Na última edição de A COMARCA foi noticiada a abertura e disponibilidade da Santa Casa da Misericórdia de Arganil para ser encontrada uma solução que assegurasse a continuidade das Urgências e do Centro de Saúde no local em actualmente e desde há muitos anos se encontram, tendo ao longo dos tempos sido alvo de várias intervenções de reabilitação e requalificação.
Agora e em Diário da República, II Série2, de 5 de Abril, foi publicado o concurso público para a “elaboração de projecto de execução para a construção de novo Centro de Saúde e SUB em Arganil”, que tem como entidade adjudicante o Município de Arganil, o preço base de 150 mil euros, sem IVA e o prazo de execução do contrato de 5 meses.
Sobre este importante assunto e em entrevista recente dada à Rádio Clube de Arganil, o vereador da oposição na Câmara Municipal, Miguel Pinheiro, considerou que “tem tudo a ver com a oportunidade do momento histórico para o fazer e é difícil abdicar da oportunidade de poder ter um novo Centro de Saúde renovado, reabilitado, moderno, com boas acessibilidades, com uma melhor oferta não só para a comunidade arganilense, mas também para a região. Portanto, se nos é dada essa oportunidade de construirmos um novo Centro de Saúde para Arganil, temos que a agarrar com força, com determinação para que possa ser uma realidade tão breve quanto possível. Eu acho que é de todo o interesse que aconteça – e que aconteça rapidamente – e que possa funcionar também num futuro próximo”.
Miguel Pinheiro disse ainda que “estamos a falar num investimento de oito milhões de euros em conjunto com a Escola Secundária de Arganil, são investimentos fortes e que dificilmente este comboio passará nos próximos tempos por Arganil” e dando a conhecer a sua opinião sobre um novo Centro de Saúde, “é de apoio e de incentivo para a sua construção”, sem esquecer “obviamente outras questões que são muito importantes e que não podemos esquecer, por um lado a localização em que as opiniões se dividem, mas certamente a que for escolhida terá prós e terá contras, o que não podemos é deixar cair este processo numa lógica como o novo aeroporto de Lisboa que não se faz porque ninguém decide a sua localização”.
O vereador Miguel Pinheiro recorda que “na altura em que começámos a conversar sobre isto, e eu só posso falar da minha opinião, é a de deslocalizar o Centro de Saúde do local onde está e que a nova localização tem que ter duas valências muito importantes, em primeiro lugar, acessibilidade franca, rápida e que possa ter um grande ganho funcional de chegadas, de partidas e de paragens em relação ao actual. Temos de ganhar nesse aspecto e parece-me que o eixo Arganil-Sarzedo seria o mais indicado e continuar a ter uma lógica de localização em que fosse possível de conjugar tanto com os transpores públicos locais e também com a possibilidade de deslocações rápidas, acessíveis e de qualidade a pé”.
Mas ainda segundo Miguel Pinheiro, essa “é uma incumbência estrita do executivo e do senhor presidente da Câmara, portanto aguardamos as propostas que ainda não nos foram colocadas de uma maneira formal e em reunião de Câmara para votarmos a localização, há uma indicação que era necessário que fosse feita para efeitos de candidatura, mas que não é obrigatoriamente a localização final. As opiniões são discordantes entre as pessoas e, por isso, eu acho que é uma boa altura para a comunidade rapidamente dar opinião do que sente, de se organizar, participar (…) porque este é o momento, estamos a falar da abertura do procedimento para a elaboração do projecto e, portanto, o projecto precisa de um espaço, precisa de um local e o momento para o escolher parece que é agora. Por outro lado, há uma questão que é também salvaguardar as contingências de investimento, perceber as titularidades dos terrenos para onde o Centro de Saúde irá. Claro, era ideal que pudéssemos estar a falar de terrenos do Município a que se calhar a melhor localização pode ou não estar associada, mas isso é um estudo que aguardamos nos seja apresentado pelo senhor presidente da Câmara”.
Até à hora do fecho da edição, não foi possível obter qualquer declaração do presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, sobre o assunto e que esperamos fazer em próxima edição.