Nos dias 5 e 6 de Novembro, a Associação Filarmónica Barrilense comemorou, em festa, o 128.º aniversário da sua fundação, homenageando os que já partiram e que dedicadamente a serviram e partilhando momentos de cultura e fraternal convívio entre barrilenses, convidados e amigos.
E foram muitos, não só aqueles que, no domingo, quiseram participar no almoço comemorativo de aniversário e que encheram por completo a magnífica sala de ensaios da sede da Filarmónica, mas também os que, no sábado, não deixaram de assistir ao hastear da bandeira com a execução do hino da Associação, à recepção à Filarmónica convidada, Sociedade Filarmónica Paionense, de Paião (Figueira da Foz), à arruada e ao excelente concerto que se seguiu e se constituiu como um dos momentos altos da comemoração de tão importante e significativa data.
No domingo e depois da participação na Eucaristia em que foram recordados todos os que já partiram e que serviram a Filarmónica e da romagem ao cemitério “para homenagear executantes, dirigentes e sócios já falecidos”, foi o almoço comemorativo de aniversário, com o presidente da direcção, Carlos Nobre, a agradecer a presença dos convidados, barrilenses e amigos, também aos colegas da direcção reconhecendo ser “cada vez mais difícil a tarefa de liderar este tipo de colectividades”, para depois deixar os agradecimentos, de entre outros, pelos apoios, pelas ajudas recebidas, nomeadamente à União e Progresso do Barril de Alva que, numa carta, enviou “um cheque de 300 euros para ajuda do almoço”, à União de Freguesias de Coja e Barril de Alva e Câmara Municipal, “queremos sempre mais mas, até ao momento, não temos razão de queixa”.
“Mas está a chegar a hora de recomeçarmos a pedir, os instrumentos precisam de renovação”, disse o presidente da direcção, e porque, com o recomeçar das actividades, também com a manutenção e conservação da sede, “todos os dias há necessidades a obrigar a despesas fixas” que, “com esforço e dedicação temos conseguido ultrapassar”, dando ainda conhecimento “da grande aposta” que, este ano, foi feita na Escola de Música (que tem como professores Rodrigo Rama, que agora a vai deixar, e desde há pouco tempo, o arganilense Francisco Ferreira) e que é frequentada por um bom punhado de jovens, “esperamos que dentro de poucos meses hajam mais” e que acabam por ser a esperança na continuidade do futuro da Associação Filarmónica Barrilense.
Em representação da Associação Filarmónica de Arganil, o seu presidente, Miguel Ventura, veio “trazer um caloroso abraço” à Filarmónica aniversariante, manifestando o seu apreço pela dinâmica e pela aposta nos jovens que, no seio das Filarmónicas, saem “mais enriquecidos e preparados para o futuro e é isso que temos vindo a fazer”, sendo com “este orgulho comum que nos responsabiliza” que deixou as felicitações à Filarmónica Barrilense “pelos seus 128 anos de história e a honrar este legado”.
Foram esses também os votos deixados pelo presidente da vizinha Filarmónica Flor do Alva, de Vila Cova do Alva, Antero Madeira, e pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coja, Paulo Silva, desejando ainda que estes “128 anos (da Filarmónica Barrilense) sejam comemorados pelas próximas gerações”.
“Estamos a comemorar os 128 anos da Associação Filarmónica Barrilense. Parabéns”, disse o presidente da União de Freguesias de Coja e Barril de Alva, João Tavares, homenageando também “todos aqueles que, ao longo de todos estes anos, fizeram com que estejamos aqui hoje” e tendo ainda palavras de apreço para com os filarmónicos, maestro Flávio Martins e direcção, considerando que “a Filarmónica é uma escola de virtudes e saber, uma escola para a vida”, deixando os agradecimentos, com votos para que “a Filarmónica Barrilense continue a levar bem longe o nome do Barril de Alva e do concelho de Arganil” e a certeza de que pode continuar a contar com o apoio da União de Freguesias.
“Reforço tudo aquilo que foi dito, o trabalho desenvolvido, o dinamismo incutido a esta Filarmónica”, referiu a vice-presidente da Câmara Municipal, Paula Dinis, deixando os parabéns à Associação Filarnónica Barrilense e salientando ainda que esse trabalho também “se deve muito àqueles que por aqui passaram e é bem demonstrado em manter e reativar essas memórias” e depois de considerar que “faz todo o sentido apoiar a Filarmónica”, disse que “as vossas queixas não caíram em saco roto” e, por isso, “podem contar com todo o apoio que possamos dar. São bem merecedores”.
E quase em jeito de saborosa e apetitosa sobremesa, uma agradável e bem disposta peça de teatro pelo Grupo “Os Gorgulhos”, terminando a festa com a actuação do “BarrilBrass”, um grupo que honra e que saiu do seio da Associação Filarmónica Barrilense.