar o apoio do Município de Arganil, até porque, como admitiu (…) «o nosso objectivo é encontrar uma forma de continuar a dar-lhe continuidade».

Recorde-se que este projecto comunitário visa dar mais poder aos jovens enquanto parte activa e importante da vida na comunidade, com vista à aquisição de competências de comunicação positiva e à partilha inter-geracional.