No dia 6 de Setembro, a abertura da 40.ª edição da FICABEIRA e Feira do Mont’Alto 2023, foi presidida pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que como considerou o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, “tem demonstrado, ano após ano, estar ao lado de Arganil e dos arganilenses; nas celebrações, mas também nos momentos menos bons que o território atravessou. Como tantas vezes o afirmo:, uma amiga de todas a horas do nosso concelho”.
“E esta é uma edição especial e marcante”, como referiu Luís Paulo Costa, “especial e marcante porque celebrarmos 40 edições daquele que é um dos mais antigos e mais expressivos certames da região, (…) especial e marcante porque assume nesta data redonda uma dimensão solidária. Associamos a festa mais importante do concelho à nobre missão da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de tornar realidade um sonho chamado Casa dos Afetos”, pelo que “estamos otimistas quanto ao montante que resultará da FICABEIRA e Feira do Mont’Alto”.
“Temos noção de que o valor dos bilhetes, que varia entre os 2 e os 3 euros, não vai permitir ter a bilheteira que na realidade gostaríamos. São valores simbólicos quando comparados com outros eventos de âmbito nacional. Mas acreditamos que quando todos os valores simbólicos forem somados, no final teremos um valor significativo para ajudar na construção da Casa dos Afetos”, disse o presidente da Câmara Municipal, deixando a certeza que “a APPACDM sabe que pode contar com a colaboração da autarquia a todos os níveis e em todos os momentos para a concretização do Lar Residencial em Arganil”, dirigindo “uma palavra de reconhecimento e de profunda gratidão para com a Professora Helena Albuquerque, presidente da APPACDM de Coimbra, “principal impulsionadora deste projeto; alma incansável, voz corajosa e o coração generoso que fez o projecto nascer e crescer”, também “um agradecimento particular à dr.ª Olga Coelho, coordenadora do Núcleo de Arganil da APPACDM, que tem tido um papel fundamental na vida dos utentes, na sua inclusão na comunidade, que tem contribuído de forma relevante para tornar a Casa dos Afectos um projeto de todos nós” e “aos arganilenses e a todos os amigos da nossa terra, um agradecimento especial. Obrigado pelo envolvimento e por toda a colaboração. É um orgulho fazer parte de uma comunidade que se preocupa genuinamente com o bem-estar do próximo”.
O presidente da Câmara Municipal salientou depois que “durante os próximos cinco dias, a tradição e a modernidade têm encontro marcado neste nosso Parque Verde, para valorizar e enaltecer os valores, a identidade e o legado histórico do nosso concelho”, considerando que “este é um momento de união, partilha e celebração do espírito e da vitalidade das forças impulsionadoras da nossa comunidade. É o momento de afirmação do tecido empresarial e comercial da região”.
“Partimos para esta edição da FICABEIRA e Feira do Mont’Alto convictos de que estão reunidas as condições para oferecer o melhor a quem nos visita. Para proporcionar a melhor experiência, os melhores momentos e memórias ao público, mas também aos nossos parceiros e a todos os envolvidos na FICABEIRA e Feira do Mont’Alto”, disse ainda Luís Paulo Costa, e depois de considerar que “esta é uma festa de todos e para todos”, não deixa de ser também “um evento que é uma montra das iguarias gastronómicas do concelho, da indústria, do artesanato e dos costumes tão próprios e identitários de Arganil; um evento que é também ele uma oportunidade de negócio para as nossas empresas”.
E depois de sublinhar “a importância deste evento para a dinamização e promoção do desenvolvimento económico” e de “evidenciar, em particular, a importância que o tecido empresarial assume no desenvolvimento e progresso do nosso território”, o presidente da Câmara referiu que “com a nova Área de Localização Empresarial da Relvinha demos um passo determinante neste nosso desígnio de captar investimento, criar postos de trabalho capazes de fixar pessoas, nomeadamente quadros superiores”, mas para isso e como considerou, “é preciso, no entanto, que as medidas do Governo acompanhem este desmedido esforço concretizado pelos territórios de baixa densidade como Arganil. É preciso reduzir as disparidades geográficas e sociais e afirmar estes territórios como lugares de oportunidades. É preciso mais investimento, mais empresas, mais pessoas, mais qualificação no interior”. E deixou várias ideias de como “é que isto se faz”, como captar investimento, atrair pessoas e dar-lhes condições, terminando por acentuar que “inauguramos hoje a festa dos encontros e dos reencontros. Da confraternização. É o momento de reaver amizades. É o encontro dos que têm em comum Arganil e os laços que os ligam à nossa terra. Dos que cá estão mas também da nossa diáspora e dos amigos de Arganil”, considerando que “sentimos o pulsar do nosso concelho a partir deste espaço verde bem no centro da vila de Arganil, que tão bem recebe todos aqueles que cá residem como os que nos visitam” e sem deixar também de “evidenciar e reconhecer o papel crucial que as nossas associações e instituições desempenham na promoção da cultura, do desporto, da solidariedade e do voluntariado”, terminou reconhecendo que “o sucesso do certame anos após anos deve-se, indiscutivelmente, ao envolvimento e forte empenho de todos” e a todos deixando o seu obrigado.
Um obrigado, sentido, deixado também pele presidente da APPACDM, Helena Albuquerque, e depois das palavras do vogal executivo do Centro 2029, Luís Filipe, para enaltecer a importância do evento, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, além de deixar “um beijinho especial a todos aqueles que vão usufruir da Casa dos Afectos”, com votos para que “rapidamente possam ir para a vossa nova casa, a Casa dos Afectos”, agradeceu ao presidente Luís Paulo Costa, “por se ter associado a esta nobre causa de Arganil, uma obra que promove a inclusão e a dignidade da vida humana”, para depois afirmar ser uma grande “defensora da descentralização” e que se “tem debatido por mais competências, mas também por mais recursos para que possam exercer essas competências de forma adequada”, deixando a garantia que continuará a fazê-lo no próximo Orçamento de Estado.
“Estamos numa fase de reorganização dos serviços do Estado nas CCDR e tem por objectivo prestar melhor serviço ao cidadão, aos agricultores, às empresas e entidades”, disse ainda a Ministra Ana Abrunhosa, acrescentando que se pretende, igualmente, “melhorar a presença de serviços públicos nos territórios” e que “estamos a iniciar o próximo Quadro Comunitário 2030, com uma dotação de 23 mil milhões de euros, sendo geridos pelas CCDR 8 mil milhões de euros” e que, no âmbito do PRR, será efectuado um investimento superior a 40 milhões de euros financiados que, no seu entender, “será muito bom para Arganil, maioritariamente para projetos empresariais”.
No final da sessão de abertura, foi a habitual visita aos cerca de 150 expositores presentes nesta 40.ª edição da FICABEIRA e Feira do Mont’Alto 2023.