Na passada quarta-feira, dia 2, em Esposende e numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza de Florestas, João Paulo Catarino, o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, assinou o contrato-programa que vai permitir melhorar as condições de visitação na Área Protegida da Serra do Açor.
O financiamento obtido resulta de uma candidatura submetida pelo Município de Arganil ao Fundo Ambiental e ascende aos 150 mil euros, sendo o valor global da intervenção de 158 mil euros.
O início das intervenções está previsto para o final do terceiro trimestre do ano.
As intervenções previstas no âmbito do projeto visam a melhoria das condições físicas, por um lado, e a reformulação do suporte informativo, por outro.
A Fraga da Pena vai beneficiar de um passadiço com 60 metros de extensão, permitindo que pessoas com mobilidade condicionado possam aceder à cascata de 20 metros que faz desta zona de lazer o principal ponto de atração da Área Protegida.
Os percursos pedestres e caminhos existentes vão ser alvo de trabalhos de desmatação de plantas invasivas; reabilitação de muretes e contenção de terrenos; regularização e compactação de solos; reforço de sinalética direcional e definição de áreas de interdição.
A reabilitação da Casa Grande, que acolhe o Centro Interpretativo da PPSA, bem no coração da Mata da Margaraça, considera a intervenção mais expressiva de todo projeto. Além de obras no edifício, está prevista a modernização dos equipamentos e a reorganização da exposição e conteúdos, permitindo a introdução de um novo conceito de museografia, mais centrado no digital e na interatividade.
O projeto prevê, ainda, a reabilitação da Casa da Eira e da Casa da Fraga da Pena, de forma a servirem de apoio à organização de atividades de campo e visitas guiadas, funcionando como uma extensão do Centro de Interpretação.
Este projeto, desenvolvido em parceira com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), preserva e respeita as características singulares do património natural da paisagem protegida, onde se encontram inseridas a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, duas áreas de especial interesse e dois pontos de referência no concelho.
“Houve da nossa parte e do ICNF a preocupação de não sermos demasiado intrusivos num espaço com uma vida muito própria”, sublinhou o presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, reconhecendo ainda que “a fauna, em particular, não gosta de ser incomodada com ruído e agitação exteriores, e foi preciso conciliar esse fator de proteção e conservação da natureza e da biodiversidade com as melhorias necessárias”.