A solene procissão com a imagem da Padroeira, voltou a constituir-se como o ponto mais alto e marcante das festas de Nossa Senhora do Mont’Alto que, independentemente do seu programa, em cada ano continua a levar ao Santuário muitas centenas, senão milhares de pessoas que, vindas de longe e de perto, ali vão movidas pelo convívio, pelo encontro, pela fé.
São os arganilenses são, como diz o hino, a “Gente piedosa da Beira/Coração em sobressalto/Vão rezar à Padroeira/Que é a Virgem do Mont’Alto” que, no cumprimento da tradição, em cada ano voltam a subir ao Santuário para participar também na missa solene, debaixo da frondosa Carvalha, presidida pelo jovem padre Daniel Rodrigues, e concelebrada pelo reitor, cónego Manuel da Silva Martins, durante a qual o presidente da celebração, recordando a mensagem do tríduo preparatório da festa, exortou os fiéis a assumir as atitudes de vida de Nossa Senhora, de pobreza (não miséria), de humildade igual a simplicidade, caridade, confiança e gratidão.
Foi esta gratidão que a “gente piedosa da Beira” quis manifestar também participando na procissão de velas que, este ano e pela primeira vez, contou também com a participação das Irmandades que responderam ao convite do pároco, nomeadamente a da Santa Casa da Misericórdia, do Sarzedo e de Pombeiro da Beira, que vieram dar uma maior solenidade e grandiosidade a esta manifestação de fé que, para acontecer, tem necessariamente que contar com o empenho, a dedicação, até muito trabalho de um (pequeno) grupo de pessoas, também designado pelo grupo de amigos do Mont’Alto que, como referiu o reitor, “está ao lado da Fábrica da Igreja, tem feito um trabalho extraordinário”. Sem o qual não havia festa.