“Um sopro de esperança”, foi o tema escolhido pela Associação Filarmónica de Arganil para este que é o seu terceiro trabalho discográfico e que vai ser lançado durante um concerto a realizar no próximo dia 17 de Dezembro, pelas 21 horas, no auditório da Cerâmica Arganilense.
Mas para além desta apresentação, a Filarmónica está também a preparar uma segunda apresentação. em Lisboa, para junto da comunidade arganilense dar a conhecer este trabalho, “Um sopro de esperança”, uma “obra inédita que encomendámos ao compositor Nuno Figueiredo, de Santa Comba Dão e que está radicado na Eslováquia”, para que “através dos nossos instrumentos possamos dar esse sinal de esperança nestes tempos difíceis que atravessamos”, como referiu o presidente da direcção, Miguel Ventura.
E para além de ser uma obra inédita, “muito bonita”, como considera Miguel Ventura, este trabalho vai contar ainda com “uma participação muito especial – e que para nós nos toca fundo – de um grande arganilense e um grande amante da Filarmónica e das causas da nossa terra, João Bilha Rosa dos Santos, com a declamação um pequeno texto e que é a expressão dos sermos arganilenses e, para além disto, com uma outra obra, também inédita, de homenagem ao fundador da Filarmónica de Arganil, padre Manuel da Costa Vasconcelos Delgado, e que fica também como uma marca para o futuro.
O CD contará ainda com a inevitável “Recordação de Arganil”, o hino da Filarmónica, como deu a conhecer o presidente da direcção, “e também com a participação do nosso amigo Fernando Pereira, músico, compositor, cantor e nosso conterrâneo da Sorgaçosa, que tão bem tem exprimido o que são os sentimentos pela nossa Serra do Açor e pelas suas gentes. E com a interpretação do seu tema ‘Fraga da Pena’, “ficou lindíssimo, todos vão adorar este trabalho com a voz do Fernando Pereira, que embora radicado em Sintra, nunca esqueceu as suas origens”.
Mas ainda segundo Miguel Ventura, a gravação do novo CD surgiu não só pela necessidade de “ficar um documento que, de alguma forma, sirva para demonstrar o trabalho que foi feito durante estes quase dois anos de pandemia, mas também para podermos incentivar quem está na Filarmónica, o mais novos, para deixar aos arganilenses, aos amigos, um trabalho que represente não os momentos de dificuldade que atravessamos, mas sim a esperança que temos em os ultrapassar rapidamente e também para que possam estar mais próximos da sua e nossa Filarmónica”.
E apesar de ser já propósito da direcção a gravação do CD, este trabalho resulta de uma candidatura feita à Direcção Regional de Cultura do Centro no âmbito do programa de apoio à actividades culturais de 2021, que foi aprovada, “os tempos não são fáceis para estarmos a assumir este tipo de encargos, porque são de facto investimentos fortes, e isso permitiu-nos avançarmos para a gravação deste CD”, como disse o presidente da direçcão, acrescentando ainda que “não sendo suficiente para todos os encargos que estão inerentes a um trabalho desta natureza, mas contamos também com o apoio todos os amigos que, por certo, vão adquiri-lo e ajudar a minimizar o esforço financeiro que, neste período, foi feito pela Filarmónica”.
No sábado, 4 de Dezembro, Concerto “Músicas e Monumentos”
No sábado, dia 4 de Dezembro, pelas 21 horas, na Cerâmica Arganilense, a Filarmónica irá realizar um concerto inserido na iniciativa “Músicas e Monumentos” e que esteve marcado para 5 de Outubro passado, mas que devido às restrições impostas pelas autoridades de saúde acabou por ser adiado.
Para este concerto, “todos são convidados a estar presentes para puderem apreciar e aplaudir o trabalho que tem sido realizado ao longo destes dois anos e que tem ainda um outro aliciante, a apresentação de oito novos executantes, que se vêm juntar aos dez que foram apresentados em Julho passado”, como referiu Miguel Ventura.
“Neste momento, a Filarmónica está com 56 executantes, entre os 10 e os 56 anos, o que á fantástico”, disse com orgulho o presidente da direcção, mais isso não deixa de representar “mais um investimento significativo, nomeadamente ao nível de novos fardamentos, também de novos instrumentos onde já foram gastos cerca e 4500 euros, é significativo nos tempos que correm”, mas para tudo isto e além dos apoios oficiais recebidos, “a Filarmónica continua a contar com os apoios das autarquias, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia de Arganil, Folques, S. Martinho da Cortiça e Celavisa, de todos os amigos com quem contamos sempre que é necessário, porque nós cá estamos para levar a bom porto e continuar a engradecer esta que é um das mais nobres instituições da nossa terra e do nosso concelho”.