
Estão quase concluídas as obras de remodelação e beneficiação da igreja matriz.
Desde a sua chegada a Arganil, uma das preocupações do reitor, padre Lucas Pio, foi a renovação e beneficiação da igreja matriz a necessitar de um novo soalho, de aquecimento, nova instalação eléctrica, pintura e, como disse “tudo para melhor servir” a comunidade paroquial.
O investimento era avultado, mas mais do que necessária, a vontade de renovar e preservar o rico património era ainda maior e, desde logo, o reitor começou a sensibilizar as pessoas para darem a sua contribuição e, de imediato, “a equipa fantástica” da Feirinha Madre Teresa de Calcutá se disponibilizou para que as receitas das suas vendas revertessem a favor das obras da igreja. E outras contribuições foram chegando (e continuam a chegar), não só monetárias, mas também de outras formas, bem como a disponibilidade de algumas pessoas que, desde a primeira hora, tem acompanhado os trabalhos.
“É preciso é falar” e aquilo que ontem parecia difícil, hoje começa a estar à vista, “as obras continuam com força na igreja matriz”, como disse o padre Lucas Pio, que dentro em breve espera anunciar a boa nova da reabertura das portas do templo sagrado onde gerações e gerações de arganilenses foram baptizados, onde frequentaram a catequese, onde se casaram, de onde partiram para a última viagem, sem deixar de agradecer a todos aqueles que se empenharam, colaboraram, apoiaram e tornaram possível em dar maior dignidade, melhores condições à igreja matriz.
“Construção com raízes medievais” e ainda segundo a discrição, a igreja matriz de Arganil “apresenta uma fisionomia maneirista e barroca resultante das intervenções feitas no século XVII e XVIII” e “a fachada com cunhais e cantarias de granito, apresenta o portal encimado com frontão triangular interrompido por nicho com imagem; podem ainda ser vistas duas janelas rematadas por frontão triangular e um vão octagonal no eixo de simetria”.
O interior da igreja “distingue-se pela decoração pictórica do tecto apainelado e pelo retábulo de talha barroca com imagem do patrono S. Gens. Destaca-se ainda no interior a capela dos Melos construída no século XVII de acordo com os modelos do maneirismo coimbrão”.
Museu de Arte Sacra, Livraria S. Padre Pio e ludoteca
Além as obras ainda em curso, não pode deixar de ser referido ainda que o reitor, além da grande limpeza que mandou fazer (e em que também se envolveu), também “descobriu” em anexos da igreja um valioso património religioso escondido que, desde logo, foi limpo, recuperado e dado a conhecer com a criação do Museu de Arte Sacra Cónego Manuel da Silva Martins, em esquecer a Livraria S. Padre Pio, a Sala Multiusos Maria Aveia (Mariazita), a Videoteca Professor José Ramos Mendes, tudo isto com o a limpeza e o aproveitamento de espaços que estavam desaproveitados e que fazem parte de todo o conjunto da igreja matriz, onde mais tarde até se começou a ouvir, baixinho, música sacra a convidar a todos que ali entravam para o recolhimento e oração.
“Já temos água na fonte em frente ao Santuário do Mont’Alto”…
“Já temos água na fonte em frente ao Santuário do Mont’Alto”, disse também, muito satisfeito, o padre Lucas Pio.
Depois da limpeza e da retirada de raízes dentro dos canos, á água voltou as torneiras da fonte. E também para que isso acontecesse, o reitor não deixou de agradecer às pessoas que se disponibilizaram para fazer este trabalho que, parecendo simples, não deixa de ser muito importante para manter e preservar mais este legado, honrando também assim a memória dos dedicados arganilenses que o deixaram.
…E o restauro da pintura dos tectos e sacristia na capela de Nossa Senhora
Preparando as comemorações dos 500 anos da capela de Nossa Senhora do Mont’Alto, também estão a decorrer intervenções, nomeadamente a restauro da pintura dos tectos e da sacristia da capela, feita pela artista arganilense Patrícia Ventura, que tem feito um magnífico trabalho e colaborado na restauração de alguns dos templos da paróquia de Arganil.
“Um belíssimo trabalho e com tanta dignidade”, como refere o reitor, que publicamente, agradece a Patrícia Ventura por toda a disponibilidade e colaboração que tem tido para, também neste caso, “cuidar e zelar pelo nosso cantinho do céu!”, onde foi ainda colocado um novo binóculo e restaurada a Fonte Santa.
Capelinha de Santa Madalena e Santa Egípcia está restaurada
Restaurada está também a capelinha de Santa Madalena e Santa Egípcia, junto à casa do ermitão, no Mont’Alto.
“Mais um belíssimo trabalho”, como considerou o reitor, e que se deve também a Patrícia Ventura, que restaurou o altar, e ao eng. Rui Dinis e a seu pai Abel Dinis, que fizeram as obras de restauro e o embelezamento à volta da capela.
“Um muito obrigado por tudo e por todo o carinho”, disse o reitor de Arganil que, em breve, dará a conhecer outras actividades, como o “Pé Cristo”, algumas das iniciativas que integram o programa das comemorações dos 500 anos da capela de Nossa Senhora do Mont’Alto e as Festas da Padroeira, em 15 de Agosto.
Embora brasileiro de nascimento, o padre Lucas Pio costuma dizer, “eu sou de Arganil, pois gosto desta terra e das suas gentes” e, por isso e por tudo o que tem feito e quer continuar a fazer, alguém reconheceu que toda esta entrega, esta dedicação, em três palavras “definem este nosso reitor: AMAR – SERVIR – TRABALHAR”.