ARGANIL: “DIA HISTÓRICO PARA A ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL” – Inauguração do CET Industrial 342NIL

Convidados, professores, alunos e pessoal não docente na inauguração do CTE – Centro Tecnológico Especializado da Escola Secundária de Arganil

Na sexta-feira, dia 28 de Março e como considerou o seu coordenador, Júlio Marques, foi um “dia a histórico para a Escola Secundária de Arganil” com a inauguração do CTE – Centro Tecnológico Especializado e que integrou a programação das Jornadas FIMA – Feira Industrial Manutenção de Arganil, que durante dois dias decorreram na Cerâmica Arganilense, “uma oportunidade única para profissionais e estudantes”, com “jornadas técnicas de muita qualidade” e que “revelam aquilo que é o futuro do ensino” com a demonstração, de entre outros, de equipamentos, de robótica, debates e que culminou com  a inauguração do CET Industrial 342NIL.

“Inspirado em valores de excelência, projectado com visão inovadora e concretizado com missão educativa e formativa, nasceu o Centro Tecnológico Especializado da Escola de Arganil”, disse a directora do Agrupamento de Escolas, Anabela Soares, reconhecendo os seus mentores, o professor Júlio Marques e o professor Pereira Alves, que “desde o primeiro momento centraram “a sua vocação para a formação técnica profissional, (…) como mostra o panorama educativo português actual, numa vertente imprescindível de inovação e de qualidade de ensino que exige de todos nós adaptação, reinvenção e proactividade”.

E como recordou ainda Anabela Soares, a inauguração do Centro Tecnológico Especializado 342 NIL é “resultado de um percurso construído que, paulatinamente, foi conquistando prestígio no meio sociocultural e na rede empresarial da região. Assistimos a um crescimento que se consolidou e educou ao longo do tempo, quer através de percursos formativos e diversificados e ajustados aos perfis dos estudantes fundados na inclusão e no sucesso educativo de todos, quer respondendo às exigências do mercado de trabalho atual e às necessidades de uma sociedade em permanente evolução” e, com a sua criação “pretende-se elevar a capacidade de resposta do sistema educativo e formativo, para combater as desigualdades sociais e de género, aumentar a resiliência do emprego, reforçar as iniciativas para desenvolver um sistema consistente de ensino e formação profissional, ampliar as taxas de qualificação, usufruindo da inovação tecnológica e pedagógica para promover aprendizagens mais eficazes e eficientes, ancoradas em competências tecnológicas, digitais e de cidadania social e eticamente responsáveis”.

E além de se inserir “no desígnio nacional de melhorar o desempenho de Portugal no que respeita ao índice de digitalidade da economia e da sociedade no déficit das qualificações, sobretudo ao nível das qualificações intermédias correspondentes ao ensino secundário e profissional, e na elevada sub-representação das mulheres nas áreas emergentes do futuro”, o CET “é também uma oportunidade extraordinária e uma resposta à inovação pedagógica e tecnológica e um apoio estratégico contínuo que desempenhará um papel crucial quer no âmbito da competitividade empresarial e desenvolvimento estratégico local e regional da área onde o Agrupamento de Escolas se insere, quer da estratégia regional de especialização inteligente do Centro, dada a amplitude que a qualificação de activos para a empregabilidade pode proporcionar para fazer face aos desafios e às dinâmicas diferenciadoras que atualmente se colocam”, considerou a directora do Agrupamento, porque e como salientou a terminar, “o futuro está aí e a sua construção depende de aqueles que aceitam a mudança e fazem dele o mote para a sua expansão”.

O coordenador do coordenador CET, Júlio Marques, além de partilhar alguns registos que mostram parte da transformação do que eram as antigas oficinas de mecânica e o gigantesco processo de desmantelamento de todos os equipamentos existentes, “tarefa hercúlea, iniciada a 6 de Março de 2024 e executada em apenas três semanas”, deixou os agradecimentos a todos que a tornaram possível, alunos, assistentes operacionais, empresas parceiras, Município, terminando por referir que “a história não pode acabar sem que eu possa chamar o meu colega e amigo, o João Rodrigues, para que esteja ao meu lado”, porque “três anos após aquilo que juntos pensámos, desenhámos, viajámos, discutimos, é hoje tornado realidade para todos os presentes”.

Em nome da Delegada Regional de Educação do Centro, Ana Paula Gomes começou por referir que “admito que com timings muito aportados, processos complicados, foi preciso alguma ousadia” para “criarmos melhores condições para que o ensino profissional não seja visto como um ensino de segunda categoria que, de facto, proporcione a formação de jovens qualificados, em estreita colaboração com aquilo que são as necessidades do tecido empresarial da região”, agradecendo “também que ao Município em tudo que esteve envolvido neste processo” e por dar “os parabéns e desejar as maiores felicidades e que os alunos sejam aqui felizes”.

O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, depois de recordar os tempos em que passou pela Escola, “estas coisas são também interessantes naquilo que tem a ver com as memórias, naquilo que tem a ver com o crescimento colectivo de todos nós, naquilo que é a nossa formação pessoal e cívica”, considerou que “é também nestes acontecimentos e nestes passos que este crescimento se faz”, salientando que “o momento que estamos aqui a assinalar, que é um momento que considero da máxima importância, é um momento histórico”, para referir depois que “muitos estranham porque é que em Arganil não temos nenhuma escola de ensino profissional privada”, mas “a resposta está aqui, (…) está aqui muito transparente e muito evidente. (…) em Arganil sempre tivemos ensino profissional diferenciado e de qualidade, (…) e que explicam efectivamente porque é que no nosso território, no nosso concelho, o ensino profissional privado não é necessário, não faz falta, (…) as respostas estão aqui dadas de uma forma muito evidente”,

Luís Paulo Costa não deixou de considerar também que “estamos a dar aqui um passo muito à frente naquilo que tem a ver com áreas que são críticas para as empresas, (…) estamos a falar de ensino de formação qualificada que tem que dar resposta àquilo que são as necessidades das nossas empresas, nas mais diversas áreas, (…) acredito que também terá dado o seu contributo, um contributo determinante para aquilo que são as soluções que vão estar aqui disponíveis para fazer a formação dos nossos jovens, dos nossos alunos, que no final de contas são efectivamente o propósito e a causa de estarmos aqui todos, (…) o propósito é permitir que os nossos jovens, os nossos alunos tenham os melhores meios para terem a melhor formação e também para com isso poderem afirmar no mercado de trabalho”.