O vereador Carlos Santos (PSD) questionou na última reunião pública da Câmara Municipal, que teve lugar esta quinta-feira, o vice-presidente do Município, que é também vereador com o pelouro do Desporto, sobre a posição da autarquia quanto à criação de um novo clube desportivo, que segundo aquele – e a fazer fé no que circula nas redes sociais – irá “absorver” os dois principais emblemas do concelho: Grupo Desportivo Tabuense e Grupo Desportivo Tourizense.

Na resposta, Ricardo Cruz – que para além de autarca é também presidente da Mesa da Assembleia Geral do GDTabuense – explicou que a autarquia não se pode imiscuir naquilo que são os destinos dos clubes (…) «isso cabe aos sócios nas respectivas assembleias», não tecendo qualquer consideração sobre o assunto enquanto responsável desportivo.

O autarca considerou, contudo, que tudo o que circula nas redes sociais não passa de “ruído”, salvaguardando que serão os sócios e as respectivas direcções a decidir o futuro dos clubes, reconhecendo, ainda assim, que a extinção nunca foi ponderada.

A pergunta surge numa altura em que é dada como certa a existência de uma intenção para a criação do “Clube Desportivo de Tábua” (organização embrionária de um único clube concelhio para o futebol sénior) e a pouco mais de duas semanas do Grupo Desportivo Tabuense celebrar 50 anos de existência.

Ainda em resposta aos comentários que circulam nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, um antigo dirigente do clube da vila de Tábua – que pediu o anonimato – lamentou que alguns dos (…) «comentaristas que “incendeiam” o assunto, nunca tenham aparecido quando o clube passou por dificuldades e precisava dos seus contributos, e agora parecem “salvadores da Pátria”».

Recorde-se que num “flyer” entretanto posto a circular nas redes sociais, surgem como mentores do “Clube Desportivo de Tábua” dirigentes ligados aos dois emblemáticos clubes do concelho de Tábua.