A Instituição arganilense viu reconhecido o mérito de candidatura apresentada, num universo de cerca de duzentas, ao Prémio Sénior – BPI Fundação La Caixa, patrocinado por essa mesma entidade bancária, e que terá como epicentro os utentes da Misericórdia de Arganil nas suas diversas respostas sociais.
O projeto, designado de “Casa co(m) vida”, destina-se a promover o desenvolvimento de um conjunto de atividades ocupacionais, pensadas para a promoção da autonomia dos cidadãos mais velhos, com o enfoque nas componentes de estimulação cognitiva, através de um vasto leque de atividades de vida diária (AVD).
Para tal, serão equipados diversos espaços na resposta de Lar de Idosos – ERPI, tendo em vista a realização de diversas ações, com o objetivo central de retardar a perda de capacidades, mas também de estimular a recuperação de algumas competências por parte da população sénior acolhida, ou apoiada pela Misericórdia de Arganil.
Associado a essas atividades, foi ainda incluída a terapia com recurso a animais, neste caso um canídeo, de raça labrador, ao qual foi atribuída a designação de assistente emocional e que conta já com quatro meses e tem o nome de “Hémmer”, estando em curso o respetivo treino do binómio (técnico e canídeo) ministrado pela associação – Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV), com sede em Mortágua.
O recurso a terapias através da interação com animais tem vindo a ganhar adeptos, na medida em que possibilita a estimulação sensorial, através do contacto físico, mas de igual modo o estabelecimento de relações de afeto, para além de que em muitos dos cidadãos apoiados, essa interação possibilitar o recordar de vivências com o meio rural.
O projeto conta com a participação de diversos profissionais, que vão desde Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Psicóloga, Animadora, e outros profissionais que serão associados a esta iniciativa de acordo com as necessidades identificadas.
Para a Professora Joana Ribeiro e a Assistente Social Vera Simões, “foi deveras gratificante o reconhecimento atribuído, pois possibilitará a inclusão de mais uma ferramenta promotora do bem-estar dos utentes, ao mesmo tempo que significa um desafio no processo de inovação que a equipa da Misericórdia procura”.
Por outro lado, o Provedor da Instituição, António Carvalhais da Costa, sentiu-se “lisonjeado pelo prémio atribuído a este projeto, que resultou do trabalho da equipa técnica da Misericórdia e que possibilitará os recursos económicos para introduzir mais ferramentas no trabalho desenvolvido em prol dos utentes”.
Nesse particular, o prémio recebido atingiu um montante de cerca de trinta mil euros, para a execução num período de doze meses, sendo desejo da Instituição que, após esse período, as competências adquiridas sejam mantidas ao serviço dos utentes.