Com as presenças de José Manuel Pureza, Alda Sousa e Fabrice Schurmans, tem lugar amanhã, dia 27, uma sessão pública que decorrerá na Galeria Santa Clara (Coimbra), às 21,30 horas, subordinada ao tema: “Há uma resposta progressista aos atentados de Paris?”.

A sessão que é promovida pelo Bloco de Esquerda (BE) e pelo Colectivo de Solidariedade Internacionalista, tem como objectivo analisar os atentados terroristas que tiveram lugar, em Paris, e que tiveram repercussões importantes em termos sociais, políticos e económicos.

“As comunidades islâmicas europeias, frequentemente conotadas com a onda de medo e terror provocada por estes ataques, têm vindo a tornar-se alvo de desconfiança. Os refugiados sírios, que fogem do conflito no seu país de origem, são, cada vez mais, considerados ameaças potenciais. Paralelamente, os Estados mobilizam meios de segurança extraordinários, declaram o Estado de Emergência e anunciam um investimento em forças de segurança e alterações legais, com vista a minimizar o risco de futuros ataques. O discurso político adoptado deixa antever um conjunto de alterações profundas, quanto à futura estruturação das práticas de segurança europeias.

A natureza da situação actual requer uma reflexão crítica, aberta e honesta, que permita superar a tendência de discurso normalizador sobre as causas, consequências e implicações deste fenómeno. Existe ou é inevitável um “choque de civilizações”: uma confrontação Ocidente-Oriente? A cultura islâmica fomenta o terrorismo? Como se financia o autodenominado Estado Islâmico? Os refugiados representam uma ameaça à segurança europeia? Quais os efeitos da ameaça terrorista e que instrumentos a nível europeu podem ser mobilizados? Qual a natureza da “guerra ao terror” e possíveis consequências para as liberdades e garantias nas nossas sociedades?”, lê-se  na nota enviada às redacções.