“Recordar este homem que nos conhecia tão bem”
“Em Arganil, pelos caminhos de Torga” pretende recordar (da melhor forma) mais do que o médico Adolfo Rocha, o poeta Miguel Torga. A iniciativa parte à visita dos lugares “cantados” pelo escritor que se identificava com os arganilenses, e que tão bem os definiu.
O importante a reter da iniciativa, diz Mário Vale, da Associação Amigos da Serra do Açor (…) «é recordar aos arganilenses que Torga conhecia-nos, e conhecia-nos bem: “Durante largos anos, prestei serviços da minha especialidade no Hospital da Misericórdia local (Arganil). Sou ainda um calcorreador assíduo das serras e montados a que o Alva e o Ceira refrescam a secura. Do Piódão aos Cepos, da Teixeira à Esculca, de Vila Cova às Medas, do Sarzedo a Pombeiro. Todas as fragas e urzes me são familiares. Conheço, portanto, como médico e andarilho, a gente arganilense e o meio em que se move. E sei da sua pobreza, da sua honradez, da sua tenacidade, os seus costumes, das suas crenças, das suas emigrações e do seu arreigado amor ao chão nativo”. Quem nos define assim é porque nos conhece de uma maneira espantosa», sublinha.
(Re)visitar lugares comuns sob a perspectiva de quem sobre eles escreveu, e dessa forma manter viva a presença de Miguel Torga, é a essência de “Em Arganil, pelos caminhos de Torga”, uma iniciativa da Associação dos Amigos da Serra do Açor (AASA) em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Arganil, e à qual a A COMARCA DE ARGANIL se associa.