No sábado, 30 de Julho, reabre o Parque de Campismo de Coja que, depois da sua inauguração em 1978, pela primeira vez encerrou as suas portas devido à necessidade premente da sua requalificação da responsabilidade da Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo.
A Federação e como disse o director geral, Carlos Vieira, era para ter reaberto o Parque ao público no dia 1 de Junho, mas o atraso “deveu-se à dificuldade em encontrar empresas locais para prestações de serviços de obras de requalificação”, nomeadamente no que se refere “aos melhoramentos dos espaços de acampamento, a recuperação do bloco sanitário, a rede de água fria e quente, a colocação de cancelas e rede de vedação em todo o parque e a requalificação do parque infantil”, em obras que, como deu a conhecer “ascenderam ao valor total de 50 mil euros”.
E apesar de “lamentar muito” este encerramento do Parque de Campismo, o presidente da União de Freguesia de Coja e Barril de Alva, João Tavares, não deixou de concordar que ,“de facto, não havia outra possibilidade, uma vez que o Parque de Campismo nunca foi alvo de nenhuma intervenção e chegámos a um ponto em que tinha poucas condições”, dando por isso a conhecer que “reuni com a Federação, que me apresentou um plano de obras, mas não havia gente para as fazer”, contudo “as obras não deixaram de se iniciar, com algum pessoal que até veio do Porto, mas há alguma dificuldade para as concretizar e também estavam a ter dificuldade em encontrar pessoas para trabalhar no Parque”.
O Parque de Campismo apenas irá reabrir dia 30 de Julho, interrompendo as obras que serão retomadas, posteriormente, no mês de Setembro e o seu encerramento não deixou de ser também um assunto que foi levado à última reunião de Câmara, pelo vereador da oposição, Miguel Pinheiro, solicitando ao executivo camarário alguns esclarecimentos, “gostaria de saber o que nos pode dizer em relação à situação do Parque de Campismo de Coja que está encerrado, numa altura absolutamente inapropriada, mesmo tendo em conta que se trata de uma estrutura que não é municipal, mas que presta um serviço público, de uma capital importância, do que queremos de animação estival do concelho. Parece-nos estranho o timing de encerramento, não é muito claro o tempo que vai durar e parece-nos que é uma preocupação que podendo não ser nossa, deve ser avogada ao Município, que devia tentar saber o que se passa”.
O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, confessando ter sido “apanhado de surpresa com a notícia do seu encerramento”, não deixou de recordar que “é certo que já há vários anos se registava um processo de largo desinvestimento e de quase alguma desqualificação por parte da Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo, que é a proprietária daquele espaço, que para todos os efeitos é privado, e que todos reconhecemos como sendo um espaço com um nível de atractividade muito grande, (…) muito à frente do seu tempo” e que, como reconheceu, “ao longo dos anos tem tido um papel importante na promoção de Coja, da atratividade e na dinamização económica da vila”, partilhando por isso da preocupação do vereador socialista, dizendo que “esta situação não deixará de merecer da nossa parte as diligências que possamos desencadear relativamente ao mesmo”, sem contudo deixar de lamentar “que tenha existido essa decisão sem qualquer contacto prévio com o Município”.
