DESPORTO: “O BTT em Tábua não acaba”

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Os rumores que davam como certo o fim do BTT organizado pela Associação de Desportos MK-MAKINAS foram desmentidos este domingo pelo “General Freddy”, grande mentor e impulsionador da prova que “corre” já os quatro cantos do mundo.

«O BTT em Tábua não acaba», garantiu à A COMARCA. O que irá acabar disse, (…) «é este dia» (só no domingo participaram 1140 pessoas).

Para Alfredo Rodrigues (Ameal) – que no “mundo” do BTT adopta aquele “nome de guerra” – o modelo como a prova é feita desde há 8 anos a esta parte está a esgotar-se, e defende a sua reestruturação. O BTT assegura, (…) «pode trazer a Tábua 5 ou 10 mil pessoas num ano, e continuar a dar um gozo enorme às pessoas de Tábua, e sobretudo aos participantes», pelo que o propósito da “petição”, entretanto posta a circular nas redes sociais, é para que o BTT – conforme se fez até agora – não acabe. «Basicamente é para isso», esclarece.

Com mais de 50 mil “BTT’istas” em Portugal, e conhecendo as potencialidades e as qualidades dos trilhos tabuenses, Alfredo Ameal reconhece que foi atingido um nível máximo, e que (…) «tudo o que nós fizermos a partir deste momento não é para aumentar mais a “fasquia”, será para ir decaindo», porque, explica (…) «à medida que vamos fazendo as mesmas coisas, elas começam a perder interesse».

Sem constrangimentos, o responsável pela prova acredita que esta é altura própria para parar, e por isso quer que os autarcas se envolvam mais. «Acho que Tábua (e quando digo Tábua, falo da Câmara Municipal) tem que dar o passo seguinte. Isto é: tem que aproveitar exactamente aquilo que nós conseguimos – levar o nome de Tábua a todo o lado -, porque as pessoas (participantes e acompanhantes) estão desejosas por voltar».

Alfredo Ameal espera por isso que o Município de Tábua aproveite as condições que a MK-MAKINAS criou ao longo de todo este tempo, e que podem potencializar a ideia de “distribuição” de provas ao longo do ano, potencializando também negócios, já que as condições existem.

«Sei que há pessoas na Câmara válidas e que querem fazer com que isto vá para a frente. O discurso do próprio presidente da Câmara (Mário Loureiro) é também nesse sentido, mas eu, para ser franco, não quero só com palavras. Quero que as pessoas se sentem e digam, concretamente, é isto que queremos fazer e é isto que queremos apoiar, e vamos fazer. É só isso».

Cansado de mais um dia de “emoções fortes”, Alfredo Ameal desabafa: «Não quero que me digam que Tábua é a capital do BTT, que é o paraíso do BTT, que é a Fátima dos BTT católicos. Não é isso que quero que me digam. Quero que me digam: vocês levaram Tábua a todo o lado, nós não podemos deixar fugir isto, temos que aproveitar ao máximo a potencialidade que isto tem (que já chegou ao estrangeiro). Nós (Câmara) temos que vos ajudar naquilo que vocês precisarem». «É que nós fazemos isto por “carolice”, e com estas dimensões, a “carolice” tem que acabar. Tem que passar para uma base mais profissional (sem descurar o nosso profissionalismo)», defende.

Com a promessa de que o BTT vai continuar e a marcar a diferença, registe-se que na edição anterior, realizada no dia 31 de Maio, participaram na prova 1250 ciclistas, e que no último domingo a “repetição” contou com 1140 “BTT’istas”.

Mais do que a competição (muitos vêm para competir a sério) o BTT de Tábua ganha fama pela envolvência das comunidades das localidades por onde passa, e da interacção com os atletas que não se furtam a “dois dedos de conversa” e a petiscar em sítios que não estão assinalados pela organização. Só a título de exemplo, em Vale de Gaios (pitoresca aldeia da freguesia de Midões) onde está o famoso “trilho dos Gaios”, os participantes aproveitam e dão um mergulho na piscina natural que foi recuperada pelos habitantes da aldeia. Já em Candosa, é o Rancho Regional e Folclórico que se associa à MK e garante o “maior e melhor” ponto de abastecimento aos participantes, que aproveitam para recuperar e retemperar o estômago, e ainda dão um “pé de dança” com os elementos do rancho.

Por tudo isto e mais alguma coisa, “O BTT não pode acabar”.