O Presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, remeteu, no passado dia 4 de Fevereiro, uma carta à Estradas de Portugal, E.P.E., onde manifesta a sua total oposição contra a solução de instalação de semáforos para regulação de trânsito, apresentada por esta empresa, para a inserção/integração da Ponte do Cabouco na EN 17 (Estrada da Beira).
Luís Antunes, destacou nesta tomada de posição que “A colocação de semáforos – numa zona de fraca visibilidade para os utilizadores – irá colocar em causa a segurança dos utentes desta via. Trata-se de uma zona de curvas, onde a reduzida visibilidade não permitirá verificar a existência de viaturas paradas na via, sendo assim potenciador da ocorrência de acidentes”.
O Autarca refere, também, que “a integração de semáforos foi já em tempos, implementada e verificou-se que os mesmos, nomeadamente por questões de segurança e de fluidez de trânsito, não solucionam os problemas da via, estando agora os equipamentos e o investimento desactivado”.
O Presidente da Câmara da Lousã destacou o facto de “a EN 17 registar um intenso tráfego e o traçado e perfil já não responder, de forma adequada, à circulação verificada. Na referida via são já hoje notórios condicionamentos à circulação e a formação de filas à entrada (manhã) e saída (tarde) de Coimbra, sendo os utilizadores da “Estrada da Beira” já penalizados pelas fracas condições que a via oferece, a que acrescem os transtornos causados pela realização das obras na Ponte da Portela e “nó da A13 em Ceira/Lagoas.”
Luís Antunes, salientou neste contacto com a Estradas de Portugal que “a regulação de trânsito da inserção da Ponte do Cabouco através de semáforos irá fazer com que as referidas filas se comecem a formar logo neste local, sendo importante referir que a suspensão do transporte ferroviário fez aumentar o volume de tráfego e que os próprios transportes alternativos criados para substituir o referido transporte circulam pela “Estrada da Beira” e que esta via, com as características que apresenta e o volume de trafego que regista, impõe que seja construída uma alternativa e não que sejam propostos condicionamentos adicionais à circulação”.
Com esta tomada de posição, a Câmara Municipal da Lousã, através do seu Presidente, deixa claro que não aceita a solução técnica apresentada, entendendo que a mesma irá significar um condicionamento significativo à circulação e consequentemente uma penalização acrescida dos utilizadores da via.