ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE GÓIS: “Precisamos de uma via estruturante como de pão para a boca”

Na passado dia 21 de Junho, no auditório da Casa da Cultura, realizou-se a reunião ordinária da Assembleia Municipal durante a qual e de entre outros assuntos, no período antes da ordem do dia o presidente da Câmara, Rui Sampaio, informou os deputados municipais de reunião, recente, que com o presidente da Câmara Municipal de Arganil, teve no Ministério das Infraestruturas, deixando o pedido ao Secretário de Estado “para que não deixasse cair também o projecto da Estrada Nacional 342”, porque e particularmente nos dois concelhos, “precisamos de uma via estruturante como de pão para a boca”.

Rui Sampaio informou ainda que, quanto ao falado prolongamento da linha do Metro Mondego “não sei quando”, e relativamente à 342 “o Secretário de Estado foi claro, o que está previsto do Plano de Recuperação e Resiliência é o IP 3”, considerando por isso que “este é o interesse que existe no interior” e deixando a interrogação “onde é que está o investimento? Vemo-nos confrontados com estas situações. Somos pouco considerados. É lamentável que o Governo não olhar para os territórios do interior, mas pela positiva”.

Este é um velho folhetim que se arrasta e parece não ter fim, porque apesar de muito de falar no interior, continua a ser muito, muito pouco aquilo que se faz pelos territórios do interior, tendo por isso razão o presidente da Câmara ao dizer que “somos pouco considerados”, sendo da mesma opinião o deputado da bancada do PSD, Nuno Alves, que antes deixou mesmo um profundo lamento no que se refere ao plano do Governo sobre a competitividade para o interior, mas que para o interior nada traz, deixando ainda “votos de bons sucessos” (como fizeram outros deputados) aos novos comandantes dos Bombeiros Voluntários de Góis, João Miguel Pratas e Nuno Nascimento.

Mas não deixaram de ser também muitos outros problemas, necessidades e alertas trazidos pelos deputadas das três bancadas com assento na Assembleia Municipal – Partido Social Democrata, Grupo de Cidadãos Eleitores Independentes por Góis e Partido Socialista – desde a transferências de competências para as Juntas de Freguesia “não podemos estar sozinhos” mas “é importante que as Junta estejam disponíveis para colaborar com o Município”, até ao funcionamento do ATL, à questão do pagamento da logística do “Lés-a-Lés” ficando a informação que o Góis Moto Clube suportou alguma logística na parte alimentar porque e como foi justificado, “não podíamos deixar de receber 2500 motociclistas. Engrandece o nome de Góis”.

O presidente da Câmara, questionado no que se refere ao Programa Mais Habitação, deixou a informação que estava “previsto o investimento em duas habitações que são propriedade da Câmara Municipal”, sem que deixasse ainda de ser levantada uma outra questão por parte do deputado dos Independentes, Amílcar Aleixo, sobre “algumas queixas no atraso da aprovação de projectos de algumas obras na nossa freguesia”, deixando ainda os parabéns ao executivo camarário “pela proximidade” e “pelos variados eventos culturais e desportivos, entre outros, no concelho”.

“É bom termos tanques de água cheios e é de registar, a limpeza atempadamente das praias fluviais é de realçar”, disse ainda Amílcar Aleixo, sem deixar de recordar também “outras coisas que estão por fazer”, como o parque infantil de Chã de Alvares “é uma lástima, o chamado parque de jogos não é nada e a entrada da vila junto aos Bombeiros” e quanto aos arruamentos “tem de se acudir àqueles buracos”.

O presidente da Câmara Municipal, depois de deixar as felicitações a Amílcar Aleixo pela conquista do Prémio P.M. Líder pela sua empresa Proresina, deixou como resposta que “conhecemos” os problemas apontados e a certeza que, para a sua resolução, “chegará a vez de Alvares” e quanto ao atraso na aprovação dos projectos “é uma situação que lamento”, que se deve à reorganização de serviços, “estamos atentos, mas temos a noção que não se resolve de um dia para o outro. É um procedimento que queremos que se altere”.

“Não temos capacidade de fazer tudo ao mesmo tempo”, foi a resposta deixada pelo presidente da Câmara Municipal não só no que se refere a estes mas também a todos os outros problemas que foral levantados pelos deputados à Assembleia, que não deixaram ainda de dar os parabéns ao executivo pela organização (e apoio) das Marchas Populares “foi um grande momento de festa e de convívio”, pelas Bandeiras Azuis atribuídas a duas praias fluviais, pela Feira do Livro, pelo evento Rali de Portugal e até mesmo pela chegada, “depois de 7 anos, da máquina da ADESA a Vila Nova do Ceira, a fazer intervenções nos estradões da freguesia”, como deu a conhecer o presidente da Junta, Alberto Machado.

No período da ordem do dia e de entre outros assuntos, depois de rejeitada a “proposta de alteração ao regulamento de taxas e outras receitas municipais” (que tinha a ver com o parquímetro na Praça da República), destaque ainda para “a eleição de um autarca para o Conselho Cinegético Municipal de Góis”, que por proposta conjunta das três bancadas e depois da votação unânime, foi eleito Carlos da Conceição de Jesus, presidente da União de Freguesias do Colmeal e Cadafaz, e também para a proposta da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, para que a Rota seja considerada um projecto de interesse municipal e que mereceu a unanimidade na sua aprovação porque, e como foi considerado, a Rota da Estrada Nacional 2 “é uma mais valia para o nosso concelho” e que “continua a trazer milhares de visitantes a Góis”, explicando ainda o presidente da Câmara que esta proposta trazida à Assembleia Municipal, tem como objectivo poder haver financiamento comunitário para as infraestruturas e equipamentos necessários nos troços que atravessam os concelhos por onde passa esta grande e importante via que liga
Chaves a Faro.