ARGANIL: “Missão País” deixa sementes

De 22 a 28 de Janeiro e pelo segundo ano consecutivo, Arganil recebeu a “Missão País”, um “projecto universitário de cariz católico que tem como objectivo levar a mensagem cristã a diversas localidades portuguesas”.

E durante uma semana, 50 jovens estudantes da Universidade Nova de Lisboa, acompanhados por oito chefes e pelo padre Gonçalo Cravo, estiveram em missão, divididos em grupos, nas Escolas, nos Lares, no Bairro de S. Vicente de Paulo, na APPACDM, porta-a-porta, não só a “levar a mensagem cristã”, mas também em serviço e a dar alegria às ruas da vila, recebendo e dando afectos, numa aproximação “com a comunidade e instituições arganilenses”.

Entre outras actividades que os grupos dinamizaram no concelho, tiveram ainda a oportunidade de visitar os idosos mais isolados das freguesias de Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Folques, Sarzedo, Arganil e Celavisa, numa aproximação marcada pela solidariedade e dinamismo de todos estes jovens que, em verdadeiro e autêntico espírito de missão, são o exemplo da amizade, de fé e de paz por um mundo melhor que “trouxeram até nós”.

E depois de um dia intenso de serviço à comunidade e de animação, ao final do dia os jovens voltavam a juntar-se na igreja matriz, para rezar o terço e para participar na celebração da missa, na quinta-feira participaram na procissão de velas e no jantar das famílias que os acolheu “jantaram connosco em família. E que bênção esta, que do nada as horas voaram numa conversa cheia de partilha e entrega para com o outro”, como alguém considerou, e na sexta-feira, depois do terço e missa, foi o teatro que levaram à cena na Cerâmica Arganilense.

No domingo e com a missa dominical na igreja matriz, a missão chegou ao fim, E ficaram os agradecimentos do reitor, padre Lucas Pio (também ao Município pelo apoio e por todos os outros apoios recebidos no acolhimento aos jovens), e também dos chefes gerais desta “Missão País” em Arganil, Dina Freitas e João Maria Guimarães, que além de reconhecerem que “aprenderam muito a viver a fé fazendo, (…) e fazendo missão muda”, deixaram o seu sentido “obrigado, Arganil”.

E os jovens partiram com a vontade de voltar. São três anos de “Missão País” em cada localidade, no primeiro “com o objectivo do acolhimento, em que chegamos, não conhecemos a localidade, a localidade não nos conhece, o ’porta a porta’ nem sempre funciona bem, há muitas portas fechadas, mas damo-nos a conhecer, ganhamos a confiança das pessoas e deixamo-nos conquistar”; no segundo ano, “que gostamos de chamar o ano da transformação, essa transformação é, de facto, visível, até ao nível do ‘porta a porta’, nota-se que as pessoas estão muito mais predispostas a abrir, a querer falar, já conhecem, já sabem que vimos pelo bem”; e no terceiro, “depois de termos estado a ser transformados e a transformar, (…) tentamos deixar essa tal semente na localidade, nas catequeses, nos lares, lançá-los agora a eles em missão”.

E a semente está espalhada, em boa terra com certeza, esperamos que cresça e que os seus frutos sejam para “todos, todos, todos”, como diz o Papa, numa palavra e segundo os jovens, “estamos para o que for e estamos para estar” e por isso, para ano cá os esperamos.