O “Aqua Village Health Resort & SPA”, situado nas Caldas de S. Paulo, em Oliveira do Hospital, recebeu na quinta-feira, dia 25 de Maio, das mãos de dois vice-presidentes da ADENE (Agência para a Energia) a certificação hídrica do equipamento.

Trata-se de um galardão que é atribuído a quem adopte medidas de utilização racional e responsável da água, esclareceu Francisco Cruz, proprietário do “Aqua Village” ao reconhecer que o mesmo faz do empreendimento (…) «um exemplo a seguir, não só pelos nossos colaboradores pela utilização que fazemos da água diariamente, mas também de quem nos visita». «Ou seja, há aqui uma perspectiva de sensibilização dos nossos hospedes para a utilização racional da água», acrescenta.

Para que tal aconteça, Francisco Cruz dá nota que até ao momento já foram implementadas várias medidas (…) «que já tínhamos e que vamos reforçar», como seja a introdução de redutores de caudal nas torneiras, chuveiros e em tudo o que é pontos de água do empreendimento. «Pedimos ao Município a redução do caudal da água da rede pública à entrada das instalações – tínhamos uma pressão superior àquela que a própria Lei permite -; nas piscinas estamos a fazer a sua alimentação através da água do rio, e outra prática que também já adoptámos tem a ver com a reutilização das águas pluviais para rega»

Num período em que cada vez mais a água começa a ser um recurso finito e de maior valorização (…) «o nosso objectivo, para além de estarmos já certificados – fizemos parte do projecto-piloto que a ADENE lançou no âmbito do programa “Aqua + Hotéis”, estamos a entrar noutra fase piloto, também daquele programa, na área do “Comércio e Serviços” – é também darmos o nosso contributo para estas entidades, que estão preocupadas com a gestão da água e dos recursos», para que também haja uma sensibilização generalizada junto da população para a utilização “na medida certa” da água.

«Tudo isto são medidas que visam uma utilização responsável da água e para a qual nós estamos completamente sensibilizados».

Francisco Cruz revelou ainda à A COMARCA que uma das componentes fortes do projecto é a sustentabilidade de forma geral, não só em termos hídricos mas também no que toca à eficiência energética.

“Reduzimos a emissão, por ano, de cerca de 600 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, e reduzimos, ao país, a importação de cerca de 3 mil barris de petróleo por ano”.

Neste contexto, o projecto contou, desde logo, com a instalação de uma das maiores centrais geotérmicas do nosso país (…) «e com ela fazemos o aproveitamento da energia da terra para aquecimento central, aquecimento das piscinas, renovação de ar, toda a parte de climatização e aquecimento de águas sanitárias», explicou.

De acordo com o proprietário do “Aqua Village Health Resort & SPA”, esta medida não tem qualquer impacto ambiental e constitui uma mais-valia (…) «porque reduz a emissão, por ano, de cerca de 600 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, e reduzimos, ao país, a importação de cerca de 3 mil barris de petróleo por ano. Toda esta tecnologia é complementada com os painéis fotovoltaicos para auto-consumo e venda do excedente à rede eléctrica (para além de produzirem sombra no estacionamento do complexo) bem como a utilização de tecnologia LED em termos de iluminação, assim como todos os equipamentos instalados serem de classe A+». De salientar que graças a estas medidas (…) «somos das poucas unidades a nível nacional que tem certificação energética A+».
Conjugada com a certificação hídrica, o “Aqua Village Health Resort & SPA”, foi recentemente galardoado nos óscares do imobiliário, com a conquista do “Óscar de Excelência” em sustentabilidade e eficiência.

«É com orgulho que podemos afirmar que – num período em que a sustentabilidade está na agenda mediática – nós já estamos dois passos à frente. Queremos chegar a 2025 sendo completamente auto-suficientes no consumo de energia eléctrica», sublinha.

Mas o grande objectivo de Francisco Cruz é criar dentro do próprio espaço informação que permita ao hospede aumentar a sensibilidade que possa já ter no que toca à utilização racional da água (…) «de forma a que seja visível que temos essa preocupação e quais as medidas que estão
a ser adoptadas».