
No passado dia 23, na sede do Rancho Infantil e Juvenil de Coja (RIJU), realizou-se a sessão de apresentação do vídeo-documentário “Banco de Artistas” e que deu a conhecer talentos de estrangeiros a residir no concelho de Arganil.
Uma acção realizada no âmbito do projecto “Plano Municipal para a Integração e Migrantes de Arganil 2020.2023”, cofinanciado pelo Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI) e, como referiu a vereadora da Câmara Municipal, Elisabete Oliveira, “através desta actividade foi possível a identificação de cidadãos estrangeiros, residentes no concelho, que exercem actividades e ou hobbies artísticos” e que culminou na produção do vídeo onde esses artistas apresentaram o seu testemunho, na primeira pessoa, sobre a sua forma de arte e a sua estada no nosso território e que foram Hanellie Madsen (sul africana), Erin Neelands (norte americana), Tamzin Hurley, James Cogger e Theresa Cogger (ingleses), Janne-Linn Bowers (norueguesa) e Josénia Reis (brasileira).
Artistas em diferentes áreas, como a pintura, a cerâmica, a dança, a fotografia e a pintura de mural, residem todos no concelho de Arganil e agora integram vídeo-documentário “Banco de Artistas”, com a duração de cerca de 17 minutos e que se encontra disponível no portal da internet do Município de Arganil.
Para esse trabalho ser possível, foi necessário fazer uma open cal para que todos os que estivessem interessados pudessem participar neste processo, tendo respondido “à chamada” estes sete artistas e, na apresentação do vídeo-documentário, da responsabilidade da arganilense Joana Alves, Afonso Ferreira explicou que o “Banco de Artistas” pretende, essencialmente, “dar visibilidade à diversidade cultural e artística, existente nos cidadãos estrangeiros, residentes no nosso concelho, assim como, evidenciar a arte como forma de promoção e de reforço de integração”.
Afonso Ferreira que juntamente com Anabela Dia integra a equipa FAMI, deu ainda a conhecer que a escolha para apresentar este projecto recaiu sobre a sede da RIJU, porque esta associação cultural “tem desenvolvido várias iniciativas na área da diversidade artística e cultural, com um foco muito importante na integração e criação de oportunidade de encontro da comunidade local e da comunidade estrangeira”, pelo que se identifica com “os objectivos do projecto em geral e desta actividade em particular, permitindo a criação de ‘pontes’ que permitirão desenvolver outras iniciativas no futuro em que a arte se apresenta como um instrumento privilegiado de encontro e integração”.
A presidente da direção do RIJU, Nélia Calvinho, sublinhou que aceitaram de “bom grado” o convite para que a apresentação do vídeo-documentário tivesse lugar na sua sede, porque “a nossa meta também tem sido a integração, tentamos descobrir as diferentes artes, através de pessoas diferentes, que estão perfeitamente integradas na nossa comunidade”, enquanto a vereadora Elisabete Oliveira recordou que o “Banco de Artistas”, se encontra integrado num “projeto maior”, que é o Plano Municipal para a Integração de Migrantes, salientando ainda que “na primeira edição deste projecto percebemos que na comunidade estrangeira que reside no concelho existiam muitas pessoas que desenvolviam muitas actividades no meio artístico e, então, surgiu esta possibilidade de termos uma actividade nesta edição que pudesse promover estas mesmas atividades”.
A vereadora com o pelouro da Acção Social, referiu também que este projeto permitiu ao Município “conhecer melhor estas pessoas que escolheram viver em Arganil e que desenvolvem estas actividades, e por outro lado, divulgar aquilo que é o seu trabalho. Hoje o objectivo é fazer uma partilha, com os artistas e pessoas próximas da associação ou dos próprios artistas e entidades com que colaborámos como é o caso Arganil e Coja”, terminando por agradecer aos artistas “a generosidade que tiveram em partilhar os vossos talentos, porque é muito importante irmos descobrindo todas as actividades que existem no nosso concelho que podemos e devemos potenciar” e por dar a conhecer que, no próximo dia 21 de Outubro, pretendem desenvolver outra iniciativa que passará novamente pela exibição do vídeo-documentário, mas que contará com a presença não só destes artistas que integram o vídeo, mas também de outros, que através de exposições e demonstrações, “possam demostrar de uma forma mais prática os seus talentos”.