“Se alguma coisa correu mal, se houve algum excesso, a responsabilidade é da minha pessoa”, disse o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, durante o período antes da ordem do dia da sessão da Assembleia Municipal, realizada no sábado, em resposta às questões levantadas pelos deputados Miguel Pinheiro, da bancada do Partido Socialista, e Luís Gomes, da bancada do Partido Social Democrata, sobre um assunto que tem estado na ordem do dia e a causar tanta polémica, tantos comentários na redes sociais e que se refere ao abate da centenária tileira.
E segundo explicou o presidente da Câmara, a intervenção na Rua Condessa das Canas e na Rua Comendador Cruz Pereira “faz parte de uma empreitada que está consignada”, que avançará depois da substituição da rede de distribuição de água e logo que concluída “foi definido como pressuposto da intervenção a questão da mobilidade e segurança, até porque estamos a falar de um acesso diário de todos os utentes da Misericórdia de Arganil e APPACDM, de um acesso pedonal que, neste momento, não reúne as condições que garantam a circulação de pessoas com mobilidade condicionada, nem sequer segurança”.
No que respeita às árvores, Luís Paulo Costa informou ainda que as que estavam na Rua Comendador Cruz Pereira, “serão substituídas por outras com outra localização” e que “a tileira impedia a circulação de uma cadeira de rodas e ou de um carrinho de bebé”, considerando que “o pressuposto subjacente a esta intervenção é garantir a circulação de pessoas com mobilidade condicionada, entendo que a dignidade das pessoas, particularmente das que têm mais dificuldades de locomoção se sobrepõe á dignidade do tal ser vivo que é também a árvore” e, como assegurou, “o projectista confirmou-me que o abate resultava desta necessidade de conformar com a questão legal e por outro da mobilidade”, reforçando que “garantir as questões de segurança e mobilidade a todos, foram os pressupostos desta intervenção”.