
No passado dia 8 de Dezembro, a Casa da Comarca de Arganil ,“esta é e continuará a ser a embaixada de Arganil em Lisboa”, como considerou o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, comemorou o 93.º aniversário da sua fundação.
“Viva a Casa da Comarca de Arganil”, como se ouviu de alguns oradores durante o almoço comemorativo, realizado na sua sede, mas também “viva o Regionalismo” sentido, evocado e vivido nas comemorações do aniversário e particularmente ao longo dos 93 anos desta e nesta Casa, “um espaço de Arganil e das nossas terras em Lisboa”, como disse o presidente da direcção, Carlos Manuel de Almeida Luís, que como como todos aqueles (e como foi reconhecido) ao longo de todos estes anos serviram dedicadamente e se entregaram de alma e coração a esta causa, nobre e ao serviço do bem-estar das populações destas terras e destas serras da nossa região.
“A experiência da comunhão que esta Casa evoca é um desafio sempre do presente e do futuro”, como referiu também o pároco da igreja de S. Domingos, durante a celebração da Eucaristia ali realizada e em que foram lembrados todos aqueles que já partiram e que dedicadamente serviram a Casa da Comarca de Arganil que, neste dia de festa, voltou a reunir da sua sede, o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa; o presidente da Assembleia Municipal, António Cardoso; presidente da Junta de Freguesia de Folques, Manuel Ribeiro; representantes das freguesias da cidade de Lisboa de Santo António e de Marvila, respectivamente João Neves e Joaquim Brito; vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, António Carvalhais da Costa; representantes da ACRL – Associação das Casas Regionais de Lisboa, de Casas Regionais congéneres e de colectividades regionalistas “e ligadas a esta Casa”, também do concelho de Pampilhosa da Serra; do Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa e do Rancho da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra; o antigo presidente da direcção, António Francisco; sócios e amigos que encheram por completo o Salão Comendador Mário Pereira Gonçalves .O presidente da assembleia geral, António Lopes, a todos deixou os agradecimentos pela sua presença, “é com muita honra e satisfação que vos recebemos” e, fazendo suas as suas palavras, o presidente da direcção, Carlos Manuel Luís, depois de deixar também o seu “obrigado pela vossa presença”, referiu que “nós estamos na Casa da Comarca de Arganil e pela primeira vez no salão que tem o nome Mário Pereira Gonçalves, (…) uma pessoa com quem aprendi muito ao longo dos anos em que, nos diversos cargos, tenho servido a direcção da Casa” onde, como recordou, “muito se tem feito, muito dinheiro se angariou, muitas festas se realizaram e o senhor presidente da Câmara, aqui ao meu lado, sabe que muitas obras se fizeram também no nosso concelho com dinheiro que foi da Casa da Comarca de Arganil, (…) para ajudar a fazer chafarizes, abastecimentos de águas nas aldeias, na abertura e alcatroamento de estradas, nas electrificações, quando nasci e depois de vir para Lisboa, aos 14 anos, ainda havia muitas aldeias no nosso concelho que não tinham luz eléctrica”.
E seguindo “os passos das pessoas que fizeram esses melhoramentos e ao longo de todos estes anos ligado ao Regionalismo”, Carlos Luís não deixou de recordar ainda os momentos difíceis que também tem passado a Casa da Comarca de Arganil, o incêndio e derrocada, mas também “em 1980 tivemos a coragem, com José Lourenço, Mário Pereira Gonçalves, António Francisco e toda a equipa daquele tempo de comprar o edifício da sede e que é um espaço de Arganil, do nosso concelho, (…) e todas essas fases passámos e ultrapassámos, agora a pandemia, mas aqui estamos hoje.
Obrigado a todos vós por aqui estarem aqui”, terminando com palavras de particular apreço para “todos os outros dirigentes da Casa, o trabalho que é feito não é feito pelo presidente, é feito por uma equipa”, para a sua família, para com o representante de A COMARCA, considerando que “A COMARCA é uma peça importante do nosso Regionalismo” e para quem pediu uma salva de palmas.
Em nome da ACRL – Associação das Casas Regionais de Lisboa, Elísio Chaves, saudou particularmente os representantes das Casa Regionais e das colectividades regionalistas, “o Regionalismo faz-se assim, faz-se com a colaboração de todos para ajudar a que os nossos territórios se desenvolvam e as pessoas tenham melhores condições de vida”, deixando os “parabéns à Casa da Comarca de Arganil pelo seu aniversário”, enquanto o representante da freguesia de Marvila, depois de referir que “Marvila é das freguesias onde mais Casas Regionais têm a sua sede, tenho pena que a Casa da Comarca de Arganil também não esteja lá”, considerou que “o melhor passo que se podia ter dado foi a criação, em 2007, da Associação das Casas Regionais de Lisboa e depois encontrar pessoas como o Carlos Manuel e como a Casa da Comarca que é das que mais tem dado à Associação”, deixando “o seu obrigado por todo o apoio que nos têm dado e nos têm ensinado ao longo dos anos”, terminando por reconhecer que “a Casa da Comarca de Arganil é uma Casa de referência, é uma Casa verdadeiramente regionalista” e para a qual deixou os parabéns pelos seus 93 anos.
O presidente da Junta de Freguesia de Folques, depois de considerar que “a Casa da Comarca de Arganil se pode orgulhar de ter à sua frente uma pessoa como esta”, Carlos Manuel de Almeida Luís, referiu depois que a freguesia que representava “também teve pessoas que passaram por esta Casa e que também muito deram a esta Casa e que, sem querer esquecer ninguém, foi o saudoso Arménio Mota, uma pessoa que muito fez pelo Regionalismos em Lisboa e em Folques. E posso mesmo afirmar que a casa que poderia ter feito para si e para a família, investiu para bem da freguesia de Folques na casa da Liga Regional Folquense”, pedindo por isso e em sua memória uma salva de palmas, terminando com os parabéns pelos 93 anos da Casa da Comarca de Arganil.
“É preciso fazer história”, começou por dizer o vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, “e fazer história é ir ao passado, nenhuma Casa é nada se não for ao passado como foi aqui recordado, José Lourenço, Mário Pereira Gonçalves, António Francisco, foram homens que se dedicaram a esta Casa, agora Carlos Manuel, mas é preciso depois desenrolar a fita do tempo e quando desenrolo essa fita, vejo aqui tantas Comissões, tantas Casas Regionais mas todos me vão perdoar, eu tenho que fazer referência a uma, a Casa de Ferreira do Zêzere e recordo, do tempo do Zé Lourenço, as meninas que ainda hoje servem esta Casa. É uma alegria continuar a ver-vos aqui, porque vocês são a vida das Casa Regionais”, considerando por isso que “é com o vosso exemplo que o Carlos Manuel vai continuar a dedicar-se a esta Casa e de certeza que, para o ano, vamos cá estar no 94.º aniversário da Casa da Comarca de Arganil”.
E depois o representante da Junta de Freguesia de Santo António dizer que “espero estar aqui consigo, no centenário” e deixar os parabéns pelo aniversário da Casa da Comarca de Arganil, o presidente da Assembleia Municipal, considerou que “é o momento de nos encontrarmos, de trocar impressões, de expressar o nosso fervor regionalista e agradecer à direcção o empenho e o esforço feito em manter esta Casa aberta e por continuar a fazer dela o Casa-mãe de todos nós”, para referir depois e aproveitando o local e o momento, que “como presidente da Assembleia Municipal “apelo aos presentes para que não esqueçam as vossas terras e nos ajudem a melhorá-las e protegê-las, (…) que sejam parte do processo do seu desenvolvimento” e, para isso e porque o concelho oferece hoje “qualidade de vida” na assistência, na saúde, na educação, pelo que e como salientou, “gostaria de alguns de vós ponderassem mudar a residência para o concelho, afim de mantermos o mínimo de 150 votos. Façam-no como que o regresso às origens” e porque “a mudança é só vantagens”, terminou com os votos de ”bom Natal e um abraço a todos”.
O presidente da Câmara Municipal e citando um presidente dos Estados Unidos da América, começou por considerar que os arganilense que vieram para Lisboa à procura se melhores condições de vida, não deixaram de se preocupar “pelo que é preciso fazer pela sua terra”, assinalando por isso “esse papel relevante e muito significativo que as Comissões de Melhoramentos e as Casas Regionais foram tendo, particularmente no concelho de Arganil”, nomeadamente nos melhoramentos que foram determinantes em alguns momentos da história do nosso concelho”.
“E esse é o mérito das Comissões de Melhoramentos e que, com este grande agregador, a Casa da Comarca de Arganil, teve e continua a ter aqui um chapéu muito significativo e que, apesar das dificuldades dos últimos tempos, continua a precisar de vocês, continua a precisar da ajuda dos vossos familiares, dos vossos descendentes, continuamos a contar com essa colaboração”, como disse Luís Paulo Costa, para em parceria com a Câmara Municipal, Associações regionalistas, Compartes, Juntas de Freguesia, seguirem o exemplo de Mário Pereira Gonçalves e “aquilo que é o ADN e que são as características de um arganilense, de alguém que veio para Lisboa numa situação de muitas dificuldades, que superou todas as adversidades , que lutou e que venceu, (…) que singrou mas que ainda assim nunca deixou de estar presente na Casa da Comarca, no seu torrão natal e particularmente no seu concelho de Arganil”.
E deixando a certeza de continuar a contar “com a diáspora arganilense nessa colaboração”, o presidente da Câmara Municipal terminou por destacar a história da Casa da Comarca de Arganil, “desta instituição muito relevante para o nosso concelho” e que “para nós tem grande significado (…) por ser a embaixada de Arganil em Lisboa”.