No domingo, com a missa celebrada na igreja de S. Domingos e o almoço comemorativo, na sua sede, culminaram (em grande) as comemorações do 95.º aniversário da Casa da Comarca de Arganil que, no seu âmbito, ficaram indelevelmente marcadas pela visita, durante uma semana, das imagens de Nossa Senhora do Mont’Alto e do Menino Jesus da Ladeira a Lisboa.
Foi uma semana de encontro, de oração e de fé, nas igrejas de S. José dos Carpinteiros (Rua de S. José), na igreja de S. José (Largo da Anunciada) e que culminou, no dia 7, com a grande procissão para a igreja de S. Domingos, acompanhada pela Associação Filarmónica de Arganil (que se deslocou propositadamente à capital) e com a missa solene na igreja de S. Domingos, presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, que além de enaltecer os valores do Regionalismo, não deixou de enaltecer todos os que se envolveram nesta peregrinação e visita das imagens de Nossa Senhora do Mont’Alto e do Menino Jesus da Ladeira, que, como referiu, “há muitos anos não acontecia em Lisboa”, deixando a promessa que, em 2026, irá presidir às festas de Nossa do Mont’Alto, no seu Santuário, em Arganil.
E tudo isto é quase impossível descrever, só quem viveu estes momentos (e foram muitos) é que pode testemunhar e sentir o que verdadeiramente se passou durante esta semana em que estiveram em Lisboa a Padroeira dos arganilenses e o ternurento Menino Jesus da Ladeira. E tudo isto só foi possível também pelo trabalho dedicado, pelo envolvimento da direcção da Casa da Comarca de Arganil (tendo sempre à frente o presidente da direcção, Carlos Luís e sua esposa), dos elementos do Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa na animação das celebrações e transporte dos andores, sem esquecer de entre outros, o reitor de Arganil, padre Lucas Pio, os padre Vítor Gonçalves (pároco de Santa Justa e Rufina – Igreja de S. Domingos) e o padre José Freire (pároco de S. José) que, sensibilizado por tudo o que se passou, pelo querer, pelo envolvimento, pela fé desta grande jornada, enviou um cheque de 1000 euros para ajudar nas obras da capela do Senhor da Ladeira.
Foi uma iniciativa única que marca a fé dos arganilenses e a sua importante presença na grande Lisboa, desde logo notada na recepção das imagens, no dia 1 de Dezembro (transportadas pelos Bombeiros de Arganil) e que se traduziu também em momentos de muita emoção e alegria por esta oportunidade de se receber, 62 anos depois, a Padroeira na capital. E não pode ser esquecido ainda o gesto da Filarmónica de Avô, do concelho de Oliveira do Hospital, que gentilmente se associou, tornando ainda mais bonito este momento que, independentemente dos críticos (que sempre os há) orgulha Arganil, a Casa da Comarca de Arganil e a sua direcção, o Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa, todos aqueles que apoiaram e se envolveram na sua organização. Estão todos, todos, todos de parabéns.
E por tudo isto as “palavras de gratidão” agora deixadas na sua mensagem pelo reitor de Arganil, que dizem tudo, que retratam bem tudo o que se passou e o significado desta grande jornada de encontro e de fé vividos em Lisboa:
“Queridos irmãos e irmãs. Com o coração cheio de alegria e gratidão, quero partilhar com vocês o profundo significado do que vivemos nestes dias em Lisboa. Nossa Senhora do Mont’Alto e o Menino Jesus da Ladeira uniram, mais uma vez, os corações de Arganil e de todos os devotos que tiveram a graça de acompanhar esta histórica peregrinação.
A procissão que atravessou a emblemática Avenida da Liberdade, palco de tantos acontecimentos marcantes, tornou-se uma das mais belas manifestações de fé que Lisboa já testemunhou. A organização dos idealizadores favoreceu a boa fluidez da procissão e dessa peregrinação de fé. Tudo aconteceu com muita simplicidade, mística e verdade nos corações. Rendemos louvores à Mãe de Deus e ao Salvador Menino.
Foi um momento singular, repleto de espiritualidade e união, onde cada oração, cada canto e cada passo ecoaram na história de uma comunidade que mantem viva a sua devoção e identidade. Aos que presenciaram presencialmente, aos que rezaram de longe e aos que tornaram este evento possível, o nosso muito obrigado.
Esta peregrinação não foi apenas um acto de fé, foi um testemunho de que o amor a Deus e à Virgem Maria transcende o tempo e as distâncias, fortalecendo a nossa comunhão como povo de Arganil e como filhos de Deus.
Que esta experiência, tão rica em significado, renove a nossa caminhada e nos inspire a viver e transmitir essa herança de fé às futuras gerações.
Com gratidão e orações,
Padre Lucas Pio, reitor do Santuário de Nossa Senhora do Mont’Alto”.
A Casa da Comarca de Arganil é um espaço de todos os arganilenses, dedicado à preservação e promoção da rica cultura e tradições da nossa região
A Casa da Comarca de Arganil é um espaço de todos os arganilenses, dedicado à preservação e promoção da rica cultura e tradições da nossa região. Ao longo dos anos, tem sido um ponto de encontro para a comunidade, onde foram sendo realizados vários eventos que celebram a sua identidade comum. Como este que aconteceu agora com o envolvimento da sua direcção na organização da visita de Nossa Senhora do Mont’Alto, como aconteceu no dia 8, no almoço comemorativo do aniversário, que teve também casa cheia e que contou com a presença de associados e amigos, do presidente da Assembleia Municipal de Arganil, António Cardoso; do presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa; da directora municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Laurentina Pereira (com raízes no concelho de Góis); representantes da Junta de Freguesia de Arganil, Manuel de Almeida, “é obrigação da Junta de Freguesia estar presente”; do presidente da Junta de Freguesia de Folques, Manuel Ribeiro, que deixou os parabéns e fez votos que “nos 100 anos cá estejamos todos”; das Juntas de Freguesia de Santo António em Lisboa; representantes de Casas Regionais e de colectividades regionalistas e de associações do concelho; provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, António Carvalhais das Costa; director de A COMARCA DE ARGANIL, Nuno Gomes.
“O jornal A COMARCA DE ARGANIL sempre nos apoiou ao longo dos anos e continua a apoiar nesta cruzada”, salientou o presidente da assembleia geral da Casa, António Manuel Nunes Ramos Lopes, considerando ainda que “sem este braço não tínhamos força suficiente para ter atingido este patamar nos nossos objectivos”, sem deixar de agradecer ainda a presença de todas as entidades e amigos no almoço, aos jovens, terminando por referir que “nos orgulhamos desse historial que carrega a vida desta Casa” e com votos para que “possa continuar a servir as colectividades, os amigos e quem nos procura, mantendo-se firme no lema para que foi criada”.
Votos a que não deixaram de se associar ainda os representantes das Casas Regionais e das colectividades presentes, todos deixando também os parabéns pelos 95 anos da Casa da Comarca de Arganil, sendo ainda de destacar que um dos seus dedicados directores e conhecido regionalista Manuel da Graça Alves, deixou um cheque de 1000 euros para apoiar esta Casa que é a grande “embaixada” dos arganilenses, dos naturais da região residentes em Lisboa.
“Todos unidos e apoiarmo-nos uns aos outros”, salientou o presidente da Associação das Casas Regionais em Lisboa, enquanto o presidente da Casa das Beiras entregou a Carlos Luís o Diploma de Mérito da Casa, como reconhecimento pela sua dedicação e pelo seu trabalho em prol do Regionalismo arganilense e na união entre as Casas Regionais, pela sua dedicação e entrega à Casa da Comarca de Arganil,
Mas Carlos Luís, com sua esposa, não deixaram de merecer também o reconhecimento pelo envolvimento na organização da visita de Nossa Senhora do Mont’Alto e do Menino Jesus da Ladeira a Lisboa e, emocionado, partilhou esse reconhecimento por todos aqueles que apoiaram e ajudaram nesta grande jornada, agradecendo ainda a presença e todos os amigos no almoço, particularmente aos presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de Arganil, aos autarcas, à directora municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, aos representantes das Casas Regionais e colectividades regionalistas onde, como considerou, “está o segredo do Regionalismo beirão”, ao longo de 95 anos também servido pela Casa da Comarca de Arganil e por considerar que a visita da Padroeira dos arganilenses a Lisboa “foram dias de sentimento e de alegria”.
E depois as palavras de felicitações deixadas pela mordomo-mor da Confraria do Bucho de Arganil, Fernanda Maria Dias, e pelo juiz João Travassos, por João Oliveira, também o presidente da Associação Filarmónica de Arganil, Miguel Ventura, não deixou de se associar com os parabéns “pelos 95 anos da Casa da Comarca de Arganil”, marcados pela visita de Nossa Senhora do Mont’Alto e do Menino Jesus da Ladeira “que nos tocou a todos nós”.
“Se não fossem vocês estas Casas não existiam”, disse o director de A COMARCA, Nuno Gomes, acrescentando que “o interior precisa de vocês e isto é que nos deve mobilizar a todos”, recordando ainda que “esta Casa foi feita por várias pessoas”, pelos servidores e amigos como e de entre outros, os saudosos António Lopes Machado e professor José Dias Coimbra, e por enaltecer o empenho do reitor de Arganil pela vinda de Nossa Senhora do Mont’Alto a Lisboa.
“Com exemplos destes é que Lisboa é feita”, considerou o presidente da Junta de Freguesia de Santo António que, como deu a conhecer, a autarquia vai conceder “uma verba de 5000 mil euros anual para ajudar a Casa da Comarca de Arganil”, enquanto o presidente da Associação das Casas Regionais em Lisboa, salientou que “ao longo dos 95 anos a Casa da Comarca de Arganil tudo fez pelos seus territórios, pelas suas gentes e tem sido o grande pilar das Casas Regionais em Lisboa”.
“Esta Casa é o encontro das pessoas, de recordações, de saudade”, disse o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, lembrando ainda os saudosos Lopes Machado, José Lourenço, Mário Pereira Gonçalves e deixando o apelo aos jovens para “não perderam as raízes das nossas terras”, para depois a directora municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, recordar também que “foi aqui que fiz teatro, dancei muito por cá” e, referindo-se “a generosidade serrana” disse que “comungo desse valor”, deixando os parabéns pelos 95 anos da Casa da Comarca de Arganil.
O presidente da Assembleia Municipal de Arganil recordou e deixou “a nossa gratidão para com os homens que lutaram para fundar e manter ao longo dos anos esta grande instituição que a todos nos tem unido”, que “foi e é, desde então, a nossa embaixada em Lisboa”, como a considerou também o presidente da Câmara Municipal, enaltecendo ainda o grande trabalho desenvolvido pela direcção e pelo seu presidente Carlos Luís, terminando por deixar a certeza do apoio do Município e os parabéns pelo envolvimento e pelo êxito da visita de Nossa Senhora do Mont’Alto e do Menino Jesus da Ladeira e pelos 95 anos da Casa da Comarca de Arganil.
