
Na sexta-feira (e com o tempo a ajudar), voltaram a ser muitos milhares de pessoas, mesmo uma moldura humana impressionante e um ambiente de grande entusiasmo e civismo por parte do público presente, nomeadamente Arganil, Góis e Lousã, para ver passar os pilotos nas duas passagens da prova naqueles que são mesmo considerados os melhores (e mais difíceis) troços do mundo de Rally de Portugal.
Foi a grande festa do Rally foi, como muitas vezes ouvimos, “o dia de São Rali” com a forte adesão do público, com milhares de pessoas ao longo do percurso e que, aliada a um comportamento exemplar, demonstraram o espírito de acolhimento e responsabilidade cívica neste que, pela sua exigência técnica, beleza natural e qualidade organizativa, é um território de excelência para a realização de eventos de dimensão mundial e que, pela sua exigência técnica, beleza natural e qualidade organizativa, se voltou a reafirmar, mais uma vez, como um dos palcos incontornáveis do Rally de Portugal.
O sucesso das passagens pela nossa região do Rally não deixa de ser também o resultado de um trabalho articulado entre as Câmaras Municipais, os parceiros institucionais, forças de segurança, Protecção Civil, associações locais e demais entidades envolvidas, numa preparação logística exigente e detalhada, que permitiu garantir todas as condições de segurança, acessibilidade e conforto para milhares de visitantes e aficcionados do desporto automóvel.
Reagrupamento em Arganil
E foram também muitos desses aficcionados que, no reagrupamento em Arganil, no Sub-Paço, estiveram presentes para mais de perto ver os pilotos e as máquinas, ao mesmo tempo que não deixaram de encher as casas de restauração, cafés e esplanadas, contribuindo assim para a economia local bem necessária também nestes nossos territórios onde, cada vez mais, a realização de provas desta natureza devem continuar a ser investimentos fortes por parte das autarquias, trazendo pessoas e mais vida a este nosso interior que continua a ser tão esquecido…
Logo após a conclusão das provas na nossa região, destaque ainda para as equipas das Câmaras Municipais que, de imediato, iniciaram os trabalhos de limpeza e manutenção nas zonas por onde o Rally passou, garantindo assim o rápido restabelecimento das condições de normalidade e preservando o equilíbrio ambiental do território que quer continuar a ser uma referência, nomeadamente em Arganil que quer continuar a seu considerada como a Capital do Rally. Que assim seja.
Sébastien Ogier conquistou a sétima vitória no Rally
Com organização do Automóvel Club de Portugal (ACP), esta foi mais uma edição do Rally de Portugal que ficou marcada pela competitividade e pela adesão do público: mais de um milhão de espectadores distribuídos pelas Regiões Centro e Norte do país e que teve como vencedor o piloto francês Sébastien Ogier, que conquistou a sétima vitória no Rally e a 63.ª da sua carreira no Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), permitindo à Toyota manter a invencibilidade na presente temporada.
Depois de liderar cerca de dois terços da prova, o azarado Ott Tänak (Hyundai) terminou no segundo lugar, ainda assim com o mérito de ter sido o piloto com mais vitórias em especiais. O pódio ficou completo com Kalle Rovanperä (Toyota), em terceiro e Armindo Araújo (Škoda) foi, pela 14.ª vez, o melhor piloto português.
Armindo Araújo o melhor português
Apenas quatro pilotos nacionais concluíram o Rally de Portugal. Armindo Araújo (Skoda) foi o melhor português ao terminar na 26.ª posição, referindo no final da prova que “é um orgulho enorme conseguir, pela décima quarta vez, terminar o Rali de Portugal como o melhor piloto nacional e voltar a subir ao pódio do que considero ser o melhor Rali do mundo. Foram quatro dias muito exigentes, mas conseguimos sempre impor um ritmo seguro que nos permitiu gerir a prova sem qualquer problema mecânico. Apenas um furo na sexta-feira impediu que pudéssemos juntar a vitória no CPR a este excelente resultado, mas estamos muito satisfeitos com o desfecho deste Rali”.
Classificação final
1.º, Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1), com 3h:48.35,9; 2.º,Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20N Rally1), a 8,7s; 3.º, Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1), a 12,2s; 4.º, Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20N Rally1), a 38,5s; 5.º, Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), a 1m.41,9,8; 6.º, Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1), 2m.31,0; 7.º, Sami Pajari/Marko Salminen (Toyota GR Yaris Rally1), a 2m.38,3; 8.º, Joshua McErlean/Eoin Treacy (Ford Puma Rally1), a 5m.12,3; 9.º, Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1), a 5m.57,5; 10.º, Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Toyota GR Yaris Rally2), a 9m.15.1 (1º Rally2); e 26.º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 22m42,2s (1.º português).
Campeonato de pilotos – Elfyn Evans – 118 pontos; Kalle Rovanperä – 88; Sébastien Ogier – 86; Ott Tänak – 84; Thierry Neuville – 78; Takamoto Katsuta – 51; Adrien Fourmaux – 44; Sami Pajari – 25; Grégoire Munster – 18; e Joshua McErlean – 12.
Campeonato de Construtores – Toyota Gazoo Racing WRT – 258; Hyundai World Rally Team – 203; M-Sport Ford World Rally Team – 72; e Toyota Gazoo Racing WRT2 – 36.
Classificação WRC2 – 1.º, Yohan Rossel – 67 pontos; 2.º, Oliver Solberg – 60; e 3.º, Gus Greensmith – 40.