Na passada sexta-feira, no auditório da Cerâmica Arganilense, realizou-se a Gala da 8.ª edição do CINEDITA – Festival de Curtas de Arganil, organizado pelos jovens estudantes do Curso Profissional Técnico/a de Multimédia, da Escola Secundária de Arganil.
E desde a sua estreia, em 2016, o CINEDITA “é um festival de cinema/vídeo de âmbito académico, ensino secundário e superior, (…) que começou em sala de aula e que agora tem projecção nacional e que premeia nas categorias de ficção, experimental, animação e documentário o trabalho dos jovens do ensino secundário, profissional e superior e que enche salas, desde a sua estreia. Um festival que actualmente envolve oficinas, workshops e sessões de cinema, leva o cinema a todos os anos de escolaridade e a toda a comunidade e que reúne a comunidade jovem cineasta e os especialistas nacionais da sétima arte”.
Curta-metragem “Shades of The Sea” a grande vencedora do CINEDITA
Na Gala de atribuição de prémios estiveram a concurso 12 curtas-metragens de estudantes do ensino secundário e universitário oriundos de todo o país e os júris convidados, Ra’uf Glasgow, produtor de séries de TV como Lost, Colony ou Locke and Key (nomeado para três Emmys); Ana Rute, fotógrafa e diretora de fotografia, premiada internacionalmente e professora na ITAP e Ivo Reis, realizador, artista digital e professor, acabaram por premiar como grande vencedora desta edição do CINEDITA, a curta-metragem “Shades of The Sea”, de autoria de Ana Rita Ferreira, aluna da Escola Artística Soares dos Reis, no Porto, tendo ganho dois prémios, um (o maior) na categoria de “Melhor filme”, e recebido um prémio no valor de 400 euros, e o outro, na categoria “Animação”, tendo obtido mais um prémio no valor de 150 euros.
Uma edição inspirada na coragem, ousadia, lealdade da saga “Velocidade Furiosa” apresentada numa corrida adaptada aos novos tempos “e porque o cinema permite esta criação de universos paralelos que dão espaço/liberdade a novas leituras, a novas interpretações, a novas realidades”, o júri atribuiu ainda mais três prémios, nomeadamente, na categoria “Ficção”, dado à curta “Akathisia”, de autoria de Carina Rabaça, também aluna da Escola Artística Soares dos Reis; na categoria “Experimental”, a vencedora foi a curta “Misofonia”, da aluna Ana Patrícia Claro, da Escola Superior de Educação de Coimbra, e na categoria “Documentário”, venceu a curta “Homem do ferro”, das alunas Mariana Mendes e Susana Barata, do Agrupamento de Escolas de Arganil, tendo cada vencedora recebido um prémio no valor de 150 euros. Foi ainda atribuída uma menção honrosa, à curta-metragem “Máscaras”, de autoria de Pedro Ferreira, da Escola de Tecnologias Inovação e Criação.
Integrado no Plano Nacional de Cinema e este ano com o Alto Patrocínio do Presidente da República, o Festival contou, nesta Gala, com casa cheia, entre alunos, professores, patrocinadores, entidades convidadas e comunidade em geral e, como referiu a directora do Agrupamento de Escolas, Anabela Soares, “tem mostrado que não há manobras impossíveis para o cinema no interior do país”, salientando ainda que esta “é talvez a principal mensagem que, nesta edição, a equipa da organização – estudantes e professores do Curso Profissional Técnico/a de Multimédia, da Escola Secundária de Arganil, quiseram transmitir”, considerando que o CINEDITA “é um espaço necessário de divulgação dos trabalhos académicos na área do cinema, um festival de Arganil fiel à sua identidade, (…) é uma aposta na cultura, no cinema português e nos futuros cineastas portugueses”.