ARGANIL: Doentes do alto concelho continuam sem transporte para consultas

Na última reunião de Câmara, o vereador socialista Paulo Teles Marques, abordou a questão do transporte dos doentes do alto concelho para as consultas na Extensão de Saúde de Coja e que deixou de ser feito depois o acidente sofrido, no ano passado, com o autocarro que assegurava esse transporte.

E como informou o presidente, Luís Paulo Costa, a Câmara Municipal está a aguardar uma solução, por parte da Administração Regional de Saúde (ARS), de forma a resolver este problema, dando a conhecer que “a ARS assegurava a questão do autocarro, com todos os custos associados, e o Município alocava o motorista”, contudo “o autocarro, fruto do acidente que aconteceu, não tem possibilidade de recuperação, a ARS tem conhecimento disto, e agora importa que encontre uma solução para garantir o transporte”.

“Faz sentido reeditar uma solução que esteve a funcionar durante 20 anos, com alguns resultados” e que, até “é possível, com aquilo que são os instrumentos actualmente disponíveis, fazer melhor e porventura até com menos dinheiro”, considerou o presidente da Câmara, acrescentando que “dentro daquilo que é o quadro legal de transporte a pedido, é viável, na minha opinião, fazer uma articulação mais directa entre aquilo que são os agendamentos das consultas e aquilo que é a marcação por transporte, com um melhor serviço, na medida em que não é preciso encher o autocarro de uma determinada localização para andar a fazer o transporte de manhã e a seguir ao almoço”, pelo que “é possível também, nessa medida, prestar um melhor serviço às pessoas”.

Mas para além de manifestar a sua preocupação com o facto de ter “havido uma promessa à população de que seria garantido o transporte das pessoas da Cerdeira, Benfeita e Vila Cova de Alva, para Coja, para acederem às consultas e tal não tem acontecido”, Paulo Teles Marques, não deixou de alertar também que, embora já tenha sido “acautelada” a substituição do médico Manuel Gama (falecido recentemente) por outra médica “para prestar serviço” nas Extensões de Saúde de Coja, Pomares e Piódão, “tanto quanto sei, há também um défice de uma enfermeira”.

“Desta questão da enfermagem não tinha conhecimento, mas tomo nota dela e também haverei de dar conta desta preocupação, em primeiro lugar, ao ACES (Agrupamento de Centros de Saúde)”, disse Luís Paulo Costa, sem deixar de salientar que “em todas estas questões, desde a questão médica propriamente dita, à questão da enfermagem e do transporte, a ARS tem aqui um papel determinante porque tem esta responsabilidade”, deixando a certeza “vamos insistir também para ter um esclarecimento relativamente às soluções que estão previstas para os diversos problemas”.