ARGANIL: CINEDITA mais um grande êxito

Na passada sexta-feira, no auditório da Cerâmica Arganilense, realizou-se a 7.ª edição da Gala do CINEDITA-Festival de Curtas de Arganil e “foi com a cor, a vida, o amor e a verdade que caracterizam o universo do cinema de animação da DreamWorks que decorreu esta Gala”, que contou com a presença dos autores das curtas a concurso, representantes da Câmara Municipal, Junta de Freguesia, empresa SKA, patrocinadores, comunidade escolar e público em geral e onde foram apresentadas 11 curtas que participaram no Festival, realizadas por alunos do ensino secundário e universitário de todo o país.

A curta “Em Quadrado”, da autoria de David Barbosa, Daniel Teixeira, Maria Duarte, Lara Pereira, Nuno Magalhães, Vítor Sousa, da Escola Secundária de Lousada, foi a vencedora da categoria de Melhor filme, recebendo o prémio no valor de 400 euros; na categoria Ficção, a curta vencedora foi “Os Cães São Mais Bonitos Quando Estão Molhados”, da autoria de Salvador Lobo Xavier, da Escola Artística Soares dos Reis; na categoria Experimental os vencedores foram “A Vida de uma Cavaca”, de Luís Filipe Borges, da Universidade de Aveiro; e na categoria Documentário, os vencedores foram “Século Abandonado: Os Pavilhões do Parque”, da autoria de Laura Soares, Henrique Rangel, Dinis Justino, Leandro Frias, Ema Serrano, Manuela Penafria, da Universidade da Beira Interior. O prémio na categoria Animação foi atribuído, exaequo, a “Blindfold”, de Afonso Leite e Selcouth, de Margarida Cunha, ambos da Escola Artística Soares dos Reis. Os vencedores nestas categorias receberam um prémio no valor de 150 euros.

O júri responsável por esta seleção foi constituído por Anna Eremin, a actriz de televisão e teatro Elsa Cerqueira (júri de vários festivais de cinema, dinamizadora do Projeto Filosofia com Cinema para Crianças), Pedro Martins (professor da Universidade de Coimbra, na área da animação, criatividade e arte computacional) e Sabri Lucas (actor de cinema e televisão), todos unânimes em reconhecerem “a qualidade, coragem, partilha, oportunidade que define a mensagem da equipa da organização – estudantes e professores do Curso Profissional Técnico/a de Multimédia, da Escola Secundária de Arganil”.

“A mensagem que deixa o CINEDITA é um espaço necessário de divulgação dos trabalhos académicos na área do cinema, que o CINEDITA é um festival de Arganil fiel à sua identidade, que é uma resposta aos actuais desafios que vivemos, que o CINEDITA é uma aposta na cultura, no cinema português, nos futuros cineastas portugueses”, foi ainda reconhecido pelo júri, salientando ainda que “o que assistimos é de toda uma equipa e de uma directora excepcional. Estão de parabéns”.

“Para o ano voltamos com mais novidades”, foi a mensagem também deixada pela organização do CINEDITA que, como disse a directora do Agrupamento de Escolas, Anabela Soares, “nas suas múltiplas vertentes, continua todos os anos a reinventar-se e a contribuir para que os alunos se envolvam em projetos, desafiem as suas capacidades, e a sua criatividade”, referindo ainda que “o Agrupamento de Escolas de Arganil, através dos seus alunos dos cursos profissionais de Técnico de Multimédia e dos seus professores Bárbara Almeida, Bruno Maganinho e Vânia Silva, orgulha-se de promover e de potenciar a cultura cinematográfica, proporcionar a todos os alunos do Agrupamento, desde o pré-escolar ao secundário, a mostra de curtas e oficinas, adaptadas a cada faixa etária. Um festival integrado no Plano Nacional de Cinema e que beneficia do financiamento do PO CH e do Fundo Social Europeu”.

Anabela Soares deixou “um agradecimento sincero” aos júris convidados para esta edição, Anna Eremin, Elsa Cerqueira, Pedro Martins, Sabri Lucas e Ra’uf Glasgow produtor de séries de televisão premiadas e de grande audiência, com a função de presidente do júri de seleção das curtas a concurso, considerando que “a vossa presença dignifica e valida a qualidade deste Festival”, deixou ainda “um agradecimento especial” aos patrocinadores, Câmara Municipal de Arganil, empresa SKA e Junta de Freguesia de Arganil e a todas as empresas de Arganil que contribuíram financeiramente para a concretização deste Festival, aos alunos do Curso Profissional de Manutenção Industrial, variante de mecatrónica, do Curso profissional de Turismo Ambiental e Rural, ao Tiago Moreira do ATL da Cáritas, dos professores Júlio Marques, João Correia, António Pragana e Mariana Teixeira, “que apoiaram incondicionalmente este projeto, através da construção dos cenários, o acolhimento e organização desta semana e da Gala de hoje” e aos alunos das Escolas de todo o País “que participaram neste Festival, através da realização das Curtas que visualizámos neste serão, pois sem o seu trabalho este Festival não teria sentido. As Escolas Secundárias e Superiores têm contribuído com originais a concurso, prestigiando o CINEDITA a nível nacional”.

E depois de deixar ainda o “obrigado a todos por quererem rasgar horizontes, sendo este Festival de Curtas de Arganil-CINEDITA um exemplo de um trabalho motivador, em equipa, agregador de vontades e que envolve toda a comunidade educativa. A Escola é, desta forma, uma realidade multifacetada, potenciadora, onde a qualidade do serviço público prestado é a garantia de futuro”, a directora do Agrupamento de Escolas de Arganil leu a mensagem enviada pela presidente do conselho directivo|directora da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, dr.ª Filipa Henriques de Jesus, que não pode estar presente mas que não deixou de “felicitar-vos pela iniciativa, que consideramos ser uma excelente forma de desenvolver competências de criatividade e de comunicação nos alunos do ensino profissional e de, simultaneamente, contribuir para a criação de uma cultura de cinema”, salientando ainda que “a iniciativa é tanto mais importante quanto possibilita à comunidade de Arganil o acesso a um produto cultural que, muitas vezes, está concentrado nas zonas urbanas. Além disso, a iniciativa ilustra muito bem a importância que a Escola, em conjunto com outros actores locais, tem na dinamização da comunidade local e, em complemento, na construção da relação da comunidade de Arganil com o mundo”.