7 de Setembro, Feriado Municipal, “é neste dia 7 de Setembro que, mais do que em qualquer outro, exaltamos o nosso concelho e destacamos o que de melhor se faz neste território, graças ao talento, à dedicação e ao amor à terra dos nossos concidadãos”, com afirmou na sessão solene comemorativa, o presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa.
“Este momento é também uma oportunidade para reafirmarmos a nossa determinação em continuar a construir um território onde as oportunidades são moldadas às necessidades dos arganilenses, dos nossos visitantes, das nossas empresas e instituições”, disse ainda Luís Paulo Costa, acrescentando que “é o momento para reconhecer o muito que já foi feito e o tanto que há ainda para alcançar em defesa dos interesses da nossa terra”, ao mesmo tempo que “é também esta a oportunidade para refletir sobre os desafios e as oportunidades que, o último ano do segundo mandato, nos trarão, mantendo sempre como objectivo transformar Arganil num concelho de crescimento e qualidade de vida”.
Mas para isso e porque “hoje celebramos Arganil” e os 910 anos história do concelho, o presidente da Câmara Municipal deixou palavras de particular agradecimento ao Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, “que nos honra com a sua presença neste dia de celebração”, deixando também “um agradecimento especial” ao presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Emílio Torrão, aos convidados, aos arganilenses, ao que neste foram distinguidos pelo Município. Como o fez também o presidente da Assembleia Municipal, António Cardoso, considerando que “independentemente de todas as festas, a Feira do Mont’Alto e o dia 7 de Setembro é, desde há décadas o ponto alto nosso concelho”.
“Hoje, a tradição cumpre-se e vemos as aldeias e Arganil cheias de gente”, disse António Cardoso, sem deixar de referir ainda que “era bom que esta população flutuante e dispersa por diversos lugares tivesse condições económicas para aqui permanecerem e desenvolverem a sua actividade em prol do crescimento do concelho”, mas apesar disso e citando Miguel Torga, “as gentes destas terras continuam a ser teimosas, resilientes, comprometidas e identificadas com a nossa cultura e com as nossas tradições”, considerando por isso ser “com toda a justiça que lembramos e homenageamos os dirigentes das Comissões e Ligas de Melhoramentos, empresas e personalidades que pela sua vida e obra enaltecem e honram o nome de Arganil”.
Mas o presidente da Assembleia Municipal não deixou de destacar ainda A COMARCA DE ARGANIL “que tem prestado um serviço relevante aos arganilenses”, a Rádio Clube de Arganil, as Filarmónicas, Tunas e Ranchos Folclóricos “que transportam um património cultural extraordinário e que fazem mover dezenas de pessoas” e, “por ser um dos últimos que nos deixou, considero meu dever enaltecer e homenagear o professor José Dias Coimbra, símbolo do crer e da vontade de fazer o melhor para o desenvolvimento do concelho”, para o qual não deixaram de contribuir também “muitos vultos importantes”, os autarcas, terminando por agradecer a presença do Ministro da Presidência e por considerar que “a coesão territorial e o interior têm que estar sempre presentes nos grandes objectivos do Governo para que tenhamos um país equilibrado e solidário”.
“É imperativo, por isso, que as políticas nacionais reconheçam e apoiem o esforço desmedido que territórios de baixa densidade como o nosso têm vindo a realizar”, disse o presidente da Câmara Municipal, sendo também essa a opinião do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que deixou palavras de particular apreço a Luís Paulo Costa, não só pela sua dedicação, pelo trabalho realizado em prol e ao serviço do seu concelho, mas ainda como vice-presidente da CIM – Região de Coimbra, sendo sua preocupação primeira o desenvolvimento do território e o bem-estar das suas gentes.
E em jeito de balanço e nesta preocupação de reivindicar o melhor para o território, o presidente da Câmara não deixou também de fazer alguns pedidos para o seu concelho ao Ministro da Presidência, como “uma rede de comunicações abrangente e eficaz”, porque “existem ainda no concelho muitas áreas sem cobertura de rede móvel e temos aldeias que nunca tiveram rede móvel e que não têm rede fixa; supostamente um serviço universal” e que acaba por ser um “forte entrave à atração e fixação de famílias no concelho, especialmente quando muitos profissionais qualificados estão a escolher o nosso território para viver”.
Luís Paulo Costa, referindo-se depois à ampliação da Área de Localização Empresarial da Relvinha, que contribuiu para tornar “Arganil ainda mais atractiva para investidores e empreendedores”, considerou que para “potenciar o impacto desta expansão, é crucial que o Governo continue a apoiar estes esforços. Precisamos de políticas públicas que acompanhem o ritmo do nosso desenvolvimento! Precisamos de políticas públicas que ajudem a reduzir as disparidades regionais, reforçando a nossa posição como um verdadeiro centro de oportunidades. Precisamos de mais investimento, mais empresas e um foco crescente na qualificação para fortalecer a economia do interior e garantir um futuro próspero para todos os cidadãos”.
“Arganil tem feito a sua parte, e bem”, considerou o presidente da Câmara, deixando alguns exemplos como o facto de “ter um dos pacotes de incentivos fiscais mais atrativo do país”, a “taxa de IMI mais baixa do país” e a “isenção da derrama às empresas do concelho”, referiu ainda que o Governo tem que “aliviar o IRS, (…) a Assembleia da República tem o dever moral de fazer recuar a carga fiscal àquela que existia antes da troika, (…) o Governo não pode permitir que se continue a asfixiar a classe média com uma carga fiscal que lhe rouba optimismo e expectativas. Pedimos também ao Governo mecanismos diferenciadores para as regiões de baixa densidade, particularmente ao nível dos instrumentos de financiamento”, porque e como disse, “só assim conseguiremos ser mais competitivos em matéria de captação de investimento, (…) não podemos falar de atratividade do concelho sem falar de habitação”, porque “para fixarmos pessoas precisamos de criar condições habitacionais dignas e a preços acessíveis. Precisamos de vencer o desafio da habitação”.
Mas também e em termos de segurança, não deixa de ser do interesse do Município “reactivar o Aeródromo Engenheiro Sebastião Mendes Ferrão, em Coja, como uma infraestrutura estratégica no combate a fogos rurais”, disse Luís Paulo Costa, dando a conhecer que após “contactos neste sentido com o anterior Ministério da Administração Interna, reafirmamos a pretensão de cooperar com o actual Governo na operacionalização de uma estratégia que nos permita cumprir eficazmente esta soberana missão de manter em segurança as nossas populações”.
“Estamos certos de que a reanimação deste Aeródromo representaria um reforço importante na proteção do nosso território”, referiu o presidente da Câmara Municipal, reconhecendo também “o esforço e dedicação dos militares da GNR”, lembrando que “Arganil é um concelho disperso com 333km2, 182 aldeias e integra o grupo de 10 Municípios do Continente com maior amplitude altimétrica”, pelo que “é percepção comum que deveria aumentar-se o número de efectivos da GNR em Arganil”.
Luís Paulo Costa não deixou de recordar também que “estamos a dar passos significativos na reclassificação para Monumento Nacional da Aldeia Histórica do Piódão e do antigo acampamento romano da Lomba do Canho. No caso do Sítio Arqueológico da Lomba do Canho, o Património Cultural, I.P. fez recentemente publicar a consulta pública do projecto de decisão, pelo que temos fundadas razões para acreditar que, muito em breve, teremos mais um Monumento Nacional no concelho”, um estatuto que “não só aumenta a visibilidade ao nosso património, como reforçará a importância do trabalho que temos dedicado à sua valorização”.
Mas também a aposta na educação com as requalificações da Escola Professor Mendes Ferrão em Coja e Escola Secundária de Arganil, na cultura, no turismo, na floresta foram referidas pelo presidente da Câmara, para salientar depois que “é pois momento de celebrar as conquistas do nosso concelho”, pelo que “entendemos ser de elementar justiça, por esse motivo, agraciar publicamente pessoas singulares e colectivas que, pelo seu trabalho nas diversas áreas de actuação, contribuíram para o prestigio e desenvolvimento do concelho de Arganil”.
Os agraciados
Com a distinção mais alta do concelho, a Medalha de Ouro do Concelho, foi agraciado o general Eduardo Mendes Ferrão, “em virtude da sua distinta carreira militar de mais de quatro décadas”; com a Medalha de Mérito, grau prata dourada, foram distinguidos o médico João Pedro Pimentel “pelos notáveis serviços prestados ao longo de uma carreira dedicada à medicina, em particular no campo da Saúde Pública”; o coronel Albino Tavares “em reconhecimento da sua distinta carreira militar e do seu percurso exemplar na Guarda Nacional Republicana”; a investigadora Vanessa Coelho Santos “em reconhecimento do impacto significativo do seu trabalho na investigação científica, particularmente no desenvolvimento cerebrovascular de recém-nascidos”; e a médica investigadora Patrícia Costa Reis, como “reconhecimento do seu notável percurso e contribuição para a medicina e saúde pública”.
Com Medalhas de Mérito Empresarial, foram distinguidas as empresas PME Líder em 2023, Confriovo, S.A., Madibeiras, Sociedade de Madeiras, Unipessoal, Lda., a MTA – Movimento de Terras do Alva, Lda. e Raul Correia – Representações, Lda.; e com a Medalha de Mérito, grau prata dourada, cinco coletividades que “que há mais de noventa anos desenvolvem um trabalho notável no cumprimento do seu objeto social”, nomeadamente a Liga Regional Cojense, a Comissão de Iniciativas de Cerdeira, a União Nogueirense, a Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Cepos e a Comissão de Melhoramentos de Casal de São José.
“Hoje, tal como no passado, o que verdadeiramente define o nosso percurso, a identidade arganilense, é a nossa vontade comum de construir um futuro repleto de oportunidades”, referiu Luís Paulo Costa, terminando por salientar que “é esta vontade em fortalecer continuamente os laços que nos unem que nos impulsiona e nos inspira! Que à medida que avançamos possamos crescer com o mesmo entusiasmo e celebrar cada conquista como um reflexo do trabalho coletivo e da dedicação de todos. Obrigado pelo apoio constante e inabalável ao nosso concelho”.
O Ministro da Presidência depois de referir que “já tinha conhecimento das queixas sobre as comunicações móveis de algumas das freguesias deste concelho, o mesmo se passa em algumas aldeias do Caramulo” (de onde é natural), deu a conhecer que, no mês de Julho, “decidimos o financiamento de 170 milhões de euros de investimento público para se juntarem a outro tanto de investimento privado para levar conexões de banda larga ou de alta intensidade aos territórios do interior, às chamadas zonas brancas, onde não se conseguem ligações”, isto porque “temos que dar igualdade de oportunidades às comunicações e este investimento é uma alavanca para o interior, são cerca de 45 milhões de euros para a Região Centro, é um instrumento de correção e desigualdades”.
E depois de “prestar uma homenagem ao povo de Arganil, que procura transformar dificuldades em oportunidades de desenvolvimento”, Leitão Amaro disse que “queremos ser parceiros nesse esforço” e “o que se pede ao Governo é acção para transformar a dificuldades em oportunidades, que venceremos em conjunto. Contem com acção e resultados ao serviço dos portugueses”.
“Foi o que o presidente da autarquia de Arganil pediu, desde que cheguei, acção, concretização, é esse o seu papel e é o espírito do Governo português dar respostas”, salientou o Ministro da Presidência, deixando um “reconhecimento” para “com os militares portugueses, para quem aprovámos o maior pacote de valorização, uma acção que nos orgulha e que é mais do que justa, (…) acção é também reconhecer, dar condições de atração a uma força de mulheres e homens que correm riscos de vida por todos nós”, reconhecendo ainda que “precisamos de baixar os impostos aos portugueses sobre o rendimento e sobre o investimento, já começamos a baixar o IRS sobretudo focados na classe média, temos que captar e reter jovens, pois há muitos jovens a partir e menos crianças a nascer”, reafirmando que a “redução dos impostos sobre o trabalho é o nosso caminho, pois é importante haver impostos e o Estado Social, mas precisamos que o trabalho seja valorizado”.
Leitão Amaro terminou com palavras de apreço para com os homenageados, agradecendo-lhes “pela vossa entrega ao serviço público e pelo que fazem pela comunidade. Obrigados por honrarem esta terra e o nosso país”.
