Segundo sabemos, ainda faltam 17 000 euros para acabar de liquidar as obras da Capela do Senhor da Ladeira, mas também sabemos (e como tantas vezes temos escrito) que em Arganil nenhuma obra ficou por fazer por falta de dinheiro. E a Capela do Senhor da Ladeira, no Santuário do Mont’Alto, tem sido disso exemplo.
Mesmo assim e perante esta realidade, os responsáveis pelas obras da Capela do Senhor da Ladeira andam “preocupados porque ainda falta muito dinheiro para acabar de liquidar os trabalhos, que já se encontram executados na sua totalidade e os cofres da Igreja encontram-se vazios” e, para os “encher” e solver esta dívida, continuam a contar com a generosidade dos fiéis, indústria, comércio e tantos outros amigos, que decerto não vão regatear a sua colaboração.
Como é do conhecimento público, o templo estava num completo (e até perigoso) estado de degradação e, ao chegar a Arganil, não podemos deixar de recordar, mais uma vez, que uma das preocupações primeiras do reitor, padre Lucas Pio, foi “salvar” a Capela, desde logo falando, “é preciso é falar”, sensibilizando as autarquias, a ADIBER, as empresas, as pessoas para a necessidade urgente de ajudar a recuperar um património que é de todos e que se poderia perder para sempre.
E depois do cumprimento de todas as exigências necessárias, os projectos, a candidatura para o financiamento feita através da ADIBER, os apoios da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, foram postas mãos à obra (entregue à empresa Abel Lourenço Marques Dinis) e… a obra começou, como começaram desde logo a chegar os donativos para ajudar a reerguer e a dar a dignidade devida à bonita Capela do Senhor da Ladeira, que era também a “casa” do ternurento Menino Jesus da Ladeira.
Depois de alguns meses e com a conclusão das obras, a dignidade voltou a um templo que tanto diz aos arganilenses. Foi a sua inauguração, com celebração de missa solene, presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes. Foi uma festa, uma grande festa, “ensombrada” apenas pelos 17 mil euros que ainda faltavam pagar.
Mas a fé era grande, como grande era a vontade de tornar a dívida mais pequena, para a liquidar, e para isso, felizmente, os donativos tem continuado a chegar aos responsáveis pela obra e hoje, segundo uma lista que nos foi enviada, são os seguintes: anónima de S. Martinho da Cortiça, 20 euros; anónimo de Arganil, 25 euros; Manuel Coutinho Pinto, 100 euros; Álvaro Correia Costa (Sarcina), 60 euros; Jorge e Dulcelina Nogueira. 100 euros; Francisco Martins, 100 euros; Joaquim Marques Suzano, 100 euros; dr. António Pereira Alves (2.ª oferta), 200 euros; Grupo Gastronómico 7 de Setembro”, 200 euros; Jorge Manuel Matos Silva, 100 euros; ARGOCONSTRUTORA, L.da (2ª. oferta), 300 euros; Ana Isabel Costa, 100 euros; CASA DA CARVALHA, 100 euros; anónimo de Sarzedo, 250 euros; anónima de Sarzedo, 250 euros; e Grupo de Amizade “Os Manuéis” de Arganil, 1.700 euros.
Também junto dos ouvintes do programa do R.C.A. “2 Horas ao domingo com Abel Fernandes”, foram angariados 300 euros assim distribuídos: Deolinda Martins, do Alqueve, 20 euros; José Dias, de Tapada das Mercês/Sintra, 50 euros; Carlos Basílio e esposa, de Pomares, 20 euros; D. Milú de Tábua, 20 euros; Paula Pereira, Mário e Santiago, 20 euros; Luís Martins e esposa, de Queluz, 10 euros; Sãozinha de S. Romão, 20 euros; Adélia Silva, de S. Martinho da Cortiça, 20 euros; Luísa Santos, de Pereira/Mouronho, 10 euros; Graça Luzio, de Póvoa de Folques, 10 euros; Fernando Almeida, do Rochel, 10 euros; Alberto Martins e esposa, de Reboleira, 20 euros; Carlos Lopes e esposa, de Foz da Moura, 20 euros; e do promotor do programa, Abel Ventura Fernandes, 50 euros.
Em géneros e serviços foram também recebidos: MOVIALVA, L.da, móvel vitrine e credência; Móveis Luís Gouveia, mobiliário e crucifixo para a sacristia; Florista Mateus, três arranjos florais para os altares; RESIMADEIRAS, L.da, serviço de máquinas e mão de obra para limpeza das terras envolventes à Capela; Filomena Simões Figueiredo, três toalhas para os altares; Abel Ventura Fernandes, seis cadeiras estofadas; Marisa Raimundo, uma toalha de linho; Orlando Henriques, dois tocheiros com velas; e Feirinha Madre Teresa de Calcutá, 12 bancos de capela em castanho.
Os responsáveis das obras deixam, mais uma vez, o reconhecimento público, a gratidão a todos os que contribuíram. Na certeza de que outros amigos irão continuar a contribuir. Todas as contribuições são bem-vindas e os donativos em dinheiro podem ser canalizados para a conta criada especificamente para o efeito junto da Caixa de Crédito Agrícola com o IBAN: PT50 0045 3450 4036 5629 9393 6, porque só assim e com a ajuda de todos, “cada um trazendo a sua pedra”, se (re)construiu não as catedrais, como dizia Miguel Torga, mas neste caso a bonita Capela do Senhor da Ladeira.