COJA (Arganil): Filarmónica “Pátria Nova” assinalou 145 anos e homenageou Álvaro Calinas

Durante a celebração dos 154 anos da fundação da Associação Progresso Filarmónica «Pátria Nova», foi homenageado o seu antigo presidente Eng. Álvaro Calinas, que na sua gerência deu novo fôlego à instituição, inclusivamente a sua nova designação, bem como foi presidente da Junta de Freguesia e Bombeiros Voluntários de Coja, deputado municipal, presidente da Federação das Filarmónicas do Distrito de Coimbra, não deixando de, entretanto, continuar a prestar o seu múnus na CP.

É no dia 1 de Novembro que a efeméride acontece e tem acontecido há muitos anos. Este ano a direcção da Filarmónica «Pátria Nova» teve a particularidade de homenagear, como atrás referimos, o seu antigo presidente, Eng. Álvaro Calinas, o qual mereceu os maiores elogios, quer dos oradores e autarcas, quer de outros amigos.

«É um exemplo vivo dedicado a causas…»

O presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, afirmou que o homenageado «é um exemplo vivo dedicado a causas, nunca esquecendo a sua terra, fazendo bem aos outros, e é no Eng. Calinas que vemos uma prática saudável ao longo da sua vida, sendo um exemplo para os que estão e para os que cheguem» e desejou-lhe muitos mais anos de vida. O edil arganilense não deixou também de se orgulhar pelo trabalho desenvolvido desde há 154 anos até hoje da «Pátria Nova», saudou os filarmónicos pelo seu crescendo em qualidade, e referiu-se ao contributo que exerce o Conservatório de Música do Centro.

Depois do presidente da direcção, João Luís Quaresma, saudar todos os presentes, de uma forma particular as associações, o comércio local que contribuiu para aquele almoço e ao apoio que a firma Alves Bandeira, pratica com descontos nos combustíveis para quem apresentar o respectivo cartão, cedido aos sócios, foi a presidente da assembleia geral, Sílvia Tavares, a relevar o papel da Escola de Música, onde militam 22 alunos, bem como a formação musical dentro da escola, não deixando de vincar que a filarmónica para sobreviver é necessário grande esforço da parte daqueles que estão na sua vanguarda, não deixando de recordar as contrariedades por que a banda passou, quer com o acidente verificado durante a festa em Gondelim (Penacova), bem como a pandemia do Covid.

Recordando a passagem do Eng. Calinas pela Filarmónica, quando tinha 14 anos era executante, mas passados dois anos passou a fazer parte dos órgãos sociais, sob a indicação do então presidente, hoje homenageado, que «vestiu e deu a vestir a camisola, através do seu exemplo de trabalho e humildade» e por isso o seu contributo deixado jamais será esquecido, «pelas lições de vida altruísta que nos ensinou».

Daniel Gonçalves, maestro da Filarmónica, onde nasceu e cresceu como executante, pois «se não fosse esta prova de vida de obrigação, crer e amor não estaríamos aqui». Afirmando que foi devido ao Eng. Calinas que a Filarmónica continuou a ser o que é hoje», chamou a seguir os executantes mais idosos, com 60, 40 e 25 anos ao serviço da banda, bem como os que fizeram 15, 10 e 5 anos, que foram também chamados para serem apresentados.

«Se hoje sou o que sou, devo-o ao meu irmão Padre António Calinas…»

Depois do presidente da Federação Musical Portuguesa, Martinho Caetano, entregar uma placa, com palavras gratificantes em relação ao Eng. Álvaro Calinas, e dizer que «as bandas são exemplo a vários níveis, onde toda a comunidade tem o seu papel de ajudar, sendo prova disso o que estava a ver naquela sala, o homenageado não escusou de dizer que era proveniente de uma família humilde, «Se hoje sou o que sou, devo-o ao meu irmão Padre António Clinas, um exemplo de dedicação», recordando que tirou o seu curso com 36 anos e por isso jamais deixou de trazer «a minha terra no coração» e ao aceitar ser presidente da direcção da Filarmónica e de outros cargos, tudo isto «foi devido ao amor que tenho à minha terra, que a ela dediquei todo o meu trabalho e a minha inteligência».

«Esta Filarmónica é um orgulho dos cojenses…»

Depois de António Francisco, de Sobral Gordo, entregar uma miniatura de casa de xisto de sua autoria e antigas fotografias da Filarmónica, quando há muitos anos ali foi abrilhantar a festividade local, foi o presidente da União de Freguesias, João Tavares, a realçar o trabalho e a colaboração de todos «para que a Filarmónica aqui estivesse com força», que em termos de apoios a autarquia estará sempre presente, como no tempo da pandemia e que as associações poderão continuar a contar com a disponibilidade da União. Depois de afirmar que «esta filarmónica é um orgulho para todos os cojenses», relevou o empenho dos filarmónicos, «porque se não fossem eles, não tínhamos Filarmónica» e regozijando-se pela homenagem prestada ao Eng. Calinas, afirmou que estas homenagens devem ser prestadas em vida, como hoje aconteceu.