“Assim como a rocha firmemente assente não se deixa mover pelos ventos”… também A COMARCA não se deixará inclinar por ventos modernos oportunistas
Mais um ano se passou, o segundo após a retoma deste pesado, mas aliciante encargo e, felizmente, vamos iniciar outro com a convicção do dever cumprido, tão somente porque em alturas nada favoráveis aos meios de comunicação social, conseguimos tornear as muitas dificuldades surgidas.
Se de êxito se fala, inteiramente se deve aos que sempre cuidaram de A COMARCA com amor, continuando firmes e intransigentes em honrar a memória dos seus fundadores.
Afirmava, no ano passado, precisamente nesta altura, que valeu a pena, e que acreditava no projeto. Afinal, todos os amigos de A COMARCA acreditámos e pusemos os incrédulos a acreditar.
Nem poderia ser de outro modo.
Continuaremos com a política de dar voz aos que estoicamente mourejam nos municípios da Beira-Serra, nomeadamente Arganil, Góis, Pampilhosa da Serra, Tábua, Oliveira do Hospital, Vila Nova de Poiares, Penacova, Lousã, Miranda do Corvo e outros limítrofes que têm desempenhado um papel relevante na consolidação do nosso jornal.
Já nos basta a perda irreparável da população das nossas aldeias e da ridícula supressão das freguesias menos populosas, continuando, inexplicavelmente, a existir as que se situam nas sedes dos municípios. Erro político histórico.
E mais recentemente, com a anuência da esmagadora maioria dos deputados municipais e, surpreendentemente, com o voto a favor de muitos autarcas, estamos a assistir à morte premeditada e lenta da Regionalização e, mais grave, ao funeral da zona do Pinhal Interior Norte, que tanta esperança suscitou aos nossos autarcas nos últimos anos.
Ninguém duvide do que se prepara no futuro imediato: a liquidação da Imprensa Regional e das Radio- Locais.
Não podemos consentir tamanha monstruosidade.
A Comarca de Arganil, com a sua tradição e história de mais de um século, põe, desde já, as suas páginas à disposição de todos, e somos muitos, para nos pronunciarmos em defesa das nossas convicções.
A Beira-Serra não se pode vergar às lutas político – partidárias e a interesses pessoais de quem quer que seja.
Jamais deixaremos estiolar as associações com créditos firmados como ADIBER, DUECEIRA, ADITO, EPTOLIVA, ARGANÍLIA, CAIXAS DE CRÉDITO AGRÍCOLA, EPTOLIVA, ESTGOH, etc., etc.
Não podemos perder tempo.
Escreva. Participe. Dê a sua opinião, caro leitor.
Nada ainda está decidido. Apenas reina a confusão. E é nestes momentos de inconformismo e angústia que teremos de mostrar a nossa força.
Coloquemos de parte as camisolas partidárias, renunciem-se benesses tentadoras, e honremos “ os cabeçudos beirões “, gente humilde já tão espoliada e sofrida, unindo esforços para a união indispensável da Beira-Serra.
Eu ainda acredito.
Janeiro de 2013
José Dias Coimbra