Na passada quinta-feira, na antiga Cerâmica Arganilense, realizou-se a sessão de abertura da FIMA – Feira Industrial de Manutenção de Arganil, que contou com o apoio do Município e foi cofinanciada pelo POCH e que resulta de um projecto dos alunos do Curso Técnico de Manutenção Industrial – Variante Mecatrónica, da Escola Secundária de Arganil, destinado a todos os profissionais e estudantes das áreas da mecânica, eletricidade, automação e robótica e, este ano, em modo Jornadas Técnicas FIMA dedicadas à Robótica e Inovação Industrial.
“Aproveitem estes dois dias de Jornadas”, pois “é o Centro Tecnológico que está aqui presente”, disse o director do Curso Técnico de Manutenção Industrial, Júlio Marques, aos alunos e aos presentes na abertura da Feira, enquanto a directora do Agrupamento de Escolas, Anabela Soares, referindo-se a este Centro, considerou que vai ser “uma mais-valia para os nossos alunos e vai colocar a Escola na 4.ª geração e, quem sabe, futuramente na 5.ª geração”, congratulando-se pelo facto desta infraestrutura ser implementada no Agrupamento em 2024 e, sem deixar de recordar ainda o histórico deste estabelecimento de ensino na formação de técnicos de Manutenção Industrial (mais de 50 anos), referiu que com a realização destas Jornadas “estamos a honrar esse histórico”, ao mesmo tempo que manifestou a sua satisfação de ser de quase cem por cento a taxa de empregabilidade para quem sai destes cursos.
E depois das palavras de Isabel Santos, em representação da revista “Segurança”, a vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Érica Castanheira, disse ser “fundamental para nós estarmos próximos dos Agrupamentos de Escolas, sobretudo dos que estão em territórios de baixa densidade, como este”, congratulando-se pelo facto de apenas este Agrupamento e a Escola Avelar Brotero em Coimbra, terem conseguido financiamento para a implementação de um CTI, sublinhando ainda que o Agrupamento de Escolas de Arganil “tem feito um percurso consolidado em determinadas áreas, isso é fulcral para o sucesso” até porque, “as nossas unidades industriais estão associadas a este sector da mecatrónica”.
O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, depois de se referir ao Centro Tecnológico e Industrial (CTI) que será implementado no Agrupamento de Escolas e que “será o culminar do trabalho tido no Agrupamento nestes últimos 50 anos”, pelo que “irá reafirmar, ainda mais, esta área de ensino” na qual “temos valor acrescentando, que não podemos perder”, deixou o desafio para os empregadores da região no sentido da remuneração aos seus colaboradores “ser mais atractiva” para, desta forma, “fixarmos mais pessoas no nosso território”, porque “não podemos apostar tanto na formação e depois vermos os nossos talentos saírem”.
A FIMA, que contou também com a presença de diversas empresas para darem a conhecer os seus produtos e serviços, além das muitas demonstrações na área da robótica industrial e colaborativa, assim como apresentações de soluções de visão artificial e análise de imagem, desenvolvimento de sistemas automáticos, centros de maquinação CNC, entre outras, não deixou de ter ainda a apresentação de projetos, nomeadamente o projecto “Voa connosco em direcção ao teu futuro”, apresentado pela arganilense major Maria Batista, do Centro de Recrutamento da Força Aérea Portuguesa, e de serem dadas a conhecer as Prova de Aptidão Profissional dos alunos do Agrupamento de Escolas de Arganil, Leandro Marmé e Mauro Regateiro.
Criação de uma extensão do Instituto Politécnico em Arganil “seria uma mais-valia para os alunos que não podem ir para Coimbra estudar”
Este evento pretendeu também alertar para “a grave crise de mão-de obra qualificada, que estamos a atravessar”, como considerou um dos professores do Curso Técnico de Manutenção Industrial, João Marques, salientando ainda que “estas Jornadas irão reflectir as áreas de formação que vamos ter em Arganil, em 2024, no âmbito do Centro Tecnológico e Industrial (CTI)”, que será implementado no Agrupamento de Escolas, deixando o repto à vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Érica Castanheira, para que fosse criada uma extensão do Instituto em Arganil, “seria uma mais-valia para os alunos que não podem ir para Coimbra estudar”.