“É preciso é falar”, diz o reitor de Arganil, padre Lucas Pio, e tem sido assim que, desde a sua chegada a esta vila, tem feito, falar, mas também sensibilizar e mobilizar as pessoas para se envolverem nas iniciativas, para apoiar nas obras que, em pouco mais de dois anos, já conseguiu para a paróquia, desde a reabilitação da capela do Senhor da Agonia (que aguarda comparticipação) até à mais recente, a reabilitação da Fonte Santa, sem esquecer a autêntica “revolução” que aconteceu na igreja matriz com o aproveitamento de espaços que levaram à instalação, de entre outros, de uma livraria, de um museu de arte sacra e, brevemente, até ao aquecimento do templo sagrado.
Mas nas suas visitas à paróquia, o reitor não deixou ainda de verificar que faltava muito mais, nomeadamente a recuperação das capelas existentes ao longo da subida até ao Mont’Alto (uma já está recuperada) e, ao mesmo tempo, a conclusão das escadarias que, desde o fundo da ladeira, deveria chegar ao Santuário.
“Penso que agora sai”
Foi uma obra inacabada, não sabemos o motivo, nem sabemos quem foram o autor ou autores do projecto, homens de visão larga para o tempo, cujo exemplo deveria ter sido seguido pelos vindouros que não foram capazes de concluir as escadarias, apesar já muitas vezes ter sido abordado o assunto em reuniões da Fábrica da Igreja, por alguns arganilenses e amigos do Mont’Alto, mesmo nas colunas do nosso jornal, mas que nunca passou disso mesmo, de boas intenções mas “penso que agora sai”, como disse o reitor de Arganil.
E ao fazer esta afirmação, o padre Lucas Pio, referia-se à conversa tida com o presidente da Junta de Freguesia, Pedro Alves, que ao dar-lhe um abraço e sabendo da sua intenção em concluir esta obra, lhe deixou a certeza, “conte com o apoio da Junta para terminar as escadarias do Mont’Alto”.
“Estou de coração cheio”, disse o padre Lucas Pio, pela boa vontade, pelo interesse manifestado pelo presidente da Junta de Freguesi, que com crteza será o interesse dos arganilenses, dos amigos do Mont’Alto, a em concluir as escadarias, com cada um “trazendo a sua pedra”, como dizia Miguel Torga, porque além do apoio monetária nunca será demais, não deixam de ser bem-vindas, ofertas de cimento, de areia, de pedras, mesmo de mão-de-obra necessárias para uma obra que, afinal, não deixa de ser de todos nós.
“É preciso é começar”
“É preciso é começar”, considera o presidente da Junta de Freguesia, Pedro Alves, referindo-se a esta obra inacabada que são às escadarias até ao Mont’Alto, iniciadas há muitos anos… mas mesmo apesar do trajecto estar mais um menos traçado, acabaram por nunca chegar ao Santuário. E embora sem deixar de reconhecer que o custo desta obra será elevado, não deixou de referir também que, com o apoio da Junta, com certeza também da Câmara Municipal, dos arganilenses e dos amigos do Mont’Alto, todos unidos e envolvendo todos, serão capazes de concretizar este sonho e honrar a memória daqueles que idealizaram (e começaram) estas escadarias, acabando assim por se constituir como mais um grande motivo de atracção desta que é, por excelência, a “sala de visitas” de Arganil, o nosso Santuário do Mont’Alto.
“É preciso é começar”.