Ano Novo – vida mais dificultada
O Natal já passou, com menos compras, mais retenção, porém o ancestral espírito foi-se mantendo com alguma dificuldade mas muita partilha àqueles a quem a vida adversa um dia bateu à porta. Pelo menos, a fome foi-lhes mitigada por escassas horas. Contudo não se esqueça, que, quem realmente precisa, precisa sempre, e a solidariedade que ainda vai brotando de alguns bons corações (particulares, instituições sociais e filantrópicas), materialmente, está no limiar da resistência.
Daí que, o ano novo que se aproxima traga interrogações e nuvens carregadas de incerteza, perspectivando-se dias muito mais difíceis com um regresso a níveis de vida de um passado que, nós mais velhos, gostaríamos de esquecer. Por isso, na hora da mudança de ano, os habituais regozijos deveriam ser refreados e pensar-se um pouco se queríamos mesmo ver terminado o ano… No entanto, a esperança que não deveremos perder, catapulta-nos para uma visão mais sonhadora. E, como lá dizia o poeta António Gedeão “o sonho comanda a vida”.
Zé da Ladeira