Na passada sexta-feira, no auditório da Casa da Cultura, realizou-se “a última sessão deste mandato” da Assembleia Municipal e que decorreu com (muita) elevação, com a sua presidente, Maria Helena Moniz, a salientar que “a Assembleia Municipal é um espaço de debate, de reflexão, de verdadeiro espírito democrático e foi tudo isso que aconteceu neste mandato, com respeito, com elevação, salvo uma ou outra situação em que houve uma linguagem mais agressiva, fruto do calor da discussão, (…) houve um comportamento que dignificou esta Assembleia e podemos todos e todas  estar satisfeitos com o nosso trabalho”.

Uma satisfação que não deixou de ser manifestada também pelos deputados municipais das três bancadas representadas (Partido Social Democrata, Grupo de Cidadãos Independentes por Góis e Partido Socialista), alguns de saída e mesmo apesar das diferenças e pensamentos políticos, deixaram ainda elogios, o seu reconhecimento, a sua entrega, “dei oito anos de trabalho ao meu concelho, sinto-me muito satisfeito pelo que fiz, (…) levo algum enriquecimento, só tenho bem a dizer de todos, (…)  apesar das diferenças, sou goiense”.

E foi esse espírito com alguns deputados a agradecer “por ter feito parte desta Assembleia, foi um privilégio e uma honra, (…) foram 16 anos que convivi com várias pessoas e levo boas recordações dos membros desta Assembleia, dos executivos municipais, (…) nem sempre foi fácil, mas todos gostam de Góis”, sendo também deixados votos para “os que vierem a seguir que façam e cumpram o seu papel, (…) fiz o meu papel, tentei fazer o meu melhor e não vou satisfeito pelo nosso concelho não estar mais à frente, mas é o concelho que temos. (…) Também me estou a despedir, são 20 anos, também tentei fazer o meu melhor”.

Ao fim de 28 anos consecutivos, Maria Helena Moniz, como recordou, termina também as suas funções autárquicas “que sempre encarei como uma missão, cujos principais desígnios são o desenvolvimento da nossa terra e o bem-estar dos munícipes e, sinceramente, espero ter dado alguns contributos para a concretização desses objectivos”, terminando com agradecimentos e pelo “apoio e a compreensão em relação ao exercício das minhas funções autárquicas”, deixando a certeza que “continuarei a exercer a minha cidadania” e um “bem-haja a todas e a todos”.

E foram estas palavras, e muitas mais que, em tom cordial, foram ditas e ouvidas durante esta que foi a última sessão da Assembleia Municipal em que, como foi referido, todos os deputados “souberam estar á altura deste desafio”, ficando também agradecimentos a Maria Helena Moniz pelo seu trabalho e “pela forma elevada com que sempre presidiu a esta Assembleia. Parabéns”, sendo ainda sentidamente recordado e homenageado o seu saudoso presidente, “nunca é demos recordar o ser humano de grande coração, sempre disponível” que foi o dr. Manuel Gama.

“O sentimento é de balanço”, como foi referido, e se por alguns foi reconhecido o empenho do executivo municipal na melhoria de vida dos cidadãos, estamos gratos por esse trabalho”, outros consideram que “muito ficou muito por fazer, (…) o concelho estagnou nos últimos anos”, voltando até ao debate os incêndios, com o vice presidente da Câmara Municipal, Nuno Bandeira, a responder que “nunca em algum momento chamámos a política para combater incêndios” e que “o cumprimento do manifesto eleitoral do PSD não é só para quatro anos. Neste momento estamos a fazer o nosso trabalho”, terminando por deixar também os parabéns e reconhecimento pelo trabalho da Assembleia Municipal.

 Na sessão ordinária da Assembleia Municipal e no período da ordem do dia, foram ainda aprovados, por unanimidade, os três pontos em discussão, “1.ª Alteração do Regulamento de Atribuição das Distinções Honoríficas do Município”, “Plano de Acção Local de Territórios Inteligentes” (com o presidente da Câmara Municipal, Rui Sampaio, a informar que “Góis será o primeiro concelho do país a ter fibra óptica em zonas brancas”) e “Aquisição de Gasóleo Rodoviário em Postos Públicos de Abastecimento/Processo n.º 2025/300.10.005/910”.