ARGANIL: Concerto (magnífico) encerrou o II Estágio do Açor

Na noite da passada sexta-feira, um concerto, magnífico, encerrou o II Estágio do Açor, organizado pela Associação Filarmónica de Arganil e em parceria com a Associação Juvenil CUME, durante o qual as muitas pessoas puderam testemunhar (e aplaudir) os 75 jovens das 21 Filarmónicas que, de todo o país e durante quase uma semana, vieram participar no Estágio de Orquestra de Sopros e Percussão de Arganil.

“Durante esta semana, Arganil foi a capital da música e que nos deve deixar, a todos nós, muito orgulhosos”, disse o presidente da direcção da Associação Filarmónica de Arganil, Miguel Ventura, e que culminou com o concerto de encerramento que se constituiu num grande espectáculo, onde estiveram em evidência a grande qualidade e a arte musical (ao nível do que melhor de faz no país) dos jovens músicos em palco, dirigidos pelo maestro José Pedro Figueiredo.

Mas também para que o Estágio fosse possível, e como reconheceu o presidente da direcção da Associação Filarmónica de Arganil, foram necessários muitos apoios, a co-organização da Associação Juvenil CUME “por se envolver activamente neste projecto” que, como recordou, “surgiu em 2019, fruto de um desafio que nos foi lançado pelo nosso maestro Pedro Carvalho, (…) e que foi um estrondoso sucesso, tínhamos tudo preparado para, em 2020, repetirmos mas não foi possível, continuámos a preparar para 2021 e não foi possível e, em 2022, cá estamos todos para dar continuidade a um dos maiores projectos que, em parceria com a CUME, a Filarmónica de Arganil levou em frente”.

Miguel Ventura não deixou de salientar ainda “o que estamos assistir é fruto de muito trabalho de muitos meses, de muita dedicação e as minhas primeiras palavras vão para dois homens que conseguiram por isso de pé”, o maestro Pedro Carvalho, “temos muta honra, muito orgulho por estar entre nós”, e o maestro José Pedro Figueiredo, “muito obrigado por ter aceite o convite para estar esta semana connosco, é um orgulho estar entre nós, não é todos os dias que temos entre nós uma pessoa da sua dimensão em termos musicais”, como reconheceu, não sem antes deixar de considerar também que “temos de ter a consciência de um pormenor, é que há uma semana atrás estes 75 músicos que aqui estão estavam a tocar em 21 Filarmónicas diferentes, nunca tocaram em conjunto, apenas desde segunda-feira se reuniram na nossa sala de ensaios, começaram a conhecer-se, a criar amizades, a criar cumplicidades e hoje conseguiram apresentar aqui este trabalho que perdurará nas nossas memórias”.

“Para vocês que se dedicaram, disponibilizaram e quiseram aprender e quiseram dar continuidade àquilo que é um projecto de cultura, de engradecer também as Filarmónicas de onde são originários, o nosso reconhecimento”, disse o presidente da direcção da Filarmónica, sem deixar de ter também uma palavra de apreço para “todos os executantes da nossa Filarmónica de Arganil” e a todos “muitos parabéns não apenas por aquilo que fizeram, mas sobretudo pela coragem que tiveram em vir ao Estágio do Açor e contribuírem para este grande sucesso”.

Um sucesso para o qual e entre outras entidades “que connosco colaboraram e que foram determinantes para podermos concretizar esta iniciativa”, como reconheceu Miguel Ventura, acrescentando que “não é fácil ter connosco durante cinco dias 75 jovens músicos, mais orientadores, mais maestros e que obrigam a uma logística imensa para organizar, para concretizar” e para os quais “são necessários muitos recursos e sobretudo recursos financeiros para levar a bom porto este projecto e para termos a qualidade aqui hoje demonstrada”, pelo que deixava à doutora Maria Miguel, enquanto representante da Direcção Regional da Cultura do Centro, o pedido “é necessário um olhar diferente e mais atento para aquilo que se vai passando neste território”, porque havendo uma candidatura para esta iniciativa “que ainda vai ser feita, não sabemos se vai ser aprovada, se vamos ter esse carinho, também esse apoio financeiro, mas também moral”, porque “aquilo que se faz aqui é também um hino à cultura do nosso país, (..) julgo que tendo aqui representadas 21 Filarmónicas de cinco distritos diferentes, não é só Arganil que está em cima do palco, é também o país que está em cima do palco”.

O presidente da Filarmónica deixou ainda “um bem-haja” ao Município de Arganil, “mas precisamos de mais apoio, (…) acho que é um investimento que está à vista, acho que também é um orgulho para a Câmara e para o Município de Arganil, (…) à Santa Casa da Misericórdia também o nosso sentimento profundo de gratidão, porque não era possível nós levarmos a cabo esta iniciativa sem o vosso apoio, sem nos terem aberto as portas, servindo as refeições diariamente, ao almoço e ao jantar, a todos estes jovens”, considerando mesmo que “se não fosse a Santa Casa da Misericórdia tínhamos inúmeras dificuldades, para não dizer a impossibilidade de realizar este Estágio”, terminado por deixar a todos, sem excepção, que apoiaram e colaboram “o nosso muito obrigado” e com “um grande viva ao II Estágio do Açor, mas sobretudo um grande viva ao III Estágio do Açor 2023”.

Um muito obrigado deixado também pela presidente da Associação Juvenil CUME, Beatriz Luzio, enquanto a vereadora da Câmara Municipal, Elisabete Oliveira, depois de referir que ”a maior força de um território são as pessoas e as suas instituições”, salientou que “isto é mesmo verdade pelo trabalho que foi desenvolvido através do Estágio do Açor pela Associação Filarmónica de Arganil e Associação Juvenil CUME e que, com o contributo de todos que já foram referidos, demonstra exactamente isso, que somos capazes de coisas absolutamente extraordinárias quando acreditamos. E é isso que tem acontecido, não há outra forma de trabalhar, de actuar”, mas e como reconheceu não deixam de ser necessários apoios, para que “com total disponibilidade e muita motivação, continuemos a ter este Estágio do Açor no nosso concelho, para continuarmos a receber jovens aos quais não posso deixar de estar profundamente agradecida pelo este trabalho absolutamente inspirado. Muitos parabéns”.