ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA DE ARGANIL: Miguel Ventura reeleito presidente da direcção

Miguel Ventura, reeleito presidente da direcção da Associação Filarmónica de Arganil

No passado dia 24 de Fevereiro, na Sala de Ensaios na Casa das Colectividades, a Associação Filarmónica de Arganil reuniu em assembleia geral, que começou com o presidente da direcção, Miguel Ventura, a recordar sentidamente (com votos de pesar e um minuto de silêncio), “um homem nosso, o António Trindade, o nosso Nhecas” e também “a grande amiga da nossa Filarmónica, Alice Fernandes de Jesus, mãe da nossa presidente da assembleia geral, dr.ª Isabel Carvalho”.

A presidente da assembleia geral, depois de manifestar o seu “reconhecimento pela actividade desenvolvida pela Filarmónica durante o ano de 2022”, considerou que “2023 promete que seja um ano bom para comemorar os 170 anos da Filarmónica” e deixou os agradecimentos aos filarmónicos, maestro e direcção pelo trabalho, dedicação e entrega à secular instituição arganilense, tendo depois o presidente da direcção considerado também que “vai ser um ano especial para a Filarmónica em que comemoramos os 170 anos” e que “queremos comemorar com dignidade e com o empenho de todos, a nossa vontade, havemos de alcançar esse objectivo”, dando por isso a conhecer que “o nosso propósito é elaborar um programa aberto a toda a comunidade, durante o qual possamos demonstrar as capacidades da Associação Filarmónica Arganilense, as suas distintas valências, a sua evolução e a sua ligação aos arganilenses e aos amantes da música”.

Ainda segundo Miguel Ventura, “pretendemos, ao longo do ano, criar novas motivações e incentivos para que os executantes, a base da nossa Banda, possam desenvolver as suas competências, fortalecer os laços de amizade e entreajuda e, sobretudo, beneficiar de novas experiências. (…) Este será um momento em que saberemos reforçar as parcerias com entidades locais, regionais e nacionais, com o objectivo de melhorar a capacidade da Associação Filarmónica Arganilense para responder aos novos desafios, renovando-se e consolidando-se no panorama do movimento filarmónico português”.

“Celebrar uma data com esta importância e carregada de significado obriga a que sejamos inovadores e criativos, no sentido de promover iniciativas que possam ficar registadas na história da Associação Filarmónica Arganilense”, salientou o presidente da direcção, e nesse sentido, não deixou de agradecer também a Alberto Figueiredo pelo seu o contributo para essa história através dos “trabalhos publicados em A COMARCA sobre a história da Filarmónica Arganilense”.

“No ano de 2022 foi possível retomar a normalidade de uma associação com as características da Associação Filarmónica de Arganil, ou seja, voltar aos serviços de animação de festividades, à apresentação de concertos e à realização de actividades de angariação de fundos, essenciais para a persecução da respectiva actividade”, como refere o relatório de actividades, considerando ainda Miguel Ventura que “foi um ano marcante com algumas iniciativas que ficam registadas na história da nossa Associação, em que a inovação e a criatividade estiveram presentes na nossa acção, tendo sido possível dar continuidade e engrandecer o legado que recebemos”, salientando depois que “uma das prioridades da nossa acção é dedicada à Escola de Música, criando condições para a permanente qualificação do nível de ensino prestado e melhorar os resultados alcançados, designadamente a integração de novos elementos na Banda, contribuindo para a sua renovação e rejuvenescimento, bem como a sua qualidade artística”.

III Estágio do Açor irá decorrer entre os dias 31 de Julho e 4 de Agosto

E “após os sucessos alcançados com os Estágios realizados em 2019 e 2022”, o presidente da direcção disse que será dada continuidade ao Estágio do Açor, iniciativa que “tem trazido a Arganil um conjunto significativo de jovens filarmónicos oriundos de várias bandas”, dando a conhecer que, este ano, “será organizado o III Estágio do Açor, em parceria com a Associação Juvenil CUME, durante cinco dias, a decorrer entre os dias 31 de Julho e 4 de Agosto, o qual culminará com um grandioso concerto final, no último dia”, adiantando ainda que “atentos à importância que assume o processo de formação contínua dos filarmónicos, a Associação Filarmónica de Arganil pretende organizar uma Masterclasse dirigida aos vários naipes que integram a nossa Banda e que contará com a orientação de diferentes instrumentistas com competências e experiência nestas acções” e que deverá acontecer “no segundo semestre de 2023”.

Mas também “a Banda da Associação e os AFADixie (projeto da Filarmónica baseado na música dixieland), mantêm total disponibilidade para participar nas iniciativas da comunidade”, referiu o presidente da direcção, dando a conhecer que já estão em agenda alguns concertos, nomeadamente em Abril, para além de participar na procissão do domingo de Ramos e do domingo de Páscoa, no dia 15 “vai promover o Concerto da Primavera, em Arganil”, participando, em seguida, nas comemorações do 25 de Abril e, de entre outras actuações marcadas, destacam-se ainda, no dia 15 de Julho, o concerto comemorativo dos seus 170 anos, e no dia 17 de Dezembro, o concerto de encerramento das comemorações.

No dia 1 de Outubro, a Filarmónica vai também apresentar-se em palco, no Centro Cultural de Tábua e, ainda nesse mês, em dia a agendar, a tradicional torresmada que a Associação leva a efeito, com o intuito também de angariar algumas verbas e, para além disso e ainda segundo Miguel Ventura, “estão a ser estabelecidos contactos para a realização de outros concertos inseridos no programa das comemorações do 170.º aniversário da Associação Filarmónica de Arganil” e, nesse sentido, “serão estabelecidos contactos com a Direcção Regional de Cultura do Centro para que seja dada a conhecer e beneficiar das ajudas para as acções inovadoras que a Filarmónica pretende desenvolver e criar condições para que as suas actividades sejam incluídas no calendário cultural da região, facilitando a nossa participação em iniciativas de maior relevância e com maior visibilidade que decorrerão nesse território”.

Além de tudo isto, a Associação Filarmónica de Arganil pretende ainda “realizar algumas iniciativas e convívios”, nomeadamente “o jantar de aniversário, em Julho”, bem como “o jantar de encerramento de actividades, em Novembro”, como referiu o presidente da direcção, acrescentando que também a nível de património, a Filarmónica “pretende dar sequência ao processo de renovação do instrumental iniciado anteriormente”, assim como a “manutenção dos instrumentos existentes e também a permanente renovação de fardamentos para os novos executantes ou para substituição dos existentes será uma preocupação para o ano de 2023”.

“Todos juntos, temos vindo a fazer um trabalho interessante”, considerou Miguel Ventura. E foi nesse e com esse espírito, com essa vontade, que se apresentaram os eleitos (por unanimidade) para o biénio 2023/2024 (em caixa), com o reeleito presidente da direcção a referir que “é uma honra continuar a servir esta causa no momento em que a Associação comemora 170 anos, liderando um conjunto de gente boa e disponível para engrandecer a sua história”, sem deixar de dar a conhecer que “este é o último mandato que farei como presidente da direcção”, considerando que “há muita gente boa que vai prosseguir”, terminando por salientar que os órgãos agora eleitos são “uma renovação que se pretende para o futuro da nossa Filarmónica”, deixando o seu “muito obrigado a todos pela confiança” e a certeza de que “muito trabalho nos espera”.

Órgãos sociais 2023/2024
Assembleia geral – Isabel Maria de Jesus Carvalho, presidente; Abel Ventura Fernandes, vice-presidente; e Cristina Maria Almeida Jorge Figueiredo, Alberto Jorge Figueiredo e Silas Neves Correia, secretários.
Direcção – Eduardo Miguel Duarte Ventura, presidente; Anabela Soares Vinagre, Anacleto Jesus Bonito Fernandes Vaz, Fátima Alexandra Novais, Joaquim Paulo Reis Bento Videira, José Júlio Reis e José Manuel Simões Rodrigues, vice-presidentes; Maria Patrocínia Marques da Costa Rodrigues e Anabela Fidalgo Gomes, secretárias; Fernando Manuel Antunes Rosa, tesoureiro; Arselino da Costa Júnior, Mário Ricardo, António Quaresma e Vera Coelho, vogais efectivos; e João Manuel Pinto Vinagre, Fábio Ricardo, Telma Reis, Jaime Ferreira e João Carlo Videira, vogais suplentes.
Conselho fiscal – Artur Carlos Travassos Dinis, presidente; António Luís Júlio da Fonseca Seco, vice-presidente; Paulo Jorge Travassos Baptista e Fernando Neves Afonso, vogais; e João Jesus Reis, relator.