ARGANIL: Presidente da Câmara congratula-se pela suspensão da nova Carta de Perigosidade

Na última reunião de Câmara e depois de ter alertado numa reunião anterior para os impactos negativos causados pela nova Carta de Perigosidade estrutural 2030, que iria substituir a Carta de Perigosidade definida no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios 2018-2027 para o concelho, o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, congratulou-se com o facto do Governo ter suspendido essa decisão, dizendo que foi com “agrado que vi as declarações da senhora Ministra da Coesão dando nota, na semana passada, que o Governo terá tomado a decisão de suspender, pelo menos para já e presumo que para estudar melhor este processo, a aplicação da Carta de Perigosidade”.

“Aguardamos que, a qualquer momento, essa indicação manifestada pela senhora Ministra possa ser concretizada na letra da lei e que essa suspensão da aplicação possa, então, abrir aqui um processo de discussão de um tema que é sério e crítico demais para o território para ser tratado de uma forma tão superficial como aconteceu”, disse ainda o presidente da Câmara.

O vereador do Partido Socialista, Miguel Pinheiro, depois de referir que a suspensão da referida Carta de Perigosidade foi uma “proposta do Grupo Parlamentar do Partido Socialista para o Orçamento do Estado, (…) agora vamos ver o que acontece e se é um adiar da questão”, disse ainda que “não há um vazio legal porque temos as Cartas Municipais que estão feitas com uma maior proximidade ao território, com um maior conhecimento e a uma outra escala”, alertando que “esta Carta é um boomerang que estamos a mandar que vai voltar, (…) ou estamos com alguma atenção a ver como é que ele vem ou então ele vai-nos bater na cabeça outra vez, como já aconteceu com outras questões”.

Miguel Pinheiro destacou também que “a uniformização de critérios cria situações injustas e a forma de resolvê-las mexe com algumas capelinhas dentro do Estado Central e dos diversos interesses sectoriais e tende a prolongar-se a questão no tempo”, concluindo que “se formos trabalhando com a Carta que temos, não vem daí muito mal ao mundo”.

Durante a reunião, o presidente da Câmara Municipal não deixou se se regozijar também com a passagem do Rali de Portugal pelo concelho de Arganil, garantindo que “naquilo que é a avaliação que fizemos e de acordo com aquilo que foram as opiniões que fomos recolhendo, este ano decorreu com assinalável sucesso, quer ao nível regional, quer ao nível local”, salientando ainda que “isso também vem atestar a nossa estratégia colectiva de dinamização da economia local mas também de promoção do nosso território”, considerando que “é através do Rali que se consegue, inequivocamente, uma das melhores, senão mesmo a melhor acção de promoção do território nacional e internacionalmente”.

No que se refere a obras que vão decorrer na vila de Arganil, Luís Paulo Costa deu a conhecer que, desde o dia 30 de Maio, “teremos o trânsito interrompido na ponte da Barreira” com “o início a demolição desta obra de arte”, referindo ainda que “o que está previsto, em termos de planeamento, é que a intervenção de construção civil possa ter uma duração ligeiramente inferior a um mês, (…) previsivelmente até ao dia 24 de Junho, a construção da nova ponte deverá estar concluída e executada”, sendo que “a partir dessa data será possível o trânsito pedonal mas há depois o tempo de cura do betão, que terá de ser no mínimo, dizem os técnicos, de 28 dias, o que significa que, em bom rigor, para o final de Julho, teremos retomadas as condições habituais de circulação, com a possibilidade do trânsito rodoviário”.

Em relação à intervenção que está relacionada com a galeria hidráulica do ribeiro de Amandos, o presidente da Câmara disse que “vai ter início no dia 6 de Junho”, tendo ontem, 1 de Junho, sido realizada “uma sessão dirigida a todos os cidadãos, mas particularmente a todos aqueles que vão ser mais penalizados com a intervenção que aqui vai ter lugar, quer sejam os comerciantes, quer sejam os residentes, para explicar a metodologia e a intervenção, as fases de intervenção, os troços que vão ser executados e os condicionamentos que cada um deles provocará a cada momento, naquilo que é o quotidiano da nossa vila”.